26 de agosto de 2009

CAPACETE OU NÃO?


Amigos...

Uma das coisa que aprendi a fazer com os passeios ciclisticos que fiz neste último ano, foi a usar o capacete para pedalar. Quando era criança e adolescente, e até mesmo com minha bicicleta anterior, a Caloi Altus que tinha em Salvador por volta de 1994, eu não usava capacete. Nem mesmo passou uma única vez pela cabeça comprar e usar um capacete para pedalar pela cidade. Graças a Deus nunca precisei dele.

Neste ano pedalando, vi alguns acidentes, quedas feias em que o capacete salvou o dia em alguns casos. Em nenhum, atrapalhou, o que já é muito a se dizer sobre um equipamento de segurança. Em alguns destes acidentes, o capacete chegou a ser destruído, com pequeno ou nenhum dano ao usuário.

Por outro lado, sou um habitué do Copenhagenize.com, um site dinarmaquês que tem como pano de fundo a idéia de que podemos todos, ao redor do mundo, adotar o estilo de vida de Copenhagen, fazendo uma "copenhaguenização" de nossas cidades no que tange ao uso da bicicleta como uma extensão do nosso corpo e criando uma cultura da bicicleta sem paralelos pelo mundo afota. Um dos pontos que eles mais veemente defendem é de que o uso do capacete viola este estilo de vida e a forma como a cultura da bicicleta está enrraizada no modo de vida do povo dinamarquês. Eles apontam que, pelo mundo a fora, em sociedades em que o uso do capacete é obrigatório, isto não reduziu as mortalidades por acidentes com ciclistas. Depois que as mortes por atropelamento de pedestres e por acidentes com automóveis têm o mesmo índice de mortes de ciclistas, e se assim for, porque os pedestres e os motoristas de automóveis também não usam capacetes? São questões importantes e para as quais não tenho resposta.

Polêmicas à parte, observo que é muito diferente o posicionamento cultural geral de um dinamarquês e de um recifense. O índice de analfabetismo - oficial ou estrutural -, ignorância cultural e social, e desagregação comunitária nestas duas culturas são muito diferentes e influenciam diretamente o comportamento de cada um dos elementos que convivem com o trânsito nas duas cidades. Não sei se as estatísticas iriam mostrar os mesmos resultados no Brasil e em Recife, até porque a bicicleta é encarada como veículo apenas para as classes mais baixas, e inexistem estatísticas sobre o assunto aqui. Muitos acidentes com os ciclistas nem mesmo chegam ao registro público oficial, dificultando a elaboração de um retrato correto sobre nossos problemas.

Resumindo, apesar de achar que Recife vai estar sendo candidata ao paraíso no dia em que a gente puder pedalar sem o capacete como Copenhagen, vou continuar a usar o meu, pelo sim, pelo não! NÃO ACREDITO EM BRUXAS, MAS QUE ELAS EXISTEM...

COMENTEM!!!

6 comentários:

  1. Caro Rogério:
    Suas observações procedem. Uso capacete, mas não gosto (acho difícil alguém que goste). Acho inclusive, que não protegem a base do crânio e região occipital. Um bom capacete teria que ser similar aos que se usam em motos. Não sou velocista e pedalo muito lento, raramente ultrapassando os 25 km/h. Recomendo fortemente aos que pedalam pesado e aos que façam trilhas. Na cidade, uso por causas das bruxas.
    Stefan

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  2. Stefan... desde 2006 uso aquelas terríveis meias de anti-varizes para estudar e trabalhar. Eu apenas não gosto delas, odeio-as! Mas terminei me acostumando. A ponto de estranhar quando não as coloco. Com o capacete e as luvas é a mesma coisa. Chego a sentir que está faltando algo quando pego no volante do carro (Cadê as luvas?). Como tudo que nos incomoda, é questão de hábito!

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  3. Já não sou capaz de montar a bicicleta - a de estrada ou a Btt - sem o capacete. Integra o acto de pedalar.

    Mas reconheço que é capaz de conferir alguma falsa sensação de segurança. Pois que numa batida forte...

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  4. Carneiro... como o DOUTOR Stefan [é médico mesmo!] ai em cima falou, a proteção é parcial, deixando parte do crânio exposta. Creio eu que para pedalar pela cidade, sem ser velocista, em velocidade moderada, o capacete dá uma boa proteção. Mas faltam dados! Proteção até quanto de velocidade? Para que tipo de acidente? Quem fez estes testes? Quem decidiu os modelos? A pensar....

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  5. O capacete para mim faz parte do equipamento, não saio sem ele. Há duas coisas fundamentais, o capacete e o Polar para controlar o ritmo cardíaco. Se por qualquer razão não tiver um deles não saio.
    Discordo um pouco do Stefan, parece-me que os capacetes dão alguma protecção à zona occipital, pois é precisamente aí que os capacetes têm uma pretuberância mais saída.
    O capacete dá com toda a certeza alguma protecção para proteger a cabeça de algum impacto mais forte.

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  6. Acho que os modelos dele e seu são diferentes. Stefan é um dos grandes colecionadores de bicicletas do país. Tem tantas que não sei como a mulher dele já não o pôs para fora! hahaha... Mas ele mostrou mesmo para mim que algumas áreas da minha cabeça não eram protegida pelo meu capacete. Ele sugeriu aqueles de motociclista. Parecido com os que usam em BTTs de competição, quase inteiro! Mas eu que já ando com vontade de comprar um VINTAGE, um modelo dos anos 20 (aquele de tirinhas de couro!), não estou nem pensando nisto! E quanto a dar proteção, bem, era sobre isto que propus o debate!

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