Quem acompanha este blog sabe que costumo denunciar também o abuso que os pedestres sofrem de forma generalizada pelos motoristas, mas mais especificamente pelo poder público que o ignora de forma absurda.
Passando por dois hospitais do Grande Recife, o Miguel Arraes em Paulista e o Pelópidas da Silveira no Recife, notamos que estes hospitais foram projetadas para o uso do carro apenas. Pedestre que precisar dele, se lasca! As paradas de ônibus são distantes, muito distantes. Calçadas são cortadas por avenidas de alto fluxo. E tudo isto, para atender pessoas em diversas especialidades e com variado grau de mobilidade. Passando no último domingo, no meio da tarde, vindo de J.Pessoa, observamos uma pessoa de idade usando muletas e caminhando rumo ao hospital, andando pela contramão na rampa de descida da BR101. É revoltante que os nossos administradores só construam acessos para motorizados em hospitais. Tem dúvida? Então observe atentamente os mapas capturados do google maps onde se pode ver onde ficam as paradas (círculos amarelos) e onde é a entrada principal do hospital (em vermelho). No Miguel Arraes, a parada fica a 600 m da portaria. O arquiteto, o engenheiro, e toda a ruma de político safados que aprovaram isto, deviam ser obrigados a ir de ônibus ou a pé para ver a dificuldade que é chegar no atendimento.
HOSPITAL MIGUEL ARRAES, em Paulista
HOSPITAL PELÓPIDAS DA SILVEIRA, em Recife.
Agora se imagine um filho doente ou um idoso com problemas de locomoção e em ambos os casos, pessoas de baixa renda que precisem chegar nestes hospitais?
Parece que estes aparelhos urbanos foram projetados para quem tem carro ou moto, ou para pessoas ricas que raramente os vão usar por dispor de alternativas melhores. Hospitais assim deveriam OBRIGATORIAMENTE contar com uma linha de ônibus que deixasse os pacientes na porta principal.
Isto seria humano. Mas quem disse que pedestre é humano em Pernambuco?
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