29 de março de 2011

QUE É QUENTE, TODO MUNDO JÁ SABIA!


"USUÁRIOS" no único lugar fresco do ônibus!


Amigos...

Matéria no JC deste domingo, dá conta da fornalha que são os ônibus do Recife. Assunto antigo, todo mundo queria era ar condicionado. Interessante é que quando falamos que comutamos pela bike, tem quem pergunte: E NÃO É QUENTE DEMAIS NÃO? EU VOU CHEGAR SUADO! Claro que vai. Mas pelo que disse a matéria do JC, vai chegar menos se for de bicicleta. Afinal com uma diferença que chega a mais de 10 graus entre dentro e fora do busu, é trocar um passeio no parque por uma visita a fornalha do coisa-ruim! KKKK. Quem quiser que aposte que o ar condicionado do carro vai aguentar um forno destes!
Mas tirando as opções, quem realmente precisa pegar um ônibus, sofre. Os empresários, de olho no prejuízo que teriam colocando ar condicionado, deveriam pensar em uma alternativa mais viável: ventiladores ou exaustores potentes. Se o ar fora do ônibus beira os 25-27 oC, então se cada ônibus tivesse uns exaustores potentes, que sugassem o ar que está no teto (portanto, mais quente - sim, colegas, ar quente sobe! Lembra dos balões?!) e jogassem para fora do veículo. O ar frio entraria pelas janelas, e todos seriam beneficiados!
Ah, e não venham dizer que gasta mais diesel ou é de manutenção cara, que realmente não é! E também não me venham dizer que já tem ventiladores, porque aquelas ventoinhas minúsculas, que não sugam nem ar de muriçoca, não servem para nada!
Sabe, existem opções, eles não botam porque não querem! Querem mesmo é criar linhas especiais, cobrando mais caro, para oferecer aquilo que já devia ser padrão em todos os ônibus! Mas também, com tanta omissão da PCR em licitar as linhas, e cobrar um bom serviço! Será que o sr. Prefeito tem receio de botar os donos das empresas na parede? Ou será que vai sobrar lugar para a gente pendurar no busu no lugar mais fresco dele: do lado de fora???

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Foto: http://cidadao.dpnet.com.br/cidadao/viewtopic.php?f=11&t=6151

28 de março de 2011

ENTREGANDO TUDO...


Vídeo com notícia sobre os entregadores em Copacabana!


Amigos...

Pesquisa do Transporte Ativo mostra que 11.000 entregas feitas por bicicletas entre Dezembro e Janeiro, em Copacabana, Rio de Janeiro.  Já vivenciamos o mesmo fenômeno no Recife, mesmo que não tenhamos números tão expressivos para mostrar. São inúmeros os entregadores de água, gás, farmácias e padarias na cidade. Até algumas empresas conhecidas na cidade, como a F.GENES dedetização, usa a bicicleta para a mobilidade de seus aplicadores.  
Empresas pequenas e com quadro reduzido de pessoal não podem se dar ao luxo de ter seus profissionais faltando com qualquer gripe, e o uso da bicicleta contribui para a melhora da saúde geral dos funcionários. Com isto, além de poupar recursos com transporte, ganhar flexibilidade e agilidade nos intermináveis engarrafamentos atuais, diminui a frequência de pequenas doenças. Ponto para a bicicleta. Além dos empregados de baixa renda que usam a bicicleta como meio de transporte, poupando o ônibus, temos então outra classe ciclística em franco crescimento: os entregadores de bicicleta!
E ainda temos gestores que precisam ser convencidos sobre a necessidade de incentivar as ciclovias e ciclofaixas, os bicicletários e paraciclos. Acho que eles não bebem água, nem compram gás!

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25 de março de 2011

APRENDE RECIFE!



Amigos... reproduzo parte de uma reportagem que li agora...

Cambridge, Massachusetts, EUA, veio com uma maneira criativa para apoiar a sua população cada vez mais amantes da bike e incentivar as pessoas a optar por transportes ecológicos. Instalou três estações de reparação de bicicletas na cidade. Ciclistas podem ir até os pontos em Harvard Square e fazer pequenos reparos ou inflar seus pneus. O gerente de transportes de Cambridge diz que a cidade inspirou-se no MIT (Massachusetts Institute of Technology), uma das mais prestigiadas universidades do planeta e que já possuía centros de reparação de bicicletas.


Segundo o BOSTON.COM, os estandes oferecem medidores de pneus e bombas, chaves Allen e algumas outras ferramentas que permitem aos ciclistas fazerem pequenos reparos, como o ajuste de assentos ou guidão. Cada posto custou à cidade cerca de US $ 1.000 e Seiderman disse que a cidade teve a idéia do MIT, que tem já instalados centros de reparação em torno de seu campus. A instalação dos centros de reparação surgiu com a observação de um número crescente de pessoas passando de bike por Cambridge. Um estudo conduzido pela cidade estima que o número de pessoas de bicicleta em Cambridge mais do que duplicou entre 2002 e 2008, com base em um estudo sobre o número de ciclistas que viajam contado através de 17 diferentes cruzamentos. Seiderman disse que o número continuou a aumentar desde 2008.

Enquanto isto, aqui no Recife, discute-se se vale mesmo a pena ter um sistema cicloviário, e a Universidade Federal não tem nem um acesso seguro para ciclistas na sua entrada, que dirá estações de reparo, bicicletários decentes, banheiros limpos e disponíveis para qualquer um usar! Recife é plano, ótimo para peladar, clima quente quase todo o ano, tudo que cidades como Boston e Cambridge não tem. Mas infelizmente, não tem a mentalidade e a cultura das pessoas de lá. Mesmo aquelas que deviam, por sua formação, por terem vivido anos no exterior fazendo cursos sofisticados, convivendo com a cultura do mundo civilizado, não conseguem encontrar no meio social nem no acadêmico, espaço para implantar meios básicos para melhora da qualidade de vida de todos.

É o egoísmo da lei de Gérson em alto e bom som! Que vantagem posso levar nisto, certo!?

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Fonte: http://www.geekosystem.com/diy-bike-repair-cambridge/

21 de março de 2011

ALIVIANTES

PARA COMUTADORES E...COMUTADORAS!

Amigos...

Aqui uma dica do site SUPERZIPER.com para um simples e fácil prendedor de boca de calças. Tá, entendo que Recife é quase um desafio pedalar de calças, por conta do calor! Se já é barra de bermuda, que dirá de jeans! Mas mesmo assim é uma ótima idéia para os (poucos) dias que se pode fazer uso disto. E é fácilimo de fazer e bem bonitim!!! KKKK Aproveitem tudo neste link.

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19 de março de 2011

MAIS UM...



Amigos...

Nem tenho mais saco para comentar as mirabolâncias que os gestores e legisladores locais vivem dizendo que vão fazer para promover a bicicleta no Recife. Então leiam e concluam vcs mesmos o que já conclui: vai continuar tudo igual! Clicando na foto vai no album do picasa. Fotografei os quadros detalhados, e está lá no album, para facilitar a leitura! Vamos acreditar?!

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INTERSECÇÕES... EM ANDAMENTO!

Amigos...

Começaram as aulas do doutorado e isto está tomando um tempão. Juntem a isto que ainda estamos nos arrumando em termos de informática por lá, e eu quase não tive tempo livre para escrever nada. Mas estou olhando sim! Acabo de fazer umas fotos para o novo projeto: INTERSECÇÕES! Registro de ciclistas em trânsito pelas mais importantes intersecções das zonas norte-sul-oeste da cidade: suas pontes e acessos. Em breve estarei postando este estudo fotográfico por aqui.

As intersecções em Recife são os limitantes mais importantes do tráfego do Recife. Impossível se encontrar um caminho alternativo que evite as pontes que interligam as zonas norte-oeste, norte-centro, sul-centro. O deslocamento entre estas regiões da cidade sempre passa por uma das pontes, e elas são concentradoras do fluxo dos carros e ciclistas. São também pontos perigosissimos, gargalos importantes no fluxo e no risco ao ciclista. E claro, desprezados por sucessivas administrações públicas, que com o excesso de carros, simplesmente deixou de criar alternativas e de gerir o espaço público delas. Em algumas, é terra de ninguém mesmo. E as alternativas seguras para quem pedala é ir pela calçada. É isto, ou se arriscar com gigantescos ônibus articulados, carros nervosos, motociclistas estressados! Somos forçados a ir pela calçada, e muitos simplesmente vão e pedalando mesmo, o que é errado, mas que é ignorado pelos ciclistas urbanos!

Então aguardem que o trabalho é grande e vai sair aos poucos.

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13 de março de 2011

ROTA DA DESOVA #3345 - SALADA E ZEPPELIM!



Amigos...

Reporto a saída de hoje, domingo 13/3, com o APS - Amigos para Sempre, em um passeio que perdi 2 anos atrás por conta da chuva! A visita ao Campo de Jiquiá onde persiste a última torre de atracação de zeppelins do planeta, datada de 1930. Em meio a uma mata enorme, cercada de riachos poluídos e invasões periféricas, a torre está lá, ainda conservada. Existe um plano com mais de 40 anos de transformar toda a área em parque ecológico. A PCR chegou a avisar que ia começar as obras ano passado, que seria isto, aquilo e aquilo outro. Bem é isto, em inúmeras fotos, NADA.
O povo do APS, sempre bem humorado, ainda arrastou um vendedor de saladas de frutas, que IA para Boa Viagem, mas que percebeu em tempo que com a gente, ia vender boa parte do estoque! E não deu outra. Em Tejipió e no Campo do Jiquiá, duas paradas, o povo avançou na salada de frutas, e foi ótimo! Completou o passeio!
A rota de saída veio pela Mangueira, San Martin, Abdias de Carvalho, Sport, Túnel Chico Science, Derby, Internacional, Beira Rio, quando deixei o povo. Ótimo passeio, cerca de 25 km no meu odômetro, e muitos milhares de quilômetros de bate-papo!

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10 de março de 2011

ESTIMULATIVOS

Amigos...

Para quem pensa que precisamos de heróis para salvar o mundo...


Só precisamos de vc!

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9 de março de 2011

VAMOS FALAR DO QUE INTERE$$A!

Amigos...

Dinheiro move o mundo, não adianta pensar diferente. Implantar uma ampla infraestrutura cicloviária no Recife demanda recursos. Mas ao contrário da infraestrutura rodoviária, uma parte da infraestrutura cicloviária já está pronta: as ruas e avenidas do Recife. Temos grandes avenidas e muitas ruas que podem ser adaptadas ao trânsito cicloviário ao mero custo de sinalização, alguns remendos no asfalto (otimista, MUITOS remendos!) e várias latas de tinta para criar a "sensação" de compartilhamento das vias. A prefeitura vai gastar infinitamente menos para dotar toda a cidade de uma rede de ciclovias e ciclofaixas, do que se fosse abrir novas avenidas, mais pontes e viadutos. E com resultados muito mais rápidos!
Ao mesmo tempo, a criação de uma infraestrutura cicloviária abre inúmeras oportunidades para quem estiver por dentro das necessidades dos ciclistas urbanos. Muitos reclamam do calor em Recife, que chegariam ao trabalho suados e fedorentos! Ora, um estacionamento para 30 carros ocupa uma área de aprox. 200 m2, espaço que pode facilmente ser adaptado para 600 bicicletas. E assim quadruplicar o faturamento diário do estacionamento (por baixo!) cobrando 1/5 do valor pago para deixar um carro. Grande oportunidade, calculada de cabeça, assim, sem detalhes! Com algum investimento adicional, ainda se pode instalar chuveiros individuais, café, lojinha de vestuários e peças para bicicleta, e uma pequena oficina de reparos. O centro histórico, onde fica o Porto Digital, com 6.500 empregados, poderia ter uns 3 ou 4 destes bicicletários. A vizinhança de Shoppings, tb, mas menores. Outro problema são os consertos urgentes, tipo pneu furado ou corrente quebrada. Isto abre a oportunidade de uma rede de serviços móvel, em bicicleta, claro, que prestasse socorro a ciclistas na cidade, interligados pelo celular. Este tipo de rede poderia inclusive contar com um carrinho para o transporte da bicicleta, caso o dano fosse muito grande. Ciclocafés podem se tornar outro grande negócio. Juntando lojas de peças e serviços, pequenas oficinas e um bom atendimento para os ciclistas, teríamos toda uma gama de serviços crescentes na comunidade. Negócios de todo tipo, empresas, lanchonetes e restaurantes precisariam dispor de bicicletários, e eles são feitos de ferro, chumbado no concreto. Quem faz o bicicletário? Quem chumba? Quem pinta? Um sistema de aluguel de bicicletas poderia ser implementado, em cima de uma estrutura cicloviária que garantisse a segurança e o bem-estar dos ciclistas, atraindo turistas e usuários locais, em trechos que atendessem grande parte da cidade.
Enfim, incrementar a bicicleta em qualquer cidade não apenas ajuda as classes menos favorecidas que a usam como meio de transporte, como também negócios e serviços que atendam todos que passem a usa-la para isto também! É um investimento muito pequeno para tantas possibilidades de retorno. Porque só a prefeitura não vê isto?

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8 de março de 2011

PEDALAR É UMA AÇÃO POLÍTICA?

BICICLETADA EXTRA / Recife - Solidariedade aos Ciclistas Atropelados na Massa Crítica de 25/Fev.

Amigos...

A questão está aqui, e a resposta é sim, na medida em que quem opta pela bicicleta no dia a dia, foge das convenções normais de mobilidade.  Na minha opinião, não deveria. Desde que estamos previstos no CTB, pedalar é tão normal quanto andar, dirigir ou pegar um ônibus.  As cidades no Brasil, afora as megametrópoles Sampa e Rio, são de médio e pequeno porte. As distâncias médias percorridas são muito menores do que se pensa, e a bicicleta atende bem a quem precisa percorrer até 5km.  A maioria das pessoas vive ou trabalha neste raio de ação e a opção pela bicicleta seria uma coisa racional. Mas não é!
Desde a década de 60, quando Juscelino implantou a primeira fábrica brasileira de automóveis, empregando milhares de pessoas e faturando horrores todos os anos, o automóvel fez de reféns toda a população. Manipulando a vontade através da maciça propaganda, criou o vício, a ponto de que tem quem não consiga ir na esquina sem usar o carro!  Criou e arraigou o vício de tal forma que a sociedade passa a pensar que a única forma correta de se mexer para qualquer pessoa de bem, é usando um veículo motorizado, sem o qual você não é ninguém. Sucesso foi ligado ao carro. Prazer foi ligado ao carro. A vida das pessoas virou a vida do carro, limpar o "tadinho todo sujo de lama", gastar um rio de dinheiro para mantê-lo.
Neste contexto, pedalar é sim um ato político, porque nos coloca como aquele que acordou da "matrix" comercial e cultural para uma nova realidade planetária. Mas como disse a reportagem no Let´s Go Ride a Bike, "você também está salvando o mundo. Mas pedalar é também divertido, prático, seguro e rápido"! Se é político ou não, isto não importa, desde que seja respeitado e tolerado.  E nesse ponto sim, a decisão de pedalar é muito importante politicamente, porque mostra a capacidade do ser humano de não deixar que a sociedade dite a forma pela qual ele escolhe reger sua vida. Pedalar é portanto, uma forma de dar seu grito de independência, mesmo que seja só na hora em que você vai comprar o pão na esquina!

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7 de março de 2011

ELES SÃO O TRÁFEGO!

Click na imagem para aumentar. Está em alta resolução no PICASA!


Amigos...

A foto acima é do editorial do Jornal do Commércio de hoje, 7/2, onde a mobilidade no Recife é analisada, creio eu, pela primeira vez de forma não carrocrática. Leiam e concluam por si só! Eu apenas contrapus, via email abaixo, que o problema principal é simplesmente, restringir o tráfego de carros particulares, que foi sugerido, mas não efetivamente dito. Parece querer ser dito, quem tem alguma inteligência percebe, mas não foi dito com todas as letras! E ainda questionam a mudança para a bicicleta, sobre "quem vai querer mesmo trocar o carro pela bicicleta"?! Então, para não deixar passar a oportunidade, sugiro a todos que leiam e se manifestem junto ao mesmo email cartas@jc.com.br.

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EMAIL ENVIADO AO cartas@jc.com.br no dia 7/2, 9:20 da manhã!
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Editorial de Mobilidade

O editorial da edição de 7/2 foi muito feliz em delinear o problema do trânsito no Recife. Pecou apenas por não propor que o poder público restrinja efetivamente o automóvel particular como alternativa de transporte individual. Enquanto a prefeitura investe em mais avenidas, vias, elevados e pontes, que visam a facilitar o tráfego dos carros, a mobilidade no Recife só vai piorar. Construir elevados para os ônibus ajuda, mas não é uma proposta sustentável, porque libera espaço para mais carros nas avenidas contempladas e atrai ainda mais carros para elas. O problema de mobilidade talvez não exista mais quando retirarmos os carros da equação. A prefeitura poderia criar áreas em que o uso do carro particular fosse totalmente impedido, obrigando os cidadãos a deixa-los em casa e usar o transporte público, ou dotando a cidade de estacionamentos periféricos e linhas confortáveis para atende-los. O fluxo do transporte público seria otimizado facilmente, reduzindo o tempo das viagens e o desconforto das longas esperas, reduzindo os custos e aumentando a capacidade de investimento das empresas em mais conforto nas linhas. Ciclofaixas e paraciclos poderiam ser implantados, compartilhando as ruas e proporcionando uma alternativa de transporte adicional. Empresas poderiam receber estímulos quando dotassem suas sedes de bicicletários, armários e chuveiros para ciclistas, via redução do ISS ou do IPTU. Novos negócios, como bicicletários particulares com todos os serviços e sistemas de aluguel de bicicletas públicas, poderiam ser explorados em toda a cidade. E tudo seria apenas uma questão de adaptação da população a nova situação, o que já aconteceu quando a prefeitura ordenou o tráfego na Conde da Boa Vista e na Dantas Barreto. Seria criadas as condições para que os motoristas entenderem que eles não ficam presos no tráfego, eles são o tráfego!

Rogério Leite
PEDALANDO & OLHANDO
contato.rl@gmail.com

6 de março de 2011

SONHOS QUE CONSTROEM REALIDADES...

Amigos...

Adoro sonhar acordado. Não conheço nenhum cientista que não o faça. Assim como os artistas, idéias tem quem sonha acordado, que é chamado de ÓCIO. O ócio é sempre confundida com a preguiça, mas nem chega perto. Pesquisadores, artistas, músicos e outros profissionais que lidam com idéias e criatividade precisam ter o seu espaço de ócio. Alguns aprendem a tocar alguns instrumento, outros apenas deitam na rede e olham as nuvens passarem. Para quem está de fora, observando, pura preguiça. Lêdo engano. O corpo pode estar disposto em perfeito relaxamento, mas a mente não para de trabalhar. Artistas e cientistas têm isto em comum: férias não existem! Como tirar férias se um mero carrapato preso numa meia deu a idéia do velcro!? Assim como o artista e o músico, que estão sempre trabalhando, assim é o cientista, sempre pensando, sonhando com algo que pode virar uma realidade. As vezes, arte e ciência se misturam. Ou alguém acha as aventuras do Capitão Kirk e nos comunicadores da Enterprise, seriado da década de 60 criado por Gene Roddenberry, não inspiraram o desenvolvimento do telefone celular da década de 80? Idéias podem vir enquanto você está suando, trabalhando duro, "carregando pedras" literalmente! Mas as melhores, sempre surgem quando não se está fazendo nada. Já disse Einstein: "Penso noventa e nove vezes e nada descubro; deixo de pensar, mergulho em profundo silêncio - e eis que a verdade se me revela." Ou Newton: ""Para se ser um gênio é necessário apenas 1% de inspiração e 99% de transpiração."

Vai que é isto que nosso prefeito está fazendo (ou não fazendo!) para ver se arranja uma boa idéia para a mobilidade no Recife! Alguém bem que podia dizer a ele que a idéia já foi inventada, aproveita 99% da energia aplicada, portanto, de altíssima eficiência: A BICICLETA!

E viva o ócio carnavalesco!

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NEM SEMPRE É CULPA DELES!!!



Amigos...

Convenhamos que vivemos numa terra inculta, insalubre, insegura e todos os "in's" a mais que consigamos pensar. Na sequência acima, tomada na Av.17 de Agosto, um bicicleteiro (não se pode chamar isto de ciclista), usa sua bicicleta como meio de transporte como se fosse inexpugnável, pedalando pelo meio da via, entre as duas mãos. Não parece, mas ele foi literalmente cercado de carros uns 2 segundos antes destas fotos, quando eu o percebi e tirei a câmera. Temos que dar a mão a palmatória de que se o ciclista não quiser segurança é muito fácil morrer em cima de uma bicicleta. Pior! Os motoristas ORDEIROS, RESPONSÁVEIS e CORTESES que existem, sentem-se pessoalmente atacados quando aparece um maluco destes que pedala como se os carros fossem postes parados no meio da rua. Juventude, falta de educação social e para o trânsito, falhas sociais e morais, não importam os motivos. O que importa é que ciclistas assim ESTÃO ERRADOS. Que você tenha seu dia de bicicleteiro, pegando uma pequena contramão ou andando na calçada, sem que isto ponha em risco nem a sua vida nem dos outros, nem incomodar ou forçar pedestres a sair da frente para lhe dar passagem, até se entende. Afinal a cidade não foi construída para quem pedala, e isto cria diversos problemas para quem o faz. Mas que você venha as ruas para pedalar arriscando tudo de forma inconsequente, feito este maluco suicída, é coisa que não se deve fazer nunca!

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5 de março de 2011

GALLUS VISITA O GALO, ED.2011!

Mais fotos do Galo, feitas agora cedo, antes da folia começar, click aqui!


Amigos...

Hoje tinha me programado para sair bem cedo e ir ver a escultura de Galo colocada na Ponte Duarte Coelho, alegoria decorativa para a saída do maior bloco de carnaval do mundo, o GALO DA MADRUGADA! Não sou muito de carnaval, já tem uns 5 ou 6 anos que arranjo outras coisas para fazer neste período, viajo, leio, pego uma praia, um cinema, etc. Fazer nada alguns dias é uma ótima coisa! Mas sempre gosto de ir ver a solução criativa e artística que dão para a escultura do Galo, que todo ano é diferente! Ano passado, o Galo estava algo pernóstico, magro, seco, colorido mas sem aquela "garbosidade" que a malta espera! Este ano, deram uma repaginada, e a escultura lembra um daqueles coronéis de outrora, sisudamente olhando a malta se acabar no meio dos trocentos trios tocando frevo até se acabar!
Fui, então, de bike, para aproveitar e dar uma relaxada! A cidade está cercada, as pontes com trânsito controlado de veículos, e com "currais" para controle de gente! Sitiaram o centro do Recife! Por outro lado, vendedores ambulantes acamparam antes dos currais serem instalados, porque a cidade já está cheia. Não consegui passar pelo bloqueio com a bike! Mas assim mesmo fiz umas fotos do Galo Garboso! KKK
Claro que sempre me espanta como a cidade fica diferente sem tanto carro ou ônibus passando! Limpa, vazia, espaçosa. Interessante é que no dia a dia, a prefeitura não consegue entender a necessidade de proibir carros no centro, e controlar nas demais vias, e estimular um transporte público eficiente, limpo e rápido. Mas quando se fala no Carnaval, e no Galo, a prefeitura se mobiliza, roda tudo, e a cidade presta! Porque não podemos ter uma Recife assim todos os dias?

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4 de março de 2011

NÓS, CICLISTAS, MERECEMOS RESPEITO?

"DIE IN" durante a Manifestação pela PAZ no trânsito, promovido pela BICICLETADA RECIFE, ontem na Av.Beira Mar, em Boa Viagem.   O "DIE IN" simula o que aconteceu em PORTO ALEGRE durante a bicicletada do último dia 25 de fevereiro, quando um motorista enlouquecido jogou seu carro em alta velocidade em cima de 100 ciclistas durante a MASSA CRÍTICA DE PORTO ALEGRE.


Amigos...

A questão acima deriva do fato de que apesar de sermos muitos, somos também desunidos, como ciclistas. Desde cedo, todos aprendemos que respeito em muitas situações é algo que precisa ser conquistado.  Pelo número, pela força, pela inteligência, seja como for, precisamos mostrar que estamos aqui, que precisamos ser considerados.  Certo que apenas pelo fato de sermos humanos, pais de família, trabalhadores, já deveríamos ser respeitados, estejamos em um carro, andando ou pedalando nas ruas. Mas a raça humana cresceu a sombra do mais forte, do mais ágil, do mais inteligente. Daquele que era melhor caçador e provedor para sua família. Claro que evoluímos, mas em muitas coisas continuamos, como espécie, agindo como tal. Respeitamos mais quem pode mais, é um fato das ruas, por mais arrepiante que seja isto sob os aspectos sociológicos.  A lei e seus fiscais e agente, foram criados para regular os excessos, e até certo ponto funciona. Mas em pequenas coisas, em pequenos atos, muitos se vingam do controle que ela impõe, atacando aqueles que eles julgam mais fracos.
Nós, ciclistas, deveríamos ser mais unidos, porque só assim seríamos considerados, ouvidos, respeitados. Deveríamos apoiar todo e qualquer movimento que vise o bem dos ciclistas. Quem pedala apenas por lazer, que não faz uso da bicicleta para ir ao trabalho, deveria se lembrar que seu porteiro, sua faxineira, o office-boy do seu escritório e tantos outros pequenos prestadores de serviço que estão ali ao lado deles no dia a dia, trabalhando e ajudando ele a trabalhar, podem ter vindo de bicicleta para o trabalho.  Lembrar disto quando ele é atropelado é pura sacanagem. Quando grupos como a BICICLETADA RECIFE, o único grupo de Recife que luta por mais respeito para quem pedala para o trabalho, sai às ruas, não sai por eles apenas. Eles são médicos, biólogos, engenheiros e realmente NÃO PRECISAM estar ali lutando por você e por todos que pedalam na cidade. Mas eles saem por todos nós e principalmente por aqueles que precisam usar a bicicleta para fazer algo mais do que passear à noite pelas ruas. É uma luta digna por um direito de qualquer um de nós que deseje uma cidade mais humana em que qualquer um possa usar a bicicleta no dia a dia sem medo de ser morto. É uma luta digna para merecermos o nosso espaço nas ruas, pedale você para o trabalho ou apenas por lazer.
Se nós QUEREMOS merecer nosso espaço nas ruas, é hora de repensar nossa posição e participar desta luta por um mínimo de espaço e pelos nossos direitos! Não fazer isto é pactuar com os assassinos motorizados que rondam a quem pedala!

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2 de março de 2011

MUITA LUTA AINDA, ATÉ EM PARIS!



Amigos...

O vídeo acima (Via BICICLETA EM LEITURAS, ótimo blog do Djanilson de Mossoró) mostra a realidade dos ciclistas no dia a dia de Paris. Já tem um tempo que elogio as iniciativas da Administração de Paris quanto ao uso das bicicletas. Mas tenho que me retratar que se os gestores até tentam, o povinho de Paris é tão ruim como motoristas que doi ver! Durante um ano, um ciclista filmou o dia a dia pedalando na cidade, que é muito violenta. Mesmo em locais onde a bicicleta é compartilhada, avisada, com ciclofaixa pintada, os carros jogam por cima. O vídeo tem algumas frases em francês, mas é cheio de esquemas bem didáticos. Vale a pena ver.
Um vídeo como este, reforça a minha idéia de que uma cidade mais humana não pode transigir com os carros, motos e ônibus. Eles precisam ser restritos a ficarem fora dos grandes centros, dando espaço para que a vida aconteça, sem impecilhos ou ameaças.
Nestes tempos carnavalescos, acho interessante que sempre existe energia, dinheiro e vontade política para abrir espaço para blocos e troças. Para a saída do Galo da Madrugada, a prefeitura se esmera, gasta o que tem e o que não tem, e gasta mal muitas vezes! Mas para manter a sinalização das ruas, pagar melhor aos professores, garantir saúde e educação de qualidade, nunca tem dinheiro.
São pelo menos 2 milênios, mas ainda continuamos com o velhissimo esquema PÃO e CIRCO. Ou melhor, BOLSA FAMÍLIA e CARNAVAL!

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DE OLHO NA BIKE



Click nas imagens e veja as fotos ampliadas no PICASA NA WEB!
Ei, QUER SUA FOTO AQUI TAMBÉM? Se tiver bicicleta nela, vale! Mande com uns 800 pixels de largura maior para CONTATO.RL@GMAIL.COM, com marca d'água, nome, email e/ou telefone. Atualizado todo final de semana.
No aguarde!

Original ROGÉRIO LEITE @ 2010