Tenho analisado a forma como as pessoas avaliam e se posicionam quanto as dificuldades de se mexer na cidade. Cada pessoa reage ao estresse do trânsito de forma diferente, a me ver:
- Tem quem odeie movimentar-se em Recife de qq forma, achando problemas em todos os meios de transporte. Ônibus são quentes e demorados. Carros ficam entalados. Ciclistas são encurralados. Pedestres literalmente ignorados!
- Tem os indiferentes, que não se entregam ao estresse dos motoristas mal-educados, dos buracos nas vias públicas ou ao excesso de carros nas vias. O mundo é cor-de-rosa. É uma forma de ver o mundo das mais interessantes, do buraco onde a cabeça deles está enterrada.
- Tem aqueles que gostam. Acredite, tem quem goste! Mas são raros. Todos, na verdade, gostam de ir e vir sem restrições, desde que o possam fazer pelo menos na velocidade normal da via. E isto só se consegue em feriadões ou cedo nas manhãs de domingo!
Podemos passar tempo olhando o mundo sem atuar nele, eu que o diga! Mas podemos também atuar nele de alguma forma, buscando modifica-lo de forma a curar os males que detectamos. Atuar para reduzir o sofrimento de pessoas numa catástrofe como o Haiti, ou para melhorar a vida de todos os seus vizinhos. Atuar observando e discutindo, esclarecendo, divulgando o que dá certo, metendo o pau no que estiver errado, apontando soluções e apresentando propostas que melhore para o seu lado e para os seus - parentes, amigos e concidadãos. Atuar usando primeiro os pés, depois a bike, o ônibus e só em último caso, o carro para o transporte individual. Mas em caso extremo mesmo, tipo ataque cardiáco - se bem que indo a pé chega-se mais rápido!
Assim, depois de umas pequenas férias mentais, estou de volta para continuar a guerra à baixa qualidade da mobilidade em Recife, desafio a que me propus como parte da minha contribuição à sociedade, quem sabe ajudando a melhorar o tráfego na cidade e a criar novos pedalistas, o que tem mais o menos o mesmo resultado!
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