26 de dezembro de 2015

FRENTE E VERSO...

EXEMPLO: de A a B. Rota mais simples é a laranja, mas tem uma quadra (em azul) na contramão. Rotas para carro, em verde ou roxo, longas demais... Ninguém vai esperar que a gente as escolha!

Amigos...

Aqui o problema da contramão se traduz melhor por ter duas opiniões, contrárias mas ao mesmo tempo complementares. 

Contrárias porque ninguém acha realmente correto pedalar na contramão do fluxo, não só porque é mais perigoso em caso de choque com os carros, mas porque cria surpresas inesperadas aos pedestres (que olham para o lado dos carros quando atravessam) e aos motoristas (que também olham os que vêm no sentido do fluxo).  Complementares porque quem pedala não acha justo um sistema viário que o obriga a dar longas voltas no trajeto projetado para os carros, quando uma ou duas quadras na contramão simplificaria seu caminho e esforço. Como o sistema viário tem de arrumar espaço para tantos carros, mais e mais voltas, retornos distantes, ruas laterais são envolvidas para tentar reduzir os engarrafamentos. Quase sempre, porém, causam mais engarrafamentos ou simplesmente os transferem para outro local.

Assim, dando continuidade as ideias, temos que acomodar conceitos de fluxos simples, caminhos curtos e seguros, com uma transgressão a lei ao pedalar na contramão.  A regra de pedalar sempre na direção do fluxo existe, mas foi feita numa época de menos carros, de fluxo mais direto entre A e B.  Agora, fica cada dia mais injusto ao nos obrigar a dar voltas e mais voltas seguindo a rota dos carros. E isso mesmo que seja muito divertido pedalar, às vezes, a gente precisa ir mais rápido. Portanto, a estrutura cicloviária deve seguir um conceito de rotas de interesse. Muitos críticos dizem que as ciclofaixas ou ciclovias ficam vazias enquanto ciclistas preferem ir por outras paralelas ou rotas diagonais. Mas será que o projetista pensa como ciclista? Será que entende o problema real de ir de A a B?  A pensar....

COMENTEM...

Um comentário:

  1. Uma ciclovia nessa Visconde de Albuquerque resolveria muitos problemas, já que ela se tornaria, praticamente, uma coluna de onde você poderia escolher várias rotas adaptáveis.

    O próprio Google coloca esse trajeto que você fez, só que, na contramão, ele fala pra descer da bicicleta hehehe É a solução mais segura. Porém, dependendo do fluxo, a pedalada rápida e com a atenção no topo, já ajuda.

    Esse problema de falha de projeto é algo que sofremos com as ciclovias aqui no RJ também. Fora as faixas de pedestres em cruzamentos, onde você, pra ir de um ponto para seu oposto na diagonal, teria que dar uma volta enorme andando, porque só tem 2 faixas pra 4 travessias possíveis.

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Original ROGÉRIO LEITE @ 2010