30 de outubro de 2009

AS BICICLETAS A LUZ DOS REFLETORES! Continuando...

Parte 2
J. Matthew Roney*

Programas de aluguel de bicicletas também estão aumentando o uso delas em algumas cidades. O maior exemplo foi o esquema de baixo custo de aluguel Vélib, em Paris, desde 2007. Agora oferece 20.600 bikes que podem ser obtidas com um cartão de crédito em 1.451 estações. Este programa cumpriu 6 MILHÕES de viagens em seus três primeiros meses de uso. Analistas esperam que o programa dobre ou mesmo triplique as viagens de bicicleta em Paris. Programas similares existem em Oslo (Noruega), Barcelona (Espanha), e Bruxelas (Bélgica) e estão planejados para Washington, DC (Estados Unidos) e para o centro de Londres (Inglaterra), entre outras cidades.

Enquanto pedalar permanece popular como lazer nos Estados Unidos, é deploravelmente subutilizado como transporte. A participação total da bicicleta como transporte declinou nacionalmente desde 1960, caindo de 32% até os anos 90, e agora chega a 0.9% de todas as viagens. Pedalar para o trabalho é menos frequente ainda, cerca de 0,4% das viagens.

Apesar desta estatística desprezível, sinais encorajadores podem ser vistos no futuro do ciclismo nos Estados Unidos. Auxiliado por um fundo de 900 milhões de dólares para a promoção do ciclismo e das caminhadas entre 2005 e 2009, a instalação de facilidades para o uso da bicicleta – incluindo bicicletátios, rodovias amigas do ciclista e ciclofaixas exclusivas – está acontecendo em ritmo acelerado. Com toda certeza, as 50 maiores cidades americanas irão, na média, dobrar suas rotas para ciclistas e pedestres; Nova Iorque sozinha irá quadruplicar sua rede de ciclovias e ciclofaixas para 2.900 quilômetros até 2030. [NOTA DO TRADUTOR: é isto mesmo: 2.900 QUILÔMETROS!]

Grupos que advogam a bicicleta nos Estados Unidos continuam também a crescer. A Liga Ciclistica Americana agora (2008) honra 84 metrópoles e cidades americanas como Comunidades Amigas do Ciclista. Em 2005, eram apenas 52 cidades. Os grupos que atuam pró-ciclismo operam em 49 estados e em Washington, D.C. (Capital dos Estados Unidos). Talvez o mais excitante, um destes movimentos que floresceu nos últimos anos é o denominado de Ruas Completas, na qual uma ampla coalizão de cidadãos e grupos ambientalistas está cobrando que as estradas sejam seguras e projetadas para todos – pedestres e ciclistas incluídos – e não só para os carros. Seis estados e mais de 50 cidades, condados e regiões metropolitanas agora atuam de alguma forma dentro da legislação das Ruas Completas. Por exemplo, a Assembléia Geral de Illinois (a Assembléia Legislativa do Estado – de Illinois) aprovou, em outubro de 2007, um requerimento de que todos os novos projetos de construção de estradas, dentro e fora de regiões urbanas, devem incluir caminhos para bicicletas e pedestres.

Apesar da bicicleta continuar a ser uma forma de transporte essencial na China, o país observou uma rápida redução do número de bicicletas pertencentes sua população, que ficou mais rica e passou a optar pelos carros. De 1995 a 2005, a frota de bicicletas na China caiu em 35%, de 670 milhões para 435 milhões, enquanto a frota de carros privados mais que dobrou, de 4,2 milhões para 8,9 milhões. Culpando ciclistas pelo aumento dos acidentes e do congestionamento, o governo de algumas cidades têm fechado ciclofaixas. Shangai chegou a banir os ciclistas nas ruas do centro em 2004. Esta deterioração da cultura chinesa da bicicleta acontece apesar do aumento da participação do país na produção mundial de bicicletas: a China produz mais de 4/5 da produção de 130 milhões de bicicletas/ano no mundo.

O governo central da China, preocupado com os congestionamentos, consumo de energia e a saúde da população, começou a cobrar das cidades a reversão deste desestímulo ao uso da bicicleta. Em junho de 2006, o Ministério da Construção ordenou as cidades que tinham estreitado ou removido ciclofaixas que as restaurasse. Em Pequim, a promoção da bicicleta teve efeitos visíveis nas preparações para os Jogos Olímpicos de 2008. Por exemplo, após sucessivos e bem sucedidos projetos-piloto, uma rede privada de aluguel de bicicletas co-patrocinada pelos setores responsáveis pela segurança e proteção ambiental da cidade, ajudou a colocar 50.000 bicicletas em algumas das 200 locações durante os jogos. Mesmo assim, contudo, esta retórica pró-bike de Pequim não tem sido traduzida em ações positivas fora da capital chinesa.

Projetos desenvolvidos visando combate a doenças e a pobreza na Africa têm mostrado evidências que a bicicleta não é útil apenas nas zonas urbanas. Na Zâmbia, o World Bicycle Relief tem trabalhado em parceria com uma coalizão de entidades de apoio e combate ao HIV/AIDS que promovem medidas de educação e tratamento, fornecendo 23.000 bicicletas para voluntários de saúde, educadores para a prevenção de doenças e famílias afetadas pelo vírus. Em Burkina Fazo, Ghana, e Uganda, uma aliança de organizações não- governamentais holandesas lançou um programa de microcrédito chamado PEDALE PARA FORA DA POBREZA. Como resultado, pessoas pobres conseguem pagar suas bicicletas enquanto as utilizam para ir a escola ou começar um pequeno negócio.

Com mais da metade de população mundial vivendo nas cidades, existe um enorme potencial para que governos municipais e planejadores urbanos aumentem o uso da bicicleta seguindo os exemplos europeus como Copenhagen e Amsterdam. Estas cidades têm mostrado que integrando bicicletas ao planejamento de transporte, educando o público sobre os benefícios do ciclismo, e desencorajando o uso do carro com restrições e taxas aos proprietários e aos estacionamentos, os governos podem aumentar muito o uso da bicicleta. Isto promove a saúde dos usuários enquanto ajuda a manter limpa e com maior qualidade de vida.

CONTINUA EM BREVE, COM MEUS COMENTÁRIOS COMPLEMENTARES SOBRE RECIFE!

Tradução: Rogério_Leite@pedalandoeolhando.blogspot.com
*ORIGINAL Copyright © 2008 Earth Policy Institute

29 de outubro de 2009

AS BICICLETAS A LUZ DOS REFLETORES!

Parte 1
J. Matthew Roney*

O mundo produziu cerca de 130 milhões de bicicletas em 2007 – mais de duas vezes os 52 milhões de carros. A produção de bicicletas e carros foi muito próxima entre si até perto do final dos anos 60, mas a de bicicletas se destacou nitidamente da dos carros em 1970, começando uma escalada íngreme para 105 milhões em 1988. Aconteceu uma ligeira queda estabilizadora entre 1989 e 2001, quando a produção passou a aumentar firmemente em cada um dos últimos seis anos. Muito do recente crescimento tem sido promovido pelo aumento na produção das “e-bikes”, as quais dobraram desde 2004 para 21 milhões de unidades em 2007. Regra geral, desde 1970, a produção de bicicletas quase quadruplicou, enquanto a produção de carros mal dobrou.
Promover a bicicleta como uma alternativa limpa e eficiente para o automóvel pessoal é um caminho prático para as cidades reduzirem os congestionamentos e a poluição. Confrontados com estes problemas e simultâneamente com as mudanças climáticas e a epidemia de obesidade, líderes governamentais e grupos organizados estão trabalhando para promover o ato de pedalar a um ponto de destaque no mix de transportes urbanos.

Inúmeras cidades européias têm ajustado seus padrões para a promoção e o uso das bicicletas, através de políticas de uso do solo e do transporte pro-bike, e com pesados investimentos em infra-estrutura para bicicletas e educação pública. Em Copenhagen, por exemplo, 36% já usam a bicicleta para ir ao trabalho. A cidade planeja investir mais de 200 milhões de dólares em facilidades para a bicicleta entre 2006 e 2024, e estima que já em 2015 metade de seus residentes irão pedalar para o trabalho ou escola. Em Amsterdam, 55% das viagens de casa para o trabalho são menores que 7,5 km. O governo tem prometido gastar 160 milhões de dólares entre 2006 a 2010 em ciclovias, bicicletários e segurança. Freiburg na Alemanha, uma cidade com 218.000 habitantes, alocou cerca de 1,3 milhões de dólares por ano para ciclismo desde 1976; agora cerca de 70% das viagens locais são feitas de bicicleta, a pé ou em transporte público.

Governos de todo o mundo estão seguindo a Europa. Bogotá na Colômbia, construiu mais de 300km de ciclovias, a maior rede dentre as cidades do mundo em desenvolvimento. Na Austrália, o estado de Vitória tem melhorado suas leis de planejamento para exigir que todos os novos grandes edifícios da cidade tenham um bicicletário e outras facilidades como chuveiros e armários. E em novembro de 2007, o Ministério dos Assuntos Internos da Coréia do Sul anunciou uma nova campanha pro-bike para aliviar o aumento no tráfego e a poluição do ar e para conter a alta dos preços do óleo. Como isto expandirá a infraestrutura para as bicicletas, o governo espera aumentar substancialmente o número de bicicletas até 2015, de uma para cada 7 cidadãos para uma em cada 4 cidadãos.

Algumas cidades notoriamente poluídas e congestionadas estão trabalhando para captar os benefícios do ciclismo. A Cidade do México planeja para que 5% das viagens sejam feitas de bicicleta até 2012, mais dos que os 2% atuais, através de métodos para acalmar o tráfego, campanhas promocionais e conectividade ônibus-bike. Na Índia, o novíssimo Plano Mestre de Delhi requer total segregação entre as bicicletas em todas as estradas e observa que promover o ciclismo será um componente essencial para o planejamento das cidades visando reduzir o crescimento do consumo de combustíveis fósseis.

CONTINUA EM BREVE!

Tradução: Rogério_Leite@pedalandoeolhando.blogspot.com
*ORIGINAL Copyright © 2008 Earth Policy Institute

NOTA DO TRADUTOR: Este artigo é dedicado a todos os que acham que eu sou cicloativista! Eu apenas reporto o que o mundo está passando, alerto para o que Recife não está fazendo ou está fazendo de errado, e ainda, defendo o meu espaço nas vias públicas, como direito garantido constitucionalmente! Isto é ser cicloativista? Bem...! COMENTEM!!!

28 de outubro de 2009

MAIS OUTRO SOBE PEDALANDO...


COTIDIANO
Recife - 28.10.09 Pernambuco // Rua da Aurora
Ciclista morre após ser atropelado no centro do Recife
Publicado em 27.10.2009, às 15h46 / Do JC Online Com informações da repórter da Rádio Jornal Izabelita Guerra
ATUALIZADA ÀS 15H47

Um ciclista morreu ao ser atropelado, no início da tarde desta terça-feira (27), no Centro do Recife. Segundo informações de testemunhas, o homem vinha com a bicicleta pela Rua da Aurora, quando ao tentar mudar de faixa, um Pálio bateu no ciclista, ele se desiquilibrou e caiu para o lado de um caminhão que passou por cima.
O acidente aconteceu próximo ao Cinema São Luiz. O motorista do carro fugiu do local. A vítima fatal foi identificada como Pablo Gomes de Oliveira, 23 anos. O motorista do caminhão, que estava carregado de bebidas, é Jorge Ricardo Bezerra Vitório, 45 anos.
O instituto de Criminalística esteve no local para fazer a perícia do acidente. O resultado deve sair em 30 dias.
Amigos...

Mais um colega subiu pedalando para o outro plano da existência. Rezemos pela alma dele. E pela do motorista do Palio, que fugiu, não deu assistência, deixou ele morrer!

O resultado que deve sair só vai dizer que ele morreu, que foi acidente. Ninguém pense que o Palio será reconhecido, que o motorista será responsabilizado. Aliás, alguns poderiam dizer, "MAS A CULPA É DO MOTORISTA? MAS SE FOI O CICLISTA QUE ATRAVESSOU-SE NA FAIXA!". Parem e pensem. Se ele estivesse sem a bicicleta, e fosse atropelado, seria culpa dele? De uma vez por todas, cada ciclista na via é um ser humano e que tem o DIREITO LEGAL, garantido pelo CÓDIGO DE TRÂNSITO BRASILEIRO de pedalar nas ruas. Ele está em sua forma mais simples, sem a casca de aço que o motorista adquiriu! Esta casca de aço e um motor de qq cilindrada dá uma vantagem enorme na relação motorista-ciclista. Mas esta vantagem traz embutida uma enorme responsabilidade ao conduzir. Ele não pode guiar sem pensar em proteger a vida e a integridade moral de cada ciclista ou pedestre que precise usar a via pública! Ele não pode achar que tem mais força, mais poder só porque têm nas mãos 2 toneladas de ferro autopropelido! Se fosse assim, imaginem a relação dele com o caminhão que atropelou involuntariamente o ciclista? É a mesma relação de peso e potência existe entre a o ciclista/carro e o carro/caminhão! Como este motorista se sentiria se o caminhão jogasse suas 20 toneladas em cima dele?

Independente do que aconteceu, o motorista É O CULPADO! O ciclista poderia estar DANÇANDO com a bike no meio da rua, e o motorista ainda seria CULPADO! O ciclista poderia estar empurrando a bike, carregando ela na cabeça, no ombro, nas costas, pulando em cima dela, e o motorista ainda seria CULPADO!

Em Toronto, caso similar foi tratado de forma simples: 10.000 ciclistas fecharam o centro da cidade! Foram todos ao mesmo tempo para o centro e fizeram os motoristas entenderem que a cidade não é só deles. É isto, ou deixe seu carro em casa, porque na rua ele não passa mais!
Quem disse que não temos poder de luta!

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27 de outubro de 2009

A ECONOMIA DA "MÁQUINA"...

Amigos...

A economia parece ser uma ciência árida numa primeira aproximação. Porém, quando tomada como descritiva da situação geral da sociedade, torna-se uma ferramenta importante para sabermos porque muitas coisas são o que são. Desde que tenhamos como premissa que nos dias atuais, grande parte da sociedade se move em função do gradiente de ambição de cada um, de sua vontade de consumir, de parecer consumir, de ser aquilo que não se é mas o que se aparenta ser, a análise macroeconômica pode ser usada para descrever inúmeros fenômenos do nosso dia a dia.

Vejamos a preferência pelo uso do automóvel. A indústria faz a parte dela. Vende a "solução" para o seu deslocamento de forma bem limpa, rápida, "agile"! São paisagens lindas, nenhum outro automóvel movendo-se nas ruas e estradas. O mundo é seu! Você é "the guy", o cara! Está no seu carrão e o mundo de possibilidades e fluxo livre se abre aos seus desejos! Claro, fantasia! A realidade é dura, e todo mundo sabe que é, mas me engana que eu gosto! Mas são poucos os que não pensam em cair neste logro se, de repente, ganharem um extra, um prêmio de loteria, um bônus da empresa. Vou trocar de carro! É agora!

Porque isto acontece? Ora, porque o carro ainda representa um grande investimento. Possuir um bom carro, uma "máquina quente", cheio de "pra-que-issos", pode ser estendido a sua pessoa física. Você pode ser feio de doer, mas num mercedes zero km, conversível, você parece o Gianecchini! Parece vazio? Parece sem sentido? É tudo isto! Mas quem disse que a grande maioria das pessoas hoje em dia possui alguma profundidade?!

Do ponto de vista econômico, estimular esta situação é muito interessante para os políticos em geral. Comprometidos em manter o nível de emprego da sociedade, manter a arrecadação de impostos sempre crescente, combater uma indústria que emprega milhares direta e indiretamente, e que contribui com muitos impostos, seria uma besteira. Seria? Não, porque o incentivo a esta forma de transporte tem outras consequências econômicas. É uma das formas muito mais poluente/pessoa transportada que as demais existentes: coletivos e bicicletas. E o custo ambiental já entrou nas equações econômicas tem uns 10 anos. Além disto, tem limitações importantes relativas ao espaço existente. As ruas não foram feitas para muitos carros e a saturação dos engarrafamentos só aumenta o custo ambiental.

Além disto, uma das contas mais difíceis de fechar na economia é a conta da previdência. O mundo é assaltado por uma epidemia de obesidade, muito incrementada pela fantasia do conforto sempre, coisa comum em quem só usa carros. E isto tem reflexos tanto na assistência médica quanto na previdência. Já está consolidado que os engarrafamentos são causadores de altas doses de estresse, e isto também se reflete na saúde, previdência e na produção agregada do país. O resultado é que a longo prazo, novos adiamentos na concessão das aposentadorias e aumento da base de financiamento da Previdência vão prejudicar ainda mais a nossa qualidade de vida. E crescimento das despesas com saúde.

Resumindo, para que possamos desfilar de "gostosão", parte importante da economia paga o pato, e todos de alguma forma, sofrem com isto. Claro, ninguém liga para a economia do país se puder desfilar de mercedes. Ainda mais se for político!

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26 de outubro de 2009

MELHORAR PARA NOSSO LADO!

Amigos...

Li recentemente no Pedaleiro, sobre um projeto de lei da Câmara Municipal de Camboriú, Santa Catarina, que pretendia exigir curso e carteira dos ciclistas sob pena de multa e apreensão da bike. Cheguei a criticar o projeto no site do Pedaleiro, e também via email para a ilustre vereadora que criou o projeto.

Entendam que não sou contra a que os Detrans e CTTUs de todo o Brasil, criem cursos para ciclistas que pretendam usar a bicicleta como meio de transporte, além de toda e qualquer iniciativa que melhore para o nosso lado! Acho até que a sociedade civil vem fazendo seu papel, como o caso do Corujaqueira e do APS, que estimulam, orientam, treinam na prática mesmo, o ato de pedalar pela cidade. Cumprem o papel de educar os ciclistas. Eu sou grato a ambos os grupos pelos conhecimentos e regras que sigo hoje ao pedalar sozinho pelas ruas da cidade.

Porém, de nada adianta você cobrar cursos assim, em especial em locais de alto fluxo de turismo sazonal como é Porto de Galinhas, Camboriú ou outra praia qualquer. Lugar cheio de visitantes de outras cidades, e que nos seus momentos de lazer, também usam as suas bicicletas. Ou se cobra de todo o país, ou não se cobra de canto nenhum. Por isto faz tanto sentido o ARTIGO 22, INCISO XI, da CONSTITUIÇÃO FEDERAL DO BRASIL, de 1988, em vigor! Regular o trânsito e o transporte é atribuição PRIVATIVA DA UNIÃO, porque você já imaginou se cada um dos 5.000 municípios do Brasil pudesse criar leis específicas para o trânsito no seu território?

Ao município e seus vereadores, cabe normatizar a aplicação do que está descrito no CÓDIGO BRASILEIRO DE TRÂNSITO. Não podem criar novidades. O curso PODE SER OFERECIDO, e PODE SER FEITO. Nunca DEVE OBRIGATORIAMENTE ser feito, e ser cobrada uma CARTEIRA DE HABILITAÇÃO DO CICLISTA, sob pena de multa e apreensão da bike. Oferecer o treinamento é uma ótima idéia. EXIGIR que todo ciclista só pode pedalar na cidade se tiver feito o curso é INCONSTITUCIONAL! Dar uma carteira se vc fez o curso e foi aprovado nele como uma forma de premiar ou reconhecer os participantes como bons ciclistas, ÓTIMO. Exigi-la para qualquer um que pedala, INCONSTITUCIONAL e ILEGAL.

Quando os municípios não conseguem nem que os motoristas em seus 'POPÓS' respeitem a lei, projetos assim são uma verdadeira piada. Uma forma de desviar a atenção dos seus contribuintes para o verdadeiro causador dos problemas de mobilidade na cidade, o excesso de carros e a falta de espaço nas vias para eles! E uma forma de investir mal o dinheiro da comunidade, transferindo o problema para quem realmente não é culpado. É mais fácil colocar a culpa em quem pedala do que investir em infraestrutura e educação para os ciclistas, e em restrições para o uso do automóvel nas cidades.

O que você acha de ter de fazer um cursinho e precisar tirar uma carteirinha para poder pedalar?

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23 de outubro de 2009

UM CICLISTA PARA PRESIDENTE DO BRASIL...

Amigos...

Governar não é uma tarefa fácil. Independente de qual esfera de governo estejamos falando, todas elas colocam alguém para decidir o destino de centenas, milhares, milhões de pessoas. É muita responsabilidade para alguém, por melhor que seja assessorado. E isto se os assessores prestarem!

Senão vejamos alguns pontos. A crise econômica veio, bateu feito "marola" e passou. Para contrabalançar o governo lançou um pacote anti-crise, que incluiu a redução de alguns impostos pontuais para algumas indústrias que tradicionamente empregam muita gente não demitirem, aka automobilistica! O IPI é um destes impostos. Integra o grupo dos impostos federais que podem ter suas aliquotas alteradas com efeito imediato justamente para este tipo de coisa, ajudar a controlar o mercado. Reduzi-lo aumenta as vendas. Economia básica!

Ora, acontece que ele também faz parte da receita que é repartida com estados e municípios. E naturalmente aconteceram perdas na repartição do bolo, a ponto de que muitos municípios pediram arrego, tendo de cortar cargos de confiança, reduzir investimentos, cortar despesas. Perda de postos de trabalho. Problema difuso, difícil de medir!

Além disto, a medida teve outras "marolices". O IPI dos carros baixou? Ótimo, vou trocar o meu! E pronto, centenas de carros novos entraram nas ruas. Se isto significasse destruição de velharias poluentes e perigosas, teria sido razoável. Mas não. Estas só mudaram de dono. No final das contas, aumentou mesmo o número de poluidores ambientais e, claro, crescimento do consumo de combustíveis fósseis. Mais carros, mais acidentes e mais perdas de vidas. Mais engarrafamentos, mais estresse, menos saúde, mais despesas para o SUS e planos de saúde, INSS pagando mais aposentadorias. Isto tudo movimenta a economia. Mas não para melhor!

Interessante é que as bicicletas não foram desoneradas. Nós que não gastamos combustíveis fósseis, cujos únicos efluentes gasosos são alguns flatos esporádicos e ainda melhoramos nossa saúde combatendo o estresse, continuamos pagando IPI em qualquer pecinha comprada. Pior, se contarmos que os muitos empregados das montadoras que foram "salvas" pela medida, assim como muitos e muitos trabalhadores de outros milhares de fábricas, comércios, e prestadores de serviço, usam a bicicleta para ir ao trabalho. Infelizmente, não elegemos um deles para presidente. Ou ele não lembra mais como era no tempo em que ainda tinha todos os dedos! Dois pesos, duas medidas e alguns assessores bem posicionados que realmente valem o salário que ganham para influenciar as pessoas certas.

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21 de outubro de 2009

PASSEIOS... ESCOLA DE CICLISTAS!



Amigos...

Ontem tive mais uma oportunidade de desfrutar da companhia dos já "amigos velhos de pedalada" durante o passeio noturno do Corujaqueira, um dos mais organizados e técnicos de Recife. O grupo conhecido na cidade realiza um passeio noturno semanal que reune uma quantidade enorme de pessoas. O de ontem tinha em torno de 300 ciclistas.

Nossa cultura e formação é voltada para o uso do automóvel, e a ruptura deste condicionamento é muitas vezes dificultada pela falta de um treino adequado do ciclista. Qualquer pessoa pode comprar uma bike e, se souber, sair pedalando da loja! Muitos de nós aprenderam a pedalar na infância e, como pedalar não se esquece, passamos das simples brincadeiras infantis a "hábeis" ciclistas de rua. Acreditamos nisto, e nem nos damos conta da diferença que é pedalar em um parque ou rua sem movimento e pedalar no trânsito caótico, incivilizado, irracional e completamente desordenado que é o trânsito em Recife.

O trânsito pode ter regras definidas aplicáveis a todos os que participam, mas que muitos simplesmente ignoram, ou não querem seguir, pelos mais diversos motivos. O ciclista que passa a usar a bicicleta como meio de transporte, o comutador, precisa passar por uma adequação de seus conhecimentos e do seu corpo, para poder não só pedalar, mas desfrutar do enorme prazer de pedalar. Saber pedalar é portanto, apenas um dos requisitos para que o ciclistas vire um comutador. E para obter os demais, é que entram os passeios noturnos e diurnos de bike pela cidade.

Nestes passeios aparecem todos os tipos de ciclista. Desde aqueles que acham que pedalar continua sendo uma brincadeira, e correm e freiam, e cortam zig-zagueando pelo meio dos demais. Tem que ache que pedalar é bom, mas arriscado demais, e que só conseguem fazer isto com tranquilidade se for dentro do passeio. Muitos até gostariam de pedalar para o trabalho, para o dia a dia, mas têm medo. Medo de serem assaltados, de tomarem suas bicicletas, de serem feridos ou machucados pela violência da cidade. Mas também tem aqueles que, como eu, gostam de pedalar e consideram que de qualquer forma o risco existe. Quantos não são assaltados em paradas ou dentro dos ônibus? Quantos não são assaltados dentro de seus carros e casas? O problema existe, mas a opção de pedalar pela cidade, se não resolve o problema de segurança, pelo menos alivia o stress total que vivemos. Ih tergiversei!...

Voltando, mais importante que o passeio em si, é o papel formador que grupos como o Corujaqueira, o CicloAdventure e o APS têm sobre os participantes. Criar a consciência do seu espaço no trânsito, do uso de equipamentos básicos de segurança ao pedalar, de respeito ao pedestre e aos demais elementos em movimento nas ruas, carros, ônibus, caminhões, etc. Formar uma certeza de que o Recife é uma cidade ótima para pedalar, plana, sem grandes elevações, acessível na sua maior parte e relativamente segura em sua grande maioria, faz com que mais e mais pessoas percebam a utilidade da bicicleta como veículo para seus deslocamentos.

Torço para que o tráfego fique bem pior, as ruas ainda mais cheias, as pessoas se cansando todos os dias de perder tempo nos seus deslocamentos. Enquanto nós passamos pedalando e olhando, sabendo que estamos melhor com eles parados. E quem sabe, multiplicando os conhecimentos que os grupos nos passam em busca de uma cidade melhor!

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20 de outubro de 2009

DAS "LUTAS" DO DIA A DIA...

Amigos...

Todos nós enfrentamos diversas lutas no nosso dia a dia. Precisamos enfrentar a balança logo cedo, uma inimiga ferrenha, que se apega naquela posição incômoda 10 quilos a mais do que imaginamos ter. Daí para a academia ou pista de corrida, um pulo, mas que parece uma montanha intransponível a que nos submetemos todos os dias, olhando desanimados para aquela lista interminável de exercícios ou para aqueles quilômetros todos que precisamos correr, andar, nadar!

A mesa do café da manhã é uma batalha! Como passar bem sem sofrer pela falta daquele pãozinho a mais, daquela geléiazinha ou daquele minúsculo pedaço de bolo de rolo (minúsculo? sei!)... É uma batalha inglória. Olhamos para a barriga, que teima em dizer que "daqui não saio, daqui ninguém me tira", esticamos o olho para o bolo, olho na barriga, no bolo, na barriga, bolo, barriga! Oh tortura moderna todos os médicos, programas de tv e cultura do corpo que nos obriga a enfrentar uma verdadeira guerra mundial para um simples café da manhã.

Ai vem o trabalho. Alguns mais sortudos, têm metrô na porta de casa e do trabalho, e não se estressam nada, vão andando para ele, sem pressa! Outros ainda, têm menos sorte e pegam o carro para enfrentar a batalha campal que é o trânsito em Recife. Um pouquíssimos privilegiados, já estão lá, porque foram pedalando e juntaram o exercício com o transporte, e saindo mais cedo para poder desfrutar de todo o prazer de viver plenamente cada momento!

Todos chegam naquele lugar que para muitos é a sucursal do inferno na terra, o trabalho! Alguns poucos, têm a sorte de gostar realmente do que fazem, a ponto de fazerem até fora do trabalho. Mas a grande maioria se pudesse, se aposentaria no segundo dia de carteira assinada! Trabalhar no que se gosta de fazer dá muito prazer, mas a maioria só pensa nos reais que suas atividades vão render sem nem ligar se para isto vai ter de bater o mesmo carimbo por 30 anos!

Ao final do dia, a batalha continua. Certo de enfrentar mais problemas de tráfego, muitos tentam correr e chegar mais cedo em casa. Mas quem disse que o Recife te deixa correr? Ele gosta de você imensamente, e quer você bem paradinho e pertinho dele. Sem ligar para o sofrimento perpetuado de metro em metro, enquanto aquele pobre coitado ali na bicicleta passa sem perceber nada. Suor, buzinas, barulhos de motores, motocicletas impetuosas. E o mundo passando, a brisa correndo, e o ciclista vivendo! Vivendo bem, evitando o estresse, respirando ar puro, fazendo exercícios enquanto se desloca, mas acima de tudo, vivendo a vida como ela deve ser vivida. Apreciando cada momento!

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17 de outubro de 2009

A CÉSAR O QUE É DE CÉSAR...

Amigos...
Acabo de ler esta matéria na Treehugger sobre a "guerra" travada em todo o mundo entre motoristas contra os ciclistas e pedestres. Alguns países realmente civilizados já transferem a culpa dos acidentes envolvendo estes personagens direto para o carro e seu motorista, sob a idéia de que este está dirigindo um veículo mais perigoso e que portanto, precisa ter mais responsabilidade quando "acidentes" acontecem.


O artigo detalha a situação que aconteceu no Texas em que uma picape com um motorista sóbrio mas que trafegava em alta velocidade, atropelou e arrastou um casal de ciclistas por mais de 60 metros. Pior, o motorista não foi nem multado e a coisa toda foi considerada pelas autoridades como um acidente. A coisa ficou pior porque o governador do Texas, vetou uma lei que exigia que os motoristas mantivessem um espaço mínimo em relação aos usuários mais vulneráveis das vias, sob alegação que já existia muita legislação sobre isto e que a nova lei só aumentaria a culpabilidade e a responsabilidade dos motoristas! È interessante que falamos de um país em que se você causa qualquer dano a propriedade de outra pessoa, a lei o obrigará a pagar tudo. Mas se você tira a vida de uma pessoa, não se paga nada...é apenas um acidente. Ciclistas pedalando nas estradas do Texas não são melhores que veados!


A discussão prossegue sobre os porquês do tratamento inferior e sem respeito com os pedestres e ciclistas em São Francisco e Boston. Quem pensa que isto só acontece em Hellcife, pode se surpreender com a frequência com que pessoas são atropeladas em ruas com calçadas estreitas com circulação de veículos pesados nas cercanias, etc. E tem quem ainda acredita que é culpa do pedestre ou do ciclista, muitas vezes obrigado por obras, cachorros ou qualquer outro motivo válido, a andar nos cantos das vias.

O artigo segue com os comentários a respeito do que aconteceu em Toronto quando um ciclista foi morto no trânsito no último verão deles. Toda a comunidade de ciclistas da cidade foi para o centro da cidade e fechou o centro a passagem de qualquer veículo, fazendo com que as pessoas passassem a ouvi-los. A cidade passou semanas com o melhor dos comportamentos entre ciclistas e motoristas, mostrando que gritar as vezes ajuda!

Finalmente, parece que pelo mundo a fora, pedestres e ciclistas estão começando a gritar pelos seus direitos como forma legítima de transporte. Carros matam pedestres e ciclistas, não o contrário. Se você assumir um volante de um carro e resolver atropelar para matar alguém, você tem muito mais chances do que se for a pé ou de bicicleta. A culpa deve ser dada a quem de direito! A César o que é de César!

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16 de outubro de 2009

A LÓGICA ESTÁ ESCASSA...

Amigos...

Costumo escrever sempre alguns comentários onde os maus motoristas são o meu alvo mais frequente. Bem, hoje, o foco é outro. O foco é a calçada e sua prima, a faixa de pedestres. Em anos muito passados, as ruas eram dos pedestres. As calçadas começaram a ser construídas com a chegada do carro, e com o aumento deles, chegaram os sinais de trânsito e as faixas de pedestres. De certa forma, a calçada representa um gueto aonde os "sem-carro" foram segregados, postos assim, de lado, para não "atrapalhar" o tráfego. Não é porque não tenhamos ou usemos um carro que não precisemos nos mover! E mesmo os motorizados, eventualmente também são pedestres, em algum momento. Perdemos mais espaço a cada dia, a medida em que as pessoas que dirigem e organizam o trânsito simplesmente nos ignoram como um dos elementos que precisam desfrutar de mobilidade na cidade.

E como vemos isto acontecer? Vemos todos os dias e nem nos damos conta. Quantos cruzamentos em Recife tem calçadas de ambos os lados, faixas de pedestres para "orientar o gado" onde atravessar a rua, mas ao mesmo tempo, os temporizadores NÃO tem um tempo de travessia exclusiva para o pedestre? É uma questão simples de lógica: tem calçada, faixa e sinal, então devia ter tempo para o pedestre indo de uma calçada a outra, pela faixa e obedecendo o sinal poder passar! Mas a lógica é escassa, falta mesmo. E as faltas são inúmeras. Os tempos são acertados pelas autoridades do trânsito que postam um sujeito no cruzamento com uma pranchetinha marcando quantos carros passam por minuto em cada sentido, quantas pessoas atravessam as ruas de cada cruzamento. Tanto trabalho científico, toneladas de estatísticas, e ai, um burocrata, expert em transportes lá na CTTU, vai e define que precisa colocar este ou aquele tempo nos temporizadores. E nem lembra que o pedestre existe ou considera todos uns Bolt da vida, capazes de correr 100m em menos de 9 segundos!

Será que estou errado? Pois bem, três cruzamentos de alto fluxo como exemplo!
1 - Ponte da Capunga com Beira Rio. Tempo de 17 segundos para a travessia. Não tem guarda municipal que chegue para multar tanto motorista que joga o carro por cima do sinal vermelho e por cima dos pedestres que atravessam a pista. Depois, sempre é necessário fazer dois ciclos de quem vai ou volta da Academia da Cidade para a Madalena, o tempo é mínimo para um adulto atravessar os dois sentidos sem correr riscos, exigindo que ele corra e muito para isto! Uma pessoa de idade sofre, e olhe que são muitas as pessoas de idade que usam a pista da Academia da Cidade! Custava acrescentar 3 segundos a mais para dar conforto aos pedestres que atravessam a rua por ali? Que nada... é tempo demais para quem está dentro de um carro com ar condicionado! É tempo demais para considerar aquelas coisas "sem carro" chamadas de pedestres!
2 - A Caxangá alimenta a rua José Gonçalves de Medeiros na Madalena, na ligação com a sede do Sport. No cruzamento com a Estrada dos Remédios, em frente ao Posto de Saúde Lessa de Andrade, existem CALÇADAS, FAIXA e SINAL. Mas esqueceram de novo do pedestre! Porque o sinal não tem tempo para eles atravessarem! Em um local onde provavelmente passam pessoas adoentadas, incapacitadas ou quase, indo e vindo do Posto de Saúde, faltou um pouco de sensibilidade por parte da CTTU! Mas tem tráfego demais, os coitados que se virem!
3 - E na esquina seguinte, cruzamento da Benfica com a Estrada dos Remédios-Visconde de Albuquerque, o sinal tem apenas 8 segundos de tempo. E as faixas, sumiram! Coitados, se virem de novo!

Como vocês podem perceber, número não garante respeito. Os pedestres são a grande maioria no tráfego. O Grande Recife tem mais de 2 milhões de habitantes (pedestres) e apenas 420.000 carros (quase-meio-pedestres). Mas mesmo assim, são tratados como nada pelas autoridades de trânsito. Será que assim fica mais fácil, amigos ciclistas, suportar o que nos é imposto pela falta de ação destas mesmas autoridades?

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14 de outubro de 2009

BABEM, OH DESCRENTES!!!


Amigos...

Alertado pelo MARCOS, do Trilha no Fio, sobre as Ciclovias de Aracaju, fiz uma pequena pesquisa sobre o assunto. Hoje são quase 33km de extensão já implantadas, mais 7,8km em implantação e mais 20,4 km projetadas. O mapa cicloviário de Aracaju será como está ai em cima. As ciclovias são de primeiro mundo, bem sinalizadas, bem organizadas e obedecendo um traçado que, depois de prontas, irá dotar a cidade de uma alternativa de mobilidade para quem precisa e usa a bicicleta como meio de transporte. Abaixo, um slideshow com fotos das ciclovias - LIMPAS, SINALIZADAS, ORGANIZADAS E INTEGRADAS!


Detalhes importantes: Ciclovias RETAS. Usadas por TRABALHADORES. Podem ser usadas para lazer, mas o foco é MOBILIDADE URBANA. As vias começam e terminam, de forma a integrarem uma alternativa real de deslocamento na cidade.

Babem, oh descrentes... que uma cidade pequena, com orçamento muito menor que o nosso, está adotando uma política de mobilidade por bicicleta porque alguém da administração de lá, não está apenas pensando em se eleger deputado federal, senador ou governador!

Mas nós moramos em Recife, "CAPITAL DO NORDESTE"! Quem manda eleger prefeitos frouxos, vereadores venais, políticos incompetentes! Vai, continua! Depois não se queixem da violência, da falta de infraestrutura, da miséria! Quem vota neles são as mesmas pessoas que reclamam disto, sem pensar que uma política de mobilidade por bicicleta teria um enorme impacto sobre as classe menos favorecidas. E, enquando isto, ELES, os políticos eleitos, desperdiçam milhões para manter SEUS carros rodando em vias EXPRESSAS e esquecem da grande massa que TAMBÉM VOTA e que anda de bike!

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Imagens: http://www.skyscrapercity.com/showthread.php?t=506963

13 de outubro de 2009

HOJE NO JC...

Amigos...

A seção de cartas do JC publicou hoje email que enviei no dia 5/10, como segue abaixo!

Tenho acompanhado algumas posições contra e a favor da Via Mangue no JC. Creio que a ação do MPPE é bastante oportuna. Poderá ser uma linda obra, mas a beleza vai servir a que mesmo? É uma via que vai servir a uma parte da Zona Sul que usa os carros. A ciclovia não vai ser muito usada, porque não tem saídas pelo meio do caminnho. O mangue vai mesmo ser impermeabilizado, afinal ainda não inventaram asfalto poroso! Para retirar as famílias e coloca-las em condições dignas, não precisa da via. Para limpar e tornar o manguezal limpo, também não. E até para diminuir o tráfego de carros que entope as vias de acesso, a via é uma solução pífia. Em pouco tempo, vai estar saturada e vão querer fazer mais vias. Quando é que a prefeitura vai agir para tirar os carros das ruas? Paris e Bogotá conseguiram e não foi com grandes obras!

Rogério Leite
contato.rl@gmail.com
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Não espero repercussão. Este email foi motivado por uma fulana que mandou uma carta para lá dizendo um bocado de absurdos contra a preservação do manguezal e favorável a Via Mangue, e que Recife nunca seria grande se não construísse tal obra. Eu acho que poderíamos fazer tudo o que vai de "brinde" (remover as palafitas para conjuntos habitacionais, fazer rede de esgoto decente, criar o parque do mangue, etc) sem precisar comprar uma via de 331 milhões de reais junto. E ainda sobraria dinheiro, e com uma solução mais permanente e Recife, que gosta de ser destaque em tudo quanto é comparação, ainda podia conseguir um belo destaque por ser uma cidade voltada para o ser humano.

Mas isto não dá dinheiro para campanha eleitoral de ninguém! N'é não?

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12 de outubro de 2009

ESPAÇO... A FRONTEIRA FINAL!

Amigos...

Estas não é a chamada para mais um episódio de "Jornada nas Estrelas". É uma chamada para o seu BOM SENSO, se é que ele existe! Recife vive uma "euforia" digna das melhores drogas químicas atuando no cérebro. Falo da cidade da Copa, da Via Mangue, do Corredor Norte-Sul, das Pontes na 17 de Agosto. Falo da euforia de gastar dinheiro NOSSO em construções VIÁRIAS que só são necessárias para conseguir mais espaço para os carros e porque nossos governantes precisam de "um por fora" para fazer suas campanhas futuras. Sem falar nos nossos empreiteiros locais que precisam levar uns "superfaturamentozinhos" de leve também!

Observe o gráfico abaixo.


Foi montado com base em dados de NOVA IORQUE, como mostrados pela Streetfilms, aqui. É uma situação limite, porque uma cidade deste tamanho tem problemas muito particulares. Porém, em escala menor, Recife tenta repetir os paradigmas de construção viária destas grandes cidades. Ser uma grande cidade é isto mesmo, diriam alguns, engarrafamentos constantes, poluição, baixa qualidade de vida, violência no trânsito, gastos desenfreados de combustíveis fósseis, e por ai vai!

Tantas obras viárias em Recife só vão suprir este espaço extra para os carros por um ou dois anos. Depois volta tudo ao que era antes. Com muitíssimo menos recursos, poderíamos montar uma estrutura cicloviária e de estímulo real ao transporte público, se houvesse políticas sérias de retirada dos carros das ruas e sem grandes obras viárias. Não estou falando em proibir os carros. Estou falando em desestimula-los com menos espaços para estacionamentos; impostos maiores para o negócio de estacionamento; mais ruas de pedestres para retirar mesmo o espaço para os carros; mais ciclovias com melhor qualidade e mais integradas em rede de mobilidade alternativas com metrô e ônibus; e por ai vai. Ações que a prefeitura e órgãos da cidade e do estado poderiam desenvolver para realmente melhorar a vida do recifense.

É aí que entra o seu BOM SENSO. Você, usuário de bike, precisa engajar-se na divulgação de meios alternativos de transporte. Usar sua bike em seus deslocamentos, seja para o trabalho, escola, lazer. E se não dá para fazer isto durante a semana, faça isto nos finais de semana. Decrete que seu carro vai andar o menos possível nos finais de semana, e só se for realmente indispensável. E você que nunca usou a bicicleta como forma de movimentação, saia, experimente, alugue uma bicicleta e vá aos passeios noturnos para aprender a pedalar pela cidade vendo como Recife é boa para isto.

Tudo o que precisamos é fazer com que mais e mais pessoas pedalem pela cidade até atingir o número crítico, e quando dezenas estiverem ocupando espaço nos sinais e nas avenidas seremos notados, e teremos algum político realmente capaz de produzir soluções que humanizem nossa veneza brasileira!

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11 de outubro de 2009

AS RUAS TAMBÉM SÃO NOSSAS...

Amigos...

No meu último post coloquei rapidamente sobre o direito de uso das vias públicas. Na última terça-feira, eu quase fui jogado para fora da pista no acesso ao viaduto do Carrefour por um taxi. Ele estava devagar, mas achou-se o "rei da cocada preta" na direção, quis passar no fino, e seu retrovisor triscou meu guidon. Eu estava na mão correta, a distância correta do meio-fio, a velocidade normal creio 20km/h, e a pista não tinha tráfego pesado naquele momento. Ou seja, foi descuido dele mesmo! Claro, como todo susto que você toma, gritei "UM METRO E MEIO, RETARDADO", usando todo o poder de minha pesada voz. Acho que metade da Torre ouviu e se brincar, os sismógrafos assinalaram como pequeno tremor na escala Richter!

Graças a Deus, nada aconteceu de grave, cheguei a saída do Corujaqueira e todos estes detalhes servem para introduzir a conversa que decorreu quando contei o acontecido a um colega ciclista e motociclista! Ele retrucou que os motoristas ficam chateados porque estamos OCUPANDO AS VIAS DELES. Eu questionei logo - que vias deles?! E ele retrucou - ora, os motoristas pagam impostos, e os ciclistas não, logo as vias são deles, feitas para eles passarem com os carros. Daí foi que surgiu aquele parágrafo esclarecedor sobre IMPOSTOS e DIREITOS DE USO DIFUSO na matéria sobre inversão do ônus da prova.

Vamos começar esclarecendo uma coisa: a via é pública. Pública e igualitária para todos os veículos e pedestres. Isto é o que a LEI estabelece. Isto está no CÓDIGO DE TRÂNSITO BRASILEIRO, lei específica sobre o assunto. Este mesmo código estabelece quem pode e como podem ser usadas as vias públicas do Brasil. E nós estamos lá! O código reza que se não existirem ciclovias, as bicicletas devem transitar na faixa da esquerda, a de baixa velocidade, a uma distância máxima de 1 m do meio-fio. Devem respeitar os mesmos sinais dos demais veículos. E devem ser respeitados por eles. No seu artigo 201, ele inclusive ESPECIFICA que os demais veículos automotores ao ULTRAPASSAR bicicletas DEVEM GUARDAR 1,5 m de distância dela. A lei existe.

Segundo ponto. Quem paga pelas vias públicas? Os motoristas? Não! Todos nós! As vias públicas são implantadas e mantidas pelo poder público para atender as necessidades de deslocamento da população. A origem dos recursos está nos caixas das 3 esferas de governo, alimentada por 6 impostos federais (importação, exportação, IPI, Imposto de Renda, sobre Operações Financeiras, Territorial Rural), mais 3 estaduais (ICMS, ITCD e IPVA) e mais 3 municipais (ISS, IPTU, ITCM). Portanto, achar que as ruas são mantidas pelo IPVA é um erro. Nem todo mundo que paga IPVA paga imposto territorial rural ou ICMS. Então como você tem seu carro, paga o IPVA, mas não o ITR, esqueça seu passeio no campo, porque aquela estrada de terra é mantida pelo ITR! Bobagem! Todas as estradas, avenidas e ruas são mantidas pelos diversos impostos que pagamos, cada uma aplicado nas suas esferas de governo. Imposto, uma espécie tributária, não tem destinação específica, segundo a Constituição Federal do Brasil.

Terceiro ponto. O IPVA é um imposto sobre o PATRIMÔNIO. Paga quem tem patrimônio, no caso, um veículo automotor. Você paga porque TEM o carro. Se ele ficar na sua garagem, NUNCA SENDO USADO, ainda sim, vai pagar o IPVA. Se vc retirar as rodas, sucatear o motor, vender todas as peças e não der baixa no DETRAN, a fatura do IPVA ainda vai chegar. Você ainda será o PROPRIETÁRIO DE UM VEÍCULO. Tem carro, paga IPVA. O IPVA não é uma taxa de uso das ruas. O IPVA não garante uso exclusivo das avenidas e estradas. Ele é pago apenas porque vc tem um carro. Os políticos ainda não perceberam que mina de ouro seria cobrar uma TAXA PARA CIRCULAÇÃO DOS VEÍCULOS AUTOMOTORES NAS VIAS PÚBLICAS. Mas podem aguardar, que em breve eles vão descobrir!

Último ponto. Se a via é pública e mantida com impostos de todos, porque achar que um carro tem mais direito a usá-la que uma bicicleta? Porque somos o povo do "LEVAR VANTAGEM EM TUDO, CERTO?", somos os povo em que ser mais forte economicamente, subjulga psicologicamente os mais fracos até a auto-violação dos seus próprios direitos. Arranhar um carrão importado com a nossa fragilissima bike de supermercado, automaticamente, nos coloca o medo de ter de pagar um prejuízo muito alto, esquecendo completamente que a sua vida, aquela preciosa em cima da bicicleta, é muito mais valiosa que o carro todo, alias, que todos os carros do mundo juntos. Um motorista que venha para cima de você está cometendo uma tentativa de homicídio. É uma acusação forte, mas é a verdade. Se cada ciclista ao ser ameaçado por este tipo de ato irresponsável, pudesse ir numa delegacia e dar parte deste crime, detalhando local, hora e placa do carro, juntando testemunhas para corroborar a falta de atenção ou cuidado do motorista, e isto fosse caindo na mídia, garanto que cada um ao tomar a direção de seu carro, pelo sim, pelo não, ia querer passar a pelo menos 3 metros de um ciclista. Com esta cultura psicológica o que vale é o prejuízo no bolso de cada um. Ameace o bolso que você vai só vai encontrar "cordeirinhos" atrás do volante!

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9 de outubro de 2009

O ÔNUS DA PROVA...

Amigos...

A quem cabe o ônus da prova em caso de acidente envolvendo um carro e uma bicicleta? Do ponto de vista do motorista, sempre será culpa do ciclista. E a maioria dos ciclistas, concorda!

Concorda porque vive numa sociedade em que só a força bruta do poder e do dinheiro vale. O dono do carro é "estibado", estudado, de terno e gravata, cheio do dinheiro, naquele carrão preto de 2 toneladas, quase um todo poderoso! E eu sou um joão-ninguém, coitado de mim, porteiro de edifício, morador de "comunidade", que nem dinheiro tem para o ônibus. Ele com certeza tem TODA razão de ocupar as ruas. Ele paga imposto pelo carro que tem para poder usar as ruas. Ele está certo, eu errado! Mas foi ele que jogou o carro dele para cima de mim!

Em alguns países, entende-se que neste caso, a culpa é AUTOMATICAMENTE colocada no motorista. A ele cabe PROVAR que fez todo o possível para não atropelar o ciclista. É a inversão do ônus da prova. Entenda, que o ciclista tem igual responsabilidade se atropelar um pedestre! Não é uma coisa gratuita, mas baseada na questão de quem tem mais força, peso, energia cinética, precisa ter mais responsabilidade. Parafraseando "O HOMEM-ARANHA" - Um grande poder traz uma grande responsabilidade!

Não se pode tratar um carro de 2 toneladas a 60km/h da mesma forma que um ciclista de 100 kg a 20km/h! Nem que fosse apenas pela física, o choque de ambos não ia ter iguais consequências para os dois. Os dois não se encontram em pé de igualdade, e isto faz com que o poder público na Holanda, na Dinamarca e em breve no Reino Unido, transfira a responsabilidade pela segurança dos ciclistas e pedestres para o motorista.

Ele precisa dirigir pensando que se atropelar um ciclista ou um pedestre, ele irá não só custear todas as despesas decorrentes do acidente, como também terá de sustentar o ciclista até ele poder voltar a vida normal. E se matá-lo ou deixa-lo incapacitado, indeniza-lo e sustentar a família do sujeito até morrer! Idem o ciclista, se atropelar um pedestre!

Em tempo, o tal doutor no carrão, pagou o IPVA dele POR TER O CARRO, não para poder ter as ruas para o carro dele andar. Isto TODOS NÓS PAGAMOS, é direito difuso, pago com dinheiro de TODOS OS IMPOSTOS, IPVA no meio. O IPVA é um imposto sobre a PROPRIEDADE do veículo. Não para uso nas estradas, ruas e avenidas. Imposto, PELA CONSTITUIÇÃO FEDERAL DO BRASIL, não tem destinação definida. Isto É PROIBIDO! Portanto, você ciclista, tem o mesmo direito de usar a via pública que um carro, um ônibus ou caminhão. Tem direito de reclamar parte deste espaço para você passar. Tem direito de ser respeitado.

Cabe saber apenas se você quer isto ou se prefere continuar aceitando todo o ônus da prova!

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8 de outubro de 2009

MAIS UM SOBE PEDALANDO...



Ciclista morre em colisão com moto na PE-82, em Pernambuco

RECIFE - Uma colisão entre uma bicicleta e uma moto deixou o ciclista morto neste domingo em Timbaúba, na Zona da Mata Norte de Pernambuco. O acidente aconteceu na rodovia estadual PE-82.
Segundo informações da polícia, o ciclista João Francisco Carlos, 37 anos, teria perdido o controle da bicicleta e se chocado contra a moto. Ele chegou a ser levado ao hospital local, mas não resistiu aos ferimentos e faleceu.
O condutor da moto, Valmir Rodrigues de Oliveira, 30 anos, e a passageira, Carla Patrícia de Lima Honorato, 15 anos, sofreram escoriações. Os dois foram atendidos no hospital local e, em seguida, transferidos ao Hospital da Restauração (HR), no Recife.

Fonte: PE 360 Graus
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Amigos...

Mais um ciclista foi atropelado ou atropelou-se em Pernambuco. Sim, atropelado é o que todos pensamos logo, mas eu como ciclista sei que muitos de nós nos atropelamos mesmo.

Nos atropelamos andando na contramão, furando sinais de trânsito, ignorando pedestres, motociclistas e carros, cortando ônibus por fora quando eles estão parados nos pontos.

Nos atropelamos por termos medo, nosso principal inimigo, que nos empurra para pertinho da calçada, tentando escapar do tráfego mas sem deixar margem de segurança para uma fechada qualquer. Manter 1 m da calçada é uma necessidade do ciclista e está estabelecido no CTB. É o mínimo necessário para garantir uma área de escape.

Nos atropelamos porque somos ignorantes e pensamos que andando no contrafluxo, vendo os carros se aproximarem, nós estamos mais seguros. Ignoramos que um choque de frente SOMA as velocidades do carro e da bicicleta (CARRO=40 + BICICLETA=20 -> 60Km/h). Por trás, o choque DIMINUI da velocidade do carro a da bicicleta (CARRO=40 - BICICLETA=20 -> 20Km/h). E quando você é atingido e está voando para frente é bom saber que está sendo arremessado a 20km/h ao invés de 60km/h!

Nos atropelamos porque não nos respeitamos, não estudamos para ser ciclistas, não nos acautelamos fazendo uma PEDALADA DEFENSIVA. Nos achamos os "bonzões", os "imbatíveis", os "cabra-machos"!

Ai tem mesmo é que subir, né não?

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7 de outubro de 2009

FOTOGRAFANDO DE NOVO...


CLIQUE AQUI E VEJA AS OUTRAS FOTOS DA SAÍDA DO CORUJAQUEIRA ONTEM!


Amigos...

Estreando ontem a minha nova Câmera Canon A470 no passeio do Corujaqueira. Ainda estou me adaptando aos ajustes dela. Mas prometo insistir. Em breve começarei a mostrar alguns projetos que estão na pauta! Aguardem. Por hora, cliquem na imagem e vão dar uma olhada nas fotos do passeio de ontem até a Várzea. Passeio leve em noite ótima!

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4 de outubro de 2009

MULHERES PEDALANDO... O MELHOR INDICADOR!




Amigos...

Matéria recente no TREEHUGGERS chamou minha atenção porque mostra que o número de mulheres pedalando é o melhor indicador de quão PEDALÁVEL é a cidade. Segundo o artigo, as mulheres são menos afeitas ao risco que os homens, e cidades com melhor infraestrutura para ciclistas são mais convidativas para as mulheres e ciclistas cautelosos em geral. As mulheres preferem rotas mais curtas para acessar as ciclovias e que estas sejam separadas das avenidas e estradas. Também preferem que as ciclovias estejam indo para algum lugar para onde elas querem ir ao invés de ciclovias em parques e jardins que não levam você a lugar algum e são apenas para o lazer. Estas podem ser ciclovias muito bonitas mas não são úteis para ela pedalar de casa até os correios ou ao mercado. Isto sem falar na segurança pessoal destas mulheres pedalando em parques isolados ou mesmo na praia, onde são alvos fácéis para os assaltantes.

A partir disto, a forma como as mulheres veem o uso da bicicleta no dia a dia está agora orientando os planejadores das cidades interessadas em implantar redes de ciclovias.

É uma verdade que as mulheres são menos afeitas a ficar dando voltas para ir ao correio ou a feira de bicicleta. Já perdi a conta de quantos rodeios eu já dei para ir de A a B para evitar o tráfego mais pesado ou porque a rota é mais tranquila. Até porque gosto de pedalar, e o caminho nunca é mais longo quando você está fazendo algo que gosta. Mas é difícil para uma dona de casa fazer isto enquanto está preocupada com o leite das crianças, com as roupas que vão na máquina e em todas as outras tarefas domésticas que as esperam em casa! E para a grande maioria das mulheres que estão ativamente no mercado de trabalho, se pedalassem, iriam querer ir pelo caminho mais curto de casa para o trabalho e vice-versa, desde que muitas ainda têm a segunda jornada em casa!

Recife, por esta ótica, não é uma cidade muito amiga das ciclistas. Apesar de ser uma cidade com forte vocação ciclistica, plana, sem grandes elevações e até com passado holandês, são poucas as mulheres que pedalam no dia a dia. Contam-se nos dedos! Em geral, são profissionais de baixa renda e menor escolaridade, que o fazem para economizar o transporte público.

Taí uma coisa que nossos vereadores e prefeitos precisam pensar se algum dia chegarem a cogitar em implantar ciclovias: sigam as mulheres!!!

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1 de outubro de 2009

CQC METE O DEDO NA FERIDA!



Amigos...

Quem tiver tempo, baixe este video do Youtube, com reportagem do CQC, sobre VIDA DE CICLISTA em São Paulo, checando o Código de Trânsito Brasileiro, seu desreipeito pelas autoridades, o abandono das poucas ciclovias, as "fábulas" das ciclovias de lazer, e chega a cair em cima do Kassab! Ótima, hilária e CQC como sempre! Metendo o dedo na ferida e futucando a fundo!!!!

Alerta para que nós recifenses não deixemos a situação aqui chegar a ficar nem perto do que é lá!

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DE OLHO NA BIKE



Click nas imagens e veja as fotos ampliadas no PICASA NA WEB!
Ei, QUER SUA FOTO AQUI TAMBÉM? Se tiver bicicleta nela, vale! Mande com uns 800 pixels de largura maior para CONTATO.RL@GMAIL.COM, com marca d'água, nome, email e/ou telefone. Atualizado todo final de semana.
No aguarde!

Original ROGÉRIO LEITE @ 2010