25 de setembro de 2017

UMA PEDALADA MAIS INTERESSANTE...



Amigos...

Outro dia, um amigo comentou comigo sobre o porque eu usava expressões como "COSTURANDO A CICLOFAIXA" ou "LAMBENDO A CICLOFAIXA".  Isso me levou a esse post onde explico o porque e como isso tem a ver com a ideia de explorar as m... que a Prefeitura faz, de uma forma positiva e criativa, para o bem da bicicleta e de seus usuários.

A ciclofaixa em questão é a CICLOFAIXA DE TURISMO E LAZER que a Prefeitura inventou para estimular o uso da bicicleta - se bem que para o lazer apenas.  Isso porque só funciona aos domingos e feriados, e não afeta ao usuário diário da bicicleta como meio de transporte. É uma versão moderna do "circo" romano, da famosa frase PÃO E CIRCO, atribuída à Nero.

Bem, voltando... passei a usar as expressões COSTURANDO ou LAMBENDO para passeios que eu uso pequenos trechos dessa ciclofaixa para integrar com as ciclovias da cidade.  Recife tem poucas ciclovias, geralmente ligando o nada a lugar algum.  Essa forma de usa-las expande a capacidade do usuário de ver a cidade, ver seus problemas, ver sua geografia e captar suas necessidades de mais infraestrutura para o ciclista.

Ao COSTURAR a ciclofaixa, eu enfatizo os cruzamentos da minha rota com a ciclofaixa, de forma a conhecer as cercanias por onde a ciclofaixa passa e sem ficar retido ao traçado que a prefeitura quer.  Eu faço meu caminho, em torno da ciclofaixa e expando as minhas possibilidades como ciclista.

Ao LAMBER a ciclofaixa, eu faço a mesma coisa, mas sem necessariamente cruzar a ciclofaixa. Entro e saio em pequenos trechos, de uso meu, enquanto amplio as áreas no entorno da ciclofaixa.

Em ambos os casos, a rota tende a ser maior.  No mapa, eu mostro em vermelho a última rota - que foi meio abortada por conta da chuva - de uma "lambida"!  Em laranja a ciclofaixa de lazer e turismo. E em azul, os pedaços das ciclovias da cidade... Pode ser visto que parte da rota feita beira a ciclofaixa em alguns pontos na região central e norte da cidade.

Se você se decide a ir com seus amigos para um passeio de bike, experimente costurar ou lamber a ciclofaixa. Você vai ver o quanto a nossa cidade permite pedalar e ir além do que a PCR pretende de você...

SEMANA QUE VEM, TEM OUTRA LAMBIDA!!! kkkk

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14 de setembro de 2017

EXPERIÊNCIAS DIVIDIDAS...

ILUSTRAÇÃO: ROGÉRIO LEITE @ PEDALANDO E OLHANDO.
Indevidamente copiada de um site que indevidamente copiou do P&O!


Amigos...

Pedalo desde os 8 anos, já vão décadas, deixa quieto! Passei um tempo afastado, morando em uma cidade cheia de altos e baixos. Desde 2008, voltei para o pedal, rodando só e em grupos, fazendo atividade física ou apenas para compras, passear ou fotografar.  E claro, para alimentar esse blog. Então, creio que tenho suficiente experiência para dar algumas dicas aos novatos e provocar o debate de idéias com os experientes.

OBSERVE...

  1. Ao fazer curvas a direita, em meio ao tráfego, nunca se encolha junto a canaleta. Ocupe o máximo da faixa e obrigue assim o motorista a abrir na curva.  Se houver trânsito de muitos carros, acene, para ser visto. 
  2. Por mais louco que você seja, evite ficar "costurando" pelo meio dos carros. Essa é uma das maiores reclamações contra os motoqueiros, e também um dos motivos pelos quais mais de 70% dos acidentes ocorrem com eles. Quando você costura, passa a ideia de desrrespeito as leis (como furar sinais vermelhos ou pegar a contramão).  E isso deixa uma imagem péssima dos ciclistas em geral.  
  3. Cortar ônibus que está coletando passageirons na parada é risco de ser pego no meio. Tenha certeza de que ele está quebrado, ou acaba de parar e vai pegar muita gente antes de arriscar. Prefira esperar e seguir com ele a frente. 
  4. Nem pensar em "morcegar" o ônibus ou caminhão, numa subida, por exemplo. O risco de cair ou ser pego pelas rodas do caminhão é grande.
  5. Evite vias de grande fluxo. Se for impossível, mantenha pelo menos 1 metro do meio-fio, como área de escape, e mantenha sua atenção em quem vem atrás. Não se deixe espremer, ocupando o máximo da faixa.  Nada de pedalar no celular ou ouvindo música nessas vias (também não recomendo em vias de baixo movimento, mas o risco é bem menor).
  6. Nos sinais fechados, a tentação de pegar a "canaleta" entre os carros é grande. Mas lembre das motos.  Prefira esperar atrás de um dos carros, ocupando o meio da faixa.  O motorista atrás de você lhe dará ainda mais valor porque você está agindo de forma correta e respeitosa as leis de trânsito.
  7. Motoristas são em geral muito mais estressados do que ciclistas. Acham que cortando e imprensando você vão furar o tráfego, chegar antes.  Então paciência. Em casos de violência explicita, fale em alto e bom som, o modelo do carro, a cor e a placa.  Leia mesmo, de forma explicita.  Deixe claro, em voz alta, o tipo de infração dele.  Se não servir para nada, serve para dar um choque de realidade ao motorista e alertar passantes que podem ser uma testemunha em caso de agravamento da agressão.
  8. Não deixe barato qualquer agressão maior. Registre o boletim de ocorrência na delegacia, convoque testemunhas, grave o ataque se possível, filme e endosse o BO com isso. Lembre que um motorista agressor que você deixa impune hoje, pode matar uma criança ou uma pessoa importante para você amanhã.  Se ele não se controla, que o estado seja instigado a controla-lo. E quanto antes melhor.
  9. Seguir listas como essa é opcional.  Use sempre o bom senso, que é mais confiável que qualquer recomendação.
  10. Esqueci algo? 
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2 de setembro de 2017

PRA QUE CULTURA?



Amigos...

Às vésperas do BICICULTURA 2017 aqui no Recife, rodei hoje olhando alguns centros culturais da cidade.  Museus, Centros Culturais e pontos específicos como a Casa do Mamulengo no bairro do Recife.  Observo que apenas em alguns desses locais existe uma infraestrutura para os amigos da bicicleta. Claro que você pode deixar sua bicicleta lá no cais, em frente aos armazéns do Porto, e andar até o Centro Cultural da Caixa ou dos Correios.  Mas quem se arrisca a deixar a bike distante, a céu aberto e sem uma vigilância efetiva?  Nos tempos atuais, é pedir para ser furtado.

E paraciclos e bicicletários não são equipamentos caros, complexos e que tomem grande espaço. Mas é outra forma da PCR dificultar o uso da bicicleta no Recife. Existe a lei que obriga os novos empreendimentos a instalar equipamentos para a bicicleta. Mas o poder público sempre dá um jeitinho de ficar de fora dessas obrigações, basta ver a situação das calçadas da cidade...

Em tempos de BICICULTURA, para que serve mesmo a cultura?  Eu sei a resposta, mas será que todo mundo sabe? E minha resposta inclui acesso fácil e seguro a ela...onde fica minha bicicleta nesse caso?

COMENTEM...

Vejam algumas fotos...
Centro Cultural dos Correios. Tem espaço para um paraciclo!

Centro Cultural da Caixa. Tem de usar o paraciclo do outro lado da rua, em frente ao
mercado de Artesanato, sem nenhuma segurança de que ao voltar você vai encontrar a bicicleta lá.

Outra alternativa? Realmente, vc vai conseguir apreciar a cultura pensando que
naquele momento tem alguém levando sua bicicleta furtada???

Embaixada dos Bonecos Gigantes. Tem espaço para estacionamento, mas não paraciclos.

A sinagoga. Não tem paraciclo.

Paço do Frevo. A gente amarra a bike nessa grade? Tenta para ver!?! 

Embaixada de Pernambuco e Casa do Mamulengo na Praça do Arsenal. Nenhum paraciclo a vista.

Torre Malakoff... tem um belo gradil na frente. Tenta amarrar tua bike ali, que vc vai logo ser
solicitado a leva-la para outro local.

Cais do Sertão tem um paraciclo "mostruário para ladrão".
Fica de frente para rua, sem cobertura ou proteção adequada.

DE OLHO NA BIKE



Click nas imagens e veja as fotos ampliadas no PICASA NA WEB!
Ei, QUER SUA FOTO AQUI TAMBÉM? Se tiver bicicleta nela, vale! Mande com uns 800 pixels de largura maior para CONTATO.RL@GMAIL.COM, com marca d'água, nome, email e/ou telefone. Atualizado todo final de semana.
No aguarde!

Original ROGÉRIO LEITE @ 2010