18 de novembro de 2013

CICLOINFRAESTRUTURA E NEGÓCIOS...

CICLOVIAS EM TODA A CIDADE!
Você e seus vizinhos estão preparados para isso
quando for na sua porta?


Amigos...

Um post no BIKE COMMUTERS de hoje, despertou o meu interesse em comentar sobre as relações entre a infraestrutura para ciclistas e os negócios.  Entendo que a grande maioria das cidades atuais não tem infraestrutura exclusiva para o ciclista, que tem muito ciclista que acha que isso não é preciso bastando ter respeito mútuo, assim como muitos que só usariam a bicicleta no dia a dia se houvesse uma rede de ciclovias. As opiniões são divididas, não existe consenso nem mesmo pelo mundo à fora, apesar de que algumas cidades que deram certo com a bicicleta no dia a dia possuírem uma boa infraestrutura para ciclistas.

A questão que o post levanta é sobre o impacto da troca de vagas de estacionamento nas ruas sobre os negócios comparando com essa mesma troca em bairros residenciais criados em torno do automóvel. 

Muitos negócios são dependentes de clientes MOTORIZADOS, ou foram concebidas como tal.  Avenidas fortemente "comerciais" são plenas de entradas para veículos na frente das lojas, muitas com pequenas áreas para estacionamento, quase sempre insuficientes.  A implantação de uma ciclovia cria uma "ameaça" aos negócios, na visão dos empresários, especialmente naqueles mais míopes.  Já ficou comprovado que isso não acontece.  Exceto se o negócio for voltado diretamente para o carro, como uma loja de equipamentos por exemplo, a implantação de vias exclusivas só aumenta o retorno das empresas como apontam estudos pelo mundo a fora.   Claro que normalmente isso sacrifica o acesso de pessoas motorizadas, mas o ganho com os clientes ciclistas é muito maior. 

Por outro lado, quando a troca das vagas de estacionamento por uma ciclofaixa ou ponto de aluguel de bicicletas públicas, a vizinhança se "espinha" toda.  Antes os veículos eram poucos, hoje muitas famílias, especialmente em bairros melhores, tem mais de um carro.  Mas nem as casas, nem os prédios, e nem mesmo as ruas tem uma infraestrutura que comporte tantos veículos, e o número continua crescendo. 

A questão em foco é sobre o uso mais adequado do espaço público, a quantas pessoas uma infraestrutura assim vai atender com as "cicloinfras", em detrimento do número de outras que não irá mais atender com vagas para os carros.  E claro, levando em consideração se esse uso é real ou apenas imaginado.  Uma rua ampla que ligue duas avenidas tem potencial para ter uma ciclovia que atenderá mais gente do que se tiver apenas algumas vagas de carros.  Mas mesmo assim, a discussão é bem ampla sobre a "perda" de vagas de carros para a cicloinfraestrutura, sugiro a leitura do post original e para aqueles mais interessados, a leitura do extenso artigo sobre isso que o post recomenda.

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Original ROGÉRIO LEITE @ 2010