SAÍDA COM O APS no Carnaval de 2014. Nosso colega, Gabriel, "THE COCÔMAN", enchendo a cidade de alegrias... |
Amigos...
Voltei a pedalar em Recife no meio de 2008. Com a idéia de que o Recife era muito perigoso, assaltos em toda a cidade, comecei a sair com grupos de pedal noturno, para fazer alguma atividade física. Para quem não pedalou muito por uns 15 anos (Salvador tem ladeiras demais para bike!), Recife é um paraíso e os grupos de pedal se mostraram um caminho simples e gratuito para me adaptar a cidade novamente.
Sempre recomendo os grupos de pedal para iniciantes. A grande maioria dos grupos é composta de ciclistas que querem pedalar por prática esportiva ou simples prazer, e procura na formação do "efeito manada" a segurança que a cidade não oferece ao ciclista no dia a dia. Ontem, por exemplo, dois atropelamentos de ciclista, com uma morte, mostram que muitos motoristas não gostam dos ciclistas, mesmo a gente sendo "um carro a menos", mesmo e talvez por isso, "não pague IPVA, não uso gasolina"... Todas as iniciativas são válidas para melhorar a vida da cidade. Já ouvi de gente esclarecida, com nível superior e boas escolas, que a cidade não é para o ciclista, que foi feita para os carros e pronto. E tem ódio aos grupos de pedal que "roubam" 15 ou 20 segundos do seu precioso tempo num cruzamento. Sem discussão, porque gente assim costuma ser intolerante até com quem simplesmente o manda ler o CTB. Mas sim, tem gente do nosso lado que também não gosta de grupos de pedal. Que acha que eles fazem mal para o "movimento dos ciclistas". Que não lutam por nada além do poder econômico para eles.
Eu já pedalei em 6 grupos. Nesses 8 anos, eu paguei 5 reais em um dos grupos que sai para experimentar. O dinheiro era para pagar o apoio que o grupo dava, gasolina no carro de apoio, pessoal não voluntário. É um grupo de iniciante, onde o povo morre de medo de pedalar nas ruas. Haja paciência. Conheço outras iniciativas que estimulam o uso da bike no dia a dia, voluntárias. Mas se tem o grátis e tem o pago, e se tem gente para as duas, cada um que escolha a que se sentir mais cômoda.
Eu como não tenho recursos, acreditei e acredito nos grupos de pedal grátis.
Sinto falta do APS para recomendar aos iniciantes, talvez o melhor grupo de que já participei, sem apoio, ninguém ficava para trás solto ou desprotegido, e rodava pela cidade toda, por lugares que só conhecia de letreiro de linha de ônibus. Linha do Tiro, Corrégo do Euclides, Alto do Passarinho, entre outros, foram lugares que conheci com o povo do APS (AMIGOS PARA SEMPRE!). Obrigado a Roberta e Gil, organizadores do APS, por essas experiências. Também sinto falta do Corujaqueira. Mesmo limitado a 3 destinos alternados: OLINDA, BOA VIAGEM e VÁRZEA, era um bom passeio.
A CICLOFALSA demoliu por dentro os grupos, oferecendo um espaço para o passeio de bike semanal sem grupos. A prosperidade dos primeiros anos Lula, estimulou o uso das bicicletas. Mas então veio o fim da prosperidade, a tal crise. Com ela, o aumento da criminalidade e com novos alvos, as bicicletas. E como mágica, alguns grupos que tinha continuado com menos gente, crescem em número de ciclistas e captam novas parcerias e roteiros. Agora os AMIGOS DO PEDAL PE, o VAMOS PEDALAR SEMPRE -VPS/Pedal Alternativo, e outros remanescentes da "época de ouro" dos grupos como o MARÉ BIKE e o PEDAL CLUBE, ganham força novamente.
Esperar longa vida ao grupos, é infelizmente, entrar em conflito com o desejo de todos nós, de que a cidade seja mais amiga do ciclista TODO DIA, e que possamos ir para todos os lugares com menos medo. Mas enquanto não conseguimos isso, vida longa aos grupos!
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