29 de agosto de 2009

NO METRÔ, BICICLETA AGORA PODE... O QUÊ?


METROPOLITANO COM VAGÃO EXCLUSIVO PARA CICLISTAS, CARRINHOS DE BEBÊ E CADEIRANTES - SERVIÇO DECENTE!


Amigos...

Mesmo podendo ter sido eu a dar a sugestão, eu acho que as administrações pensam que o público-alvo dos transportes públicos de Recife são todos OTÁRIOS! Matéria do Caderno Cidades do JC de hoje, página 6, alardeia que agora vai ser possível levar as bicicletas no Metrô:

DAS 14H DO SÁBADO ATÉ AS 23H DO DOMINGO, E DURANTE OS FERIADOS NACIONAIS!

É pouco! Muito pouco! É ESMOLA MESMO! Ou seja, de novo uma medida que parece ser ÚTIL, mas é completamente inócua como favorecimento da BICICLETA COMO MEIO DE TRANSPORTE. Só serve ao lazer. O METRÔ é um dos melhores meios de transportes de Recife, rápido, limpo e eficiente. A BICICLETA é a mais usada pelas classes menos favorecidas, as que têm dificuldade com recursos para movimentar-se de outra forma. Integrar os dois meios de transporte é agilizar os pequenos deslocamentos de casa à estação e reduzir a ocupação do sistema integrado de ônibus retirando as pessoas que o utilizam em pequenos trajetos. É tornar o sistema mais eficiente.

E o que é que o GRANDE RECIFE faz? Integra nos finais de semana e feriados. Outra CICLOVIA DE LAZER! É uma medida que CONTINUA a tratar a bicicleta APENAS como instrumento de lazer, e sem a seriedade com que inúmeras cidades ao redor do planeta estão fazendo. É a continuidade do que fazia João Paulo, ex-prefeito, que usava a bicicleta como MOEDA DE BARGANHA com as classes menos favorecidas das periferias. Suas ciclovias, ciclorotas e ciclofaixas, eram mal projetadas, muito pouco integradas e tão mal feitas que em pouco tempo já sumiram no descaso da falta de manutenção. Destas "boas" intenções, o inferno está cheio. Só serviu para fazer escola, na qual a Grande Recife, foi aluna exemplar! Porque tanto uma quanto outra iniciativa eram PURA DEMAGOGIA! E isto para não falar que o METRÔ também não tem BICICLETÁRIOS...

Para completar, comparam as medidas com "sucesso em parte do Metrô de São Paulo". É verdade. No Metrô de São Paulo, seguem a mesma rotina, o que não se configura como uma política excelente, mas lá, tem bicicletários. Lá você tem onde deixar as bicicletas na estação, para integra-las. Aqui não. E no exterior, eles reservam um vagão para a integração modal em quase todos os trens, a qualquer hora, vagões com menos assentos e com mais espaço para o transporte das bicicletas. Quem quer fazer direito, faz assim (em inglês - se você não entender, pelo menos veja as fotos)!

Se o GRANDE RECIFE quisesse fazer um trabalho pelo menos DECENTE de integração modal, para começo de conversa, deveria reservar dois horários fixos quando a pessoa poderia entrar na estação com a bicicleta e usar os trens: de 5 às 6h, e das 20 às 22h, e sempre em um único vagão. Isto seria uma real integração. Além de liberar no sábado, domingo e feriado, em todos os horários.

Do jeito que está, parece o que realmente é: uma medida tímida, covarde e que pouco ou nenhum interesse real vai surtir além do período de novidade. Só espero que um possível fracasso deste esquema, como na ciclofaixa do Centro, não induza o GR a pensar que NINGUÉM está realmente interessado em levar as bicicletas no Metrô. Porque para quem pedala, anda e olha o que rola na cidade, tem cada vem mais gente usando a bicicleta para ir ao trabalho. Mas assim é dose!

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28 de agosto de 2009

UMA IMAGEM...


Amigos...

A imagem acima está correndo o mundo, pelo TreeHugger e outros sites. Mostra 42 bicicletas dobráveis, ocupando o espaço de um carro em um estacionamento. Um carro que provavelmente transportou uma única pessoa. As pessoas falam que Recife está cheia demais, que tem carro e engarrafamento demais, mas pouco fazem para ELAS MESMAS ajudar a corrigir esta situação.

Como sempre é mais fácil RECLAMAR DO PODER PÚBLICO. Temos um viés patriarcal que atravessa toda a sociedade, estimulado pelo clientelismo, pela falta de vontade e coragem. Passamos o tempo pedindo a um "pai" que resolva nossos problemas. É para o "pai" chefe, "pai" prefeito, "pai" governador, "pai" presidente, "Pai" do céu, resolverem da sua casa aos problemas de tráfego, da sua comida ao seu emprego, do seu time de futebol a sua praia no domingo. Somos realmente uma nação de pedintes, em sua grande maioria. Em outras sociedades, acostumadas ao trabalho árduo, se você quer alguma coisa, você trabalha sério, cobra do poder público condições para este trabalho, e que ele, pelo menos, não atrapalhe se não puder ajudar . Aqui, esperamos que o prefeito arrume casa para você, que o governador te dê segurança, que o presidente te dê uma bolsa-família, enquanto muitos ficam sentados todo o dia na porta de suas casas, pensando na vida. E para isto nos rebaixamos a pedir, esmolar, até mesmo VOTAR neles para isto. Se puder puxar o saco de um destes para conseguir alguma coisa, tem quem faça!

Trabalhar sério que é bom, nem pensar! Coisa de otário!

Quem GOSTARIA de ter uma cidade pedalável, cheia de bicicletas, com menos carros e com trânsito e respeito, PRECISARIA sair de casa na bicicleta, deixar o carro em casa e usar os ônibus, andar mais, pedalar sempre. Os verbos estão no futuro-do-pretérito... preciso explicar mais?

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26 de agosto de 2009

CAPACETE OU NÃO?


Amigos...

Uma das coisa que aprendi a fazer com os passeios ciclisticos que fiz neste último ano, foi a usar o capacete para pedalar. Quando era criança e adolescente, e até mesmo com minha bicicleta anterior, a Caloi Altus que tinha em Salvador por volta de 1994, eu não usava capacete. Nem mesmo passou uma única vez pela cabeça comprar e usar um capacete para pedalar pela cidade. Graças a Deus nunca precisei dele.

Neste ano pedalando, vi alguns acidentes, quedas feias em que o capacete salvou o dia em alguns casos. Em nenhum, atrapalhou, o que já é muito a se dizer sobre um equipamento de segurança. Em alguns destes acidentes, o capacete chegou a ser destruído, com pequeno ou nenhum dano ao usuário.

Por outro lado, sou um habitué do Copenhagenize.com, um site dinarmaquês que tem como pano de fundo a idéia de que podemos todos, ao redor do mundo, adotar o estilo de vida de Copenhagen, fazendo uma "copenhaguenização" de nossas cidades no que tange ao uso da bicicleta como uma extensão do nosso corpo e criando uma cultura da bicicleta sem paralelos pelo mundo afota. Um dos pontos que eles mais veemente defendem é de que o uso do capacete viola este estilo de vida e a forma como a cultura da bicicleta está enrraizada no modo de vida do povo dinamarquês. Eles apontam que, pelo mundo a fora, em sociedades em que o uso do capacete é obrigatório, isto não reduziu as mortalidades por acidentes com ciclistas. Depois que as mortes por atropelamento de pedestres e por acidentes com automóveis têm o mesmo índice de mortes de ciclistas, e se assim for, porque os pedestres e os motoristas de automóveis também não usam capacetes? São questões importantes e para as quais não tenho resposta.

Polêmicas à parte, observo que é muito diferente o posicionamento cultural geral de um dinamarquês e de um recifense. O índice de analfabetismo - oficial ou estrutural -, ignorância cultural e social, e desagregação comunitária nestas duas culturas são muito diferentes e influenciam diretamente o comportamento de cada um dos elementos que convivem com o trânsito nas duas cidades. Não sei se as estatísticas iriam mostrar os mesmos resultados no Brasil e em Recife, até porque a bicicleta é encarada como veículo apenas para as classes mais baixas, e inexistem estatísticas sobre o assunto aqui. Muitos acidentes com os ciclistas nem mesmo chegam ao registro público oficial, dificultando a elaboração de um retrato correto sobre nossos problemas.

Resumindo, apesar de achar que Recife vai estar sendo candidata ao paraíso no dia em que a gente puder pedalar sem o capacete como Copenhagen, vou continuar a usar o meu, pelo sim, pelo não! NÃO ACREDITO EM BRUXAS, MAS QUE ELAS EXISTEM...

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25 de agosto de 2009

RECIFE DESCONHECIDO...


Amigos...

Sou da cidade, nascido e criado aqui, tendo partido para outras terras e lá morado nos últimos 20 anos. Desde o ano passado, voltei a morar aqui, e a sair de bicicleta com vários grupos rodando pela cidade. Neste último ano temos rodado por toda a cidade, cidade que descobri novamente, com outros olhos. Uma cidade que era para mim totalmente desconhecida. Acostumado a passar sempre as férias por aqui, ficava sempre nos lugares mais conhecidos meus como a Madalena, a Boa Vista, o Centro, e Boa Viagem. Acreditava que conhecia a cidade.

Não conhecia. Acho que nunca havia realmente conhecido Recife antes de começar a pedalar por aqui. Moramos mesmo em uma cidade cheia de constrastes. Bairros confortáveis ao lado de favelas - ou o contrário, diriam alguns. Pontes de pedestres ligando lugares altamente inusitados como Casa Forte e Barbalho, Torre e Parnamirim. Áreas de mangues preservados com outras destruídas pela ocupação desenfreada e pelo lixo.

Acima de tudo, descobri uma cidade pedalável, plana, quase sem elevações - exceto os morros que a circundam como o Morro da Conceição, altamente desaconselhável para cardíacos! Recife cresceu na horizontal, para ocupar quase a totalidade de seu território, e na vertical, com torres de 30 ou mais andares preenchendo o horizonte! Tornou-se uma cidade plural, cheia em si mesma, de trânsito muitas vezes difícil, e de mentalidade algo provinciana ainda que cosmopolita. Parece um contrasenso, mas é Recife. Uma cidade em que não tenho encontrado grandes dificuldades em pedalar, mas que surpreende com a visão que faz de si mesma.

Frequentemente dizem ser uma cidade violenta, mas quem já rodou pelo mundo sabe que não é tão diferente de outros lugares do mundo, nem maior nem pior. Apenas mais crua. Também me dizem que é uma cidade quente, o que eu adoro, porque mesmo quando o sol está a pino, e o calor desidrata até quem está na água, a brisa que sopra torna ela muito agradável para quem pedala. Enfim, uma cidade grande, com seus defeitos e suas qualidades.

Esta é Recife.

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24 de agosto de 2009

SEJA UM EMBAIXADOR DA BICICLETA



Amigos...

Posso parecer piegas ou redundante escrevendo sobre algo que é a nossa realidade. Para alguns, realidade cotidiana do uso da bicicleta como meio de transporte. Para outros, uma realidade esporádica quando participa dos passeios pela cidade com os vários grupos de ciclistas. Mesmo assim, é uma realidade que percebemos. Pedalar é gostoso. Pedalar é prazeiroso. Quem pedala pouco, pode até cansar bastante no final dos passeios ou saídas, mas mesmo assim, está pronto para outra no dia seguinte! Em cima da bicicleta, você vê o mundo passar mais rápido, mas não tão rápido que deixe de perceber as pessoas nas calçadas, presas nos carros, imprensado nos ônibus. Você na sua bicicleta vai passando e vendo tudo isto, ignorando os engarrafamentos. O sol está forte, mas a brisa do dia não te deixa perceber o quanto. Você está aproveitando o dia e defrutando do prazer de viver. Quem pode se estressar com tanto prazer?

Tem quem possa. Tem quem reaja aos carros e as violências que estes projetam com mais raiva e frustração. A indignação é forte, porque o que vemos é que muitos motoristas são amigos do Gérson - querem levar vantagem em tudo, certo - e do Maguila - vou dar pooorrada! Mas lembre que você é o veículo mais rápido do trânsito. Você não para quando os outros ficam presos e por muitos quilômetros você consegue manter uma boa velocidade média, maior do a de muitos carros e ônibus. E você está aproveitando o dia. Sorria, mesmo que tenha vontade de "quebrar o maior pau" com aquele doido. Agradeça sempre sorrindo. Faça sinal de positivo mesmo que o idiota jogue o carro para cima de você. Você não está sendo idiota, otário. Você é mais um dos embaixadores da bicicleta. Você e seu comportamento vão se refletir na imagem que todo motorista faz de cada ciclista da cidade. Você vai mostrar que a cidade é de todos, as ruas feitas para os pedestres, apropriada pelos motoristas, é também dos simpáticos ciclistas.

A rua foi feita para todos se movimentarem sem restrições. Obedecer as leis de trânsito, não andar em cima das calçadas, evitar pedalar na contramão, sempre respeitar o sinal vermelho e os pedestres. Comporte-se como um verdadeiro embaixador de uma das grandes idéias da humanidade. Seja literalmente um vendedor desta idéia. Mostre a todos que ser ciclista é uma opção de vida, com qualidade, com mais tranquilidade e menos estresse. Apesar da imagem de pobreza e necessidade a que o uso bicicleta no dia a dia está associada, o mundo está mudando. Acredite que, muito em breve, pedalar vai ser chic. Quem estiver pedalando serão os antenados, as pessoas que formam a opinião da sociedade, o próprio mundo fashion. E quando isto acontecer, ter carro mais caro do pedaço, vai ser considerado coisa fora de moda. Pense nisto e sorria. O mundo é mais colorido e alegre em cima de uma bicicleta!

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20 de agosto de 2009

COMPAREM...

Amigos...

O vídeo a seguir foi feito comparando uma sociedade do automóvel com outra sociedade da bicicleta. Observem primeiro que a segunda tem mais qualidade de vida. Depois que a segunda parece com Recife, mas não é! É Amsterdan! A primeira, parece com Recife também. A Recife cheia de carros, engarrafamentos e stress. A segunda, com a Recife que seria se Maurício de Nassau tivesse ficado mais tempo?! Quem sabe!??! Que Recife você quer para o Futuro? Observem também que poucos usam capacete, que as bicicletas são usadas para tudo, por todos e a todo momento. São milhares na cidade.

Em tempo. Lá, a justiça funciona. Ciclista atropelado por automóvel dá cadeia para o motorista. Lá roubam muitas bicicletas, mas se pegarem o ladrão, ele vai pedalar na cadeia! Lá já entenderam que as cidades foram primeiro construídas para as pessoas, depois adaptadas aos carros, e novamente depois, readaptadas as pessoas e aos ciclistas. Enquanto o dono de um carro achar que tem mais direito nas vias que os pedestres e ciclistas, e a lei não se fizer respeitada, multando, prendendo e apreendendo, não tolerando nada, não deixando nada passar em branco, Amsterdam vai continuar lá, e a gente aqui, virando mais e mais uma Índia!
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QUEM TEM PEITO, FAZ ASSIM...

Amigos...

Tenho escrito sobre a falta de compromisso, vontade política e outros males que têm sido barreira para fazer as necessárias mudanças nas ruas do Recife para adequa-las ao uso das bicicletas. Isto vai se tornar bem óbvio agora!
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Notícia do site COPEHAGENIZE.COM
SUPERCICLOVIAS EXPRESSAS EM COPENHAGEN

MAPA ESQUEMÁTICO DAS NOVAS 13 SUPERCICLOVIAS EXPRESSAS

A cidade de Copenhagen (Dinamarca) está planejando expandir a já existente rede de ciclovias estendendo-a para os suburbios da cidade. Uma rede de 13 rotas de alta qualidade - superciclovias expressas - totalmente dedicadas as pessoas que optam pela bicicleta como meio de transporte será criada para estimular que mais e mais pessoas optem por pedalar para o trabalho.

Cerca de 55% dos cidadãos da área central da cidade e 37% dos que moram na Grande Copenhagen pedalam diariamente. Estes cidadãos percorrem menos de 10km para o trabalho. Muitos que moram fora do Centro por dispor de um eficiente sistema de transporte público, não usam a bicicleta porque os trajetos são maiores, entre 7 e 15km. Para incluir estas pessoas como usuários das bicicletas é que o novo plano de superciclovias expressas foi concebido.

Cerca de 100.000 pessoas hoje circulam para dentro e para fora da cidade de Copenhagen, com 15.000 delas fazendo isto de bicicleta. Os outros 85.000 o fazem de ônibus, carro ou trem, e são o maior alvo deste projeto.

As rotas aproveitarão parte da infraestrutura de ciclovias já existentes, com várias melhoras:

* Superfície plana, suave, livre de folhas, neve e gelo.
* Serão tão diretas quanto o possível, sem retornos.
* Serão visualmente homogêneas, sinalizadas e pintadas de azul nas grandes intersecções.
* Terão estações de serviço para bicicletas, com ar e ferramentas ao longo das rotas.
* Possibilidade de manter alta velocidade com suficiente largura para não incomodar outros ciclistas.
* Prioridade de cruzamento de vias, de forma rápida e segura.
* Onda verde para ciclistas em setores com muitos sinais de cruzamento. Mantenha 20 km/h e você passa por todos os sinais verdes. [AQUI EU BABEI!!!]

As novas rotas vão custar cerca de R$ 90 milhões porque aproveitam parte da estrutura já pronta. Se fossem construídas do zero, custariam até 6x mais. Outras cidades na Dinamarca também têm projetos similares.
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E a gente ficaria feliz se a PCR conseguisse manter os 20km de ciclovias precariamente existentes. Precisamos é de melhores políticos. Políticos comprometidos com a grande parte da população que não tem carro, que não tem grana para o ônibus. Precisamos de políticos sérios, gente dedicada a sua comunidade, as pessoas comuns que vivem e precisam. Enquanto tivermos SARNEYS, RENANS, COLLORS e outras entidades no poder, só vamos ter é dor de cabeça e azia!

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Original: COPENHAGENIZE.COM

19 de agosto de 2009

É O DIA DESTE BLOG!!!

Amigos...

Nem que fosse de encomenda poderia acontecer tamanha coincidência: HOJE É O DIA INTERNACIONAL DA FOTOGRAFIA e acabo de descobrir que é também o DIA NACIONAL DO CICLISTA! Hoje é quase o aniversário deste BLOG! É para Pedalar e Olhar (Fotografando tudo, claro!) que este blog foi montado!

A seguir o DECRETO que criou a data nacional do Ciclista!

PROJETO DE LEI ORIGINAL Nº 832, DE 2007
Cria o Dia Nacional do Ciclista.

O Congresso Nacional decreta:
Art. 1º Fica instituído o Dia Nacional do Ciclista, a ser comemorado, anualmente, no dia 19 de Agosto.
Art. 2º Esta lei entra em vigor na data de sua publicação.

Justificação
Este projeto de lei objetiva criar o Dia Nacional do Ciclista, a ser comemorado, anualmente, no dia 19 de Agosto. Nesse dia, em 2006, um estudante de biologia prestes a se graduar, Pedro Davison, foi alvejado e morto em pleno Eixo Rodoviário do Distrito Federal. Pedro Davison tornou-se vítima fatal de um motorista que transgrediu os preceitos do Código de Trânsito Brasileiro. Motorista que atropelou Pedro Davison em faixa proibida a circulação de veículos automotores e que, ao chocar-se com a bicicleta de Pedro por trás, não deu assistência à vítima e fugiu. E fugiu porque sua carteira de habilitação estava vencida. Pedro Davison foi mais uma vítima do caos que tipifica o trânsito nas ruas e nas rodovias brasileiras. O acidente em que Pedro Davison foi morto repete se, à exaustão, nas vias de rolamento do País. Motoristas transgressores, que dirigem alcoolizados e em velocidade excessiva, matam pessoas, infelicitam famílias e geram prejuízos milionários à Nação.

No Brasil, apesar da violência do trânsito, existem cerca de 50 milhões de bicicletas. Essa frota é utilizada, em sua esmagadora maioria, por operários, que dependem da bicicleta para ir trabalhar e ao lar retornar. E que, ao rodarem em média 50 minutos a cada dia da semana, correm imensos riscos de serem vitimados, de morrerem. A esta Casa submeti, na primeira semana desta Legislatura, o Projeto de Lei nº 74/2007, que altera o Código de Trânsito Brasileiro para nele introduzir a figura do crime doloso cometido por motoristas transgressores contra ciclistas e pedestres. Agora, proponho a meus Nobres Pares a criação do Dia Nacional do Ciclista, com o objetivo de, na data sugerida, incentivarmos a população brasileira a praticar uma reflexão sobre os problemas do trânsito e sobre a conveniência de nos debruçarmos sobre a necessidade de pavimentarmos uma política de trânsito que configure, na realidade, uma política de Estado voltada para garantir, a todos, efetiva Mobilidade Social. E garantir Mobilidade Social implica, antes e acima de tudo, assegurar às pessoas a condição concreta de realizar a opção pelo transporte alternativo por intermédio da bicicleta, o que contribuirá, decisivamente, não apenas para reordenar o trânsito, harmonizando-o. Mas, também, para reduzir a emissão de monóxido de carbono e reduzir o índice de doenças crônicodegenerativas.

Sala das Sessões, 25 de abril de 2007. – Deputada
Solange Amaral, DEM – RJ.
(À Comissão de Educação, Cultura e Esporte.)
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É FOTOGRAFAR E PEDALAR PARA O ABRAÇO!

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LIBELO VITAL...

Amigos...

Todos os dias, a imprensa nos brinda com a enorme quantidade de desafios necessários para nos tornar um país melhor, um mundo melhor. Precisamos cuidar do nosso planeta, porque ele é único. Não existe ainda um foguete, uma "nave-baú", uma arca de Noé sideral, capaz de levar uns escolhidos para um tentar encontrar outro planeta em que a espécie humana possa continuar. Tá! Todo mundo sabe disto?! Mas sabe mesmo??? Acho que não.

Senão, porque estaríamos consumindo tantos recursos naturais? Porque estaríamos nos reproduzindo tanto, quase de forma incontrolável? Porque estaríamos sujando o prato em que vamos comer, descartando tanto lixo nos nossos rios e destruindo nossas matas? Ou será que todos não sabem que a água POTÁVEL não é um recurso abundante? Ou que a nossa respiração depende da existência de um ecossistema viável para manter em equilíbrio a produção de oxigênio.

A "raça humana" não sabe disto, ou prefere ignorar. A "raça humana" prefere ir brigar por poder no Congresso ao invés de garantir escola de qualidade, saúde e segurança ao povo, cultura e preservação da vida e da qualidade real de vida. Estas sim deveriam ser as prioridades dos nossos homens de saber e poder, e não o dinheiro a mais que eles não tem mais em que usar porque já têm tanto! Ou algum de vocês acha que se pode gastar milhões e milhões antes de morrer? Ou algum de vocês acha que vai levar para a cova estes milhões todos aplicados em contas pelo planeta a fora? Deixar para os filhos e netos, diriam alguns! E de que vão adiantar os milhões e milhões se eles não conseguirem respirar? Para pagar os tanques de oxigênio portáteis?! Que vida seria esta em que teríamos de pagar o ar que respiramos para não respirarmos os poluentes que criamos? Que vida seria esta em que a água, mais básico dos elementos da vida, seria objeto de disputas mortais entre pessoas, cidades, países, capazes de se destruir e destruir a todos que se interpusessem entre si e suas fontes?!

Quando é mais importante a sua comodidade em usar seu carro ao invés de outra forma de transporte menos poluente, menos destruidora em toda a sua cadeia produtiva e de uso, é porque você ainda não percebeu o seu estado, o estado de sua cidade e de seu mundo.

Ainda dá tempo!

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18 de agosto de 2009

SUA EMPRESA E SEUS CICLISTAS


Amigos...

Quando discutimos com amigos sobre o uso mais generalizado de bicicletas como meio de transporte, sempre nos deparamos com o problema da infra-estrutura empresarial para a adoção desta idéia. A maioria das empresas não dispõe desta estrutura, composta de um vestiário com chuveiro e um armário próprio para cada profissional, além de um bicicletário seguro. Esta infra-estrutura é relativamente pequena, mas só é disponível em empresas bem grandes. Alegam para isto que não existe massa crítica de usuários para tal equipamento e que seria um investimento grande para poucos.

Na verdade, este argumento é o mesmo de tantos outros relativos ao uso da bicicleta como meio de transporte. Não existe usuário, não fazemos nada para promover. Mas aí é que o erro está sendo cometido.

Primeiro, existem mais bicicletas que automóveis no Brasil. Segundo, existem mais usuários de bicicletas como meio de transporte que usuários de carros, fazendo isto todos os dias no Recife. Não parece? Acontece que as bicicletas não são usadas pela maioria dos formadores de opinião da sociedade. São usadas pela classe trabalhadora mais básica, normalmente nunca ouvida em pesquisas, ou mesmo percebida no dia a dia, e que fazem isto as 5 ou 6h da manhã. São porteiros, domésticas, garagistas. São prestadores de serviço simples, pedreiros, auxiliares, etc. São pessoas para quem R$ 3,70 de passagem todos os dias representam quase um quarto do salário mínimo mensal bruto! Pedalar a velha bicicleta é gratis, de manutenção quase nula.

Promover o uso da bicicleta de forma responsável na cidade e estimular empresas a dotar as suas sedes de facilidade para isto teria um enorme impacto social. O crescimento do número de ciclistas em cada empresa, seria um retrato bem fiel de uma empresa voltada para a responsabilidade social e ambiental. A redução de carbono emitido seria um lucro ambiental. Mas a melhora da saúde dos funcionários, redução nos custos dos seguros médicos, melhora na qualidade de vida geral e a redução do número de faltas seria um lucro direto e extremamente compensatório PARA A EMPRESA do investimento que seria a construção de um vestiário e um bicicletário.

Quando os empresários puderem enxergar estes fatos, mais e mais empresas entrarão na onda. E o papel do poder público nisto é promover esta mudança, estimular com redução de impostos locais as alterações necessárias nas empresas, e no tráfego. Só assim, estimulando, conseguiremos ir além do apocalipse do tráfego que se avizinha em 2017 !

COMEMTEM!!!

17 de agosto de 2009

PIRANDO NA BATATINHA!!!

Amigos...

Vamos começar logo jogando pedra na Cruz! Proibindo carros no CENTRO DO RECIFE. Passa uma corda cercando a Conde da Boa Vista, a Guararapes, a Dantas Barreto, a Aurora, a Rua do Sol, e por ai vai... Quem quiser ir para aqueles lados vai ter de ir de ônibus, taxi, bicicleta ou andando mesmo! E até o governador vai dar o exemplo, mandando transformar as vias no entorno do Campo das Princesas em ruas de pedestres. Todo o centro, uma grande rua de pedestres, apenas com acesso via ônibus em linhas rápidas. Todo e qualquer carro particular ou oficial seria proibido mesmo no centro. Imagina o Eduardo Campos, com 3 seguranças entrando no ônibus para ir pro Palácio? Vai pegar o carro dele lá na casa do c...!

Prefeito macho ia fazer assim! Peitar os viciados em 4 rodas.

Mas em COMPENSAÇÃO... Quem quiser integrar ônibus dentro do Centro pode. Basta descer de um e entrar no outro, sem pagar nada extra. Quem vai para os lados da sede de remo do Naútico ali no finzinho da Rua da Aurora, depois do CARANGUEJÃO MONUMENTAL, pode trocar de ônibus na Guararapes e não pagar nada. Não tem os tais terminais da SEI para fazer a integração? Pois bem, o centro todo vira um TERMINALZÃO!! Basta descer de um e entrar no outro!

E os ônibus, vai ser aquela zorra toda de trocentas linhas entupindo a Boa Vista? Não sinhô! Aqui não violão! Só vai ter uma linha, duas no máximo! Expressas, parecendo metrô de superfície sem trem! Rapidinho! Cheio de estação, bicicletários e integrações. E a gente aproveita e bota logo um decreto do tipo, OU VC DONO DE PRÉDIO NA GUARARAPES ARRUMA O PRÉDIO TODO, PINTA ELE, E DÁ DESTINAÇÃO ÚTIL, OU A PREFEITURA DESAPROPRIA ELE E BOTA ABAIXO! Que a Guararapes tá mesmo é precisando de uma faxina e não é de hoje! Vamos fazer uma grande praça vazia, cheia de parquinho para as crianças, áreas de lazer na margem do rio, quem sabe um shopping center legal!

E os taxis? Podem entrar, parar, deixar, mas vão fazer ponto na Riachuelo, na rua do Príncipe, e nas transversais da Manuel Borba e Boa Vista. E quem pensa que vai ter ainda a VIA PARA CARROS na CONDE DA BOA VISTA, esqueça! Taxi roda é na mesma via dos ônibus, COMPARTILHANDO O TRÁFEGO! E se começar a aparecer muito taxi, a gente proibe eles também! E eles vão andar sempre atrás dos ônibus só ultrapassando nas áreas permitidas.

E o que a gente faz com as vias de carro? CICLOVIAS EXCLUSIVAS. Duas bem largas, uma de cada lado da avenida, uma indo outra vindo no lugar dos carros, todas pintadas de AZUL, com as passagens de nível em amarelo berrante. Todas bem sinalizadas, com sinal, guardas municipais de olho nos que gostam de andar na contramão, furar sinal vermelho, etc... E sempre respeitando o pedestre!

Aliás, para não esquecer justo destes, várias passarelas passando por cima e conectandos os pontos de ônibus. Nada de pedestre atravessando de um lado para outro da avenida para ser atropelado!

E todos os grandes negócios da avenida? Vão continuar sendo grandes e investindo em bicicletários e paraciclos na frente de suas lojas, para poder atender a todos que vão usar as bicicletas na cidade. E tem mais, loja que construir estes mobiliários urbanos seguindo o plano da Prefeitura, vai ter desconto no IPTU.

É... é sonho mesmo. Por enquanto...

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15 de agosto de 2009

TRAVE SUA BICICLETA OU ELA JÁ ERA! SEGUNDA PARTE

Amigos...

Continuando com nosso item sobre travas de segurança para bicicletas temos as TRAVAS-D/-U, e ainda os IMOBILIZADORES.

TRAVAS-D ou TRAVAS-U
Consistem de duas partes: o mecanismo de trava e a barra em forma de "D" ou "U", a seu critério. A barra encaixa em dois pontos no mecanismo da trava, prendendo a bicicleta a qualquer poste ou barra de bicicletário. As duas partes precisam ser feitas de aço endurecido e que resita ao corte e a serra pelo maior tempo possível. Estas travas podem ser separadas em dois tipos: as de mecanismo simples e as de mecanismo duplo. No mecanismo simples, a trava só bloqueia uma da pontas da barra-D. A outra fica "escorada" de tal forma que não consegue sair do lugar. Na de mecanismo duplo, a trava bloqueia as duas pontas independentemente com um mecanismo central. As melhores são as de mecanismo duplo que são mais difíceis para serem penetradas, porque ambos os mecanismos precisam ser quebrados para que a barra seja retirada.

Apesar de serem os tipos mais seguros de travas, elas também têm limitações. São sólidas e pesadas, de transporte mais difícil. Algumas têm suportes para serem presas as bicicletas durante sua pedalada, mas estes nem sempre são suficientemente resistentes para suportar o peso da trava. Além disto, não são muito grandes nem permitem muita flexibilidade na hora de prender as bicicletas, como prende-la em um poste de luz, por exemplo. Você também não vai conseguir prender as duas rodas ao mesmo tempo e fixa-la em algum local.


IMOBILIZADORES
Um aparato que ainda não vi em Recife. Pode ser que se encontre pela internet. Os imobilizadores são peças permanentes das bicicletas, encaixadas naquele cantinho apertadinho no quadro, em cima do eixo central. Para travar a bicicleta, você simplesmente encaixa a trava na base presa ao quadro bloqueando o eixo central e os pedais. Impede que as bicicletas sejam levadas pedalando. Mas não impede de serem carregadas nas costas do ladrão. É uma solução boa para "paradinhas rápidas" na padaria, mas não serve para garantir segurança total a sua bicicleta. É muito usada em várias partes da Europa onde a bicicleta é muito mais usada.


As travas são parte necessária do usuário da bicicleta no dia a dia. Existem além delas alguns acessórios que combinam algumas das características de cada tipo, como cabos de extensão para serem usados com a trava-D prendendo as rodas ao conjunto, travas para prender as rodas e selins com sistemas de troca rápida e até travas para freios a disco de motos que podem ser adaptadas para bicicletas.

Nada disto, no entanto, protege de assaltos. Quando uma bicicleta é tomada de assalto, tudo que você pode fazer é render-se aos ladrões e ficar a pé! Se ficar com vida, melhor! Citei em post anterior que as bicicletas não são facilmente identificáveis, caso sejam roubadas. No exterior, já existem sistemas de marcação de segurança que mesmo não impedindo o assalto, vai ajudar na identificação da bicicleta tornamdo-a mais difícil de ser revendida. E a marcação também ajuda a inibir o roubo e o furto, porque vai ser de mais difícil revenda. Além disto, também no exterior, já existem dispositivos de marcação eletrônica que podem ser usadas pela polícia para tentar reaver bicicletas roubadas ou furtadas. Novamente, sendo identificada como uma bicicleta com este dispositivo, torna-se menos atrativa para os ladrões (Mais detalhes sobre estes dispositivos está na coluna lateral, no IN-DIS-PEN-SÁ-VEL).

Concluindo, a maior parte dos ladrões são oportunistas. Siga então estas dicas importantes:
  • Não importa quanto tempo você vai ficar longe da sua bicicleta, trave-a. Mesmo que você não tire o olho dela, lembre-se que alguém pedalando anda mais rápido que você correndo.
  • Trave-a sempre em um local fixo, sólido e imóvel.
  • Prefira deixa-la em local público e cheio de gente, onde um ladrão terá menos oportunidade de "trabalhar" sem ser notado.
  • Se existe outras bicicletas paradas proximas a sua, pare perto da que tiver segurança inferior a sua. O ladrão prefere o mais fácil.
  • Tenha travas adequadas para cada situação onde você deixa sua bicicleta.
  • Não seja "pirangueiro". A polícia sugere que vc gaste pelo menos 10% do valor da bicicleta na sua trava de segurança.]
  • Fique atento para não comprar uma trava que parece resistente, porém é muito barata. É o barato que sai caro. Algumas destas podem ser quebradas com uma pedra ou martelo!
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Adaptado do conteúdo original: Bicycle Locks - Lock it or lose it!

TRAVE SUA BICICLETA OU ELA JÁ ERA! PRIMEIRA PARTE

Amigos...

Existe uma grande variedade de tipos de travas disponíveis no mercado contra todo tipo de ladrão. Mas qual a melhor?

Existem basicamente 3 grandes tipos de travas:

  • COM CABOS DE AÇO, CORRENTES, E AS ARMADURAS DE AÇO COM CABO POR DENTRO [PRIMEIRA PARTE]
  • AS TRAVAS-D OU TRAVAS-U [na SEGUNDA PARTE deste post]
  • OS IMOBILIZADORES [também na SEGUNDA PARTE]

Primeiro vamos avaliar os inimigos, os ladrões. Este post foi baseado numa versão inglesa, mas adaptado a nossa realidade.

A grande maioria dos ladrões de bicicletas na Inglaterra é de oportunistas. Creio que aqui também! Ele vê uma bicicleta estacionada sem trava ou com trava vagabunda, avalia o risco, e pega ela porque é fácil. Isto acontece quando o ciclista dá aquela paradinha rápida na loja de conveniência por alguns minutos e pela preguiça não trava a mesma. Infelizmente, o ladrão só precisa de alguns segundos para levar a bicicleta que não esteja travada. Evitar isto só prendendo a bicicleta. E não serve amarra-la em qualquer lugar, porque aqueles dois minutinhos podem virar 5 e isto pode dar ainda mais tempo ao ladrão para cortar a sua corrente! Também existem muitos ladrões que furtam as bicicletas das casas dos donos, do quintal ou garagem. Em alguns casos, os ladrões são mais bem equipados e são menos oportunistas, planejando suas ações. E isto isto exige que sejam tomadas outras formas de prevenção.

Estes são alguns equipamentos usados pelos ladrões. Observe que o alicate maior não é nada discreto. Se para romper a sua trava for necessário um destes, com certeza o ladrão vai precisar de mais tempo e de ambiente mais discreto para conseguir roubar sua bike!

TRAVAS COM CABOS DE AÇO, CORRENTES, E OS CABOS DE AÇO COM ARMADURA EXTERNA

POR DENTRO DOS CABOS!
Os melhores modelos são os vários cabos individuais são enrrolados entre si e com outros cabos assim compostos. É um cabo grosso feito de muitos cabos médios compostos de muitos cabos finos. Isto os torna muito difíceis de cortar com alicates comuns, exigindo alicates de pressão muito grandes e que chamam a atenção ao serem portados pelas ruas. As travas mais baratas deste tipo são feitas com menos cabos e são mais fáceis de cortar rapidamente. Veja a ilustração a seguir.
As travas de cabo têm a vantagem da flexibilidade. Eles são mais fáceis de serem enrroladas em outras partes da bicicleta e são mais leves, e mesmo com 1,8m de comprimento, podem ser enrrolados em si mesmo, fazendo um pacote relativamente pequeno. A maior segurança, no entanto, exige um cabo grosso que contém muitos cabos médios compostos com ainda muitos mais cabos finos. Cabos de 8 a 10 mm são os mais indicados, mas não confie SOMENTE neles para deixar sua bicicleta em local aberto durante uma noite toda!

CORRENTES
As travas com correntes são mais flexíveis mas, em geral, mais pesadas e, portanto, mais curtas que as travas de cabo. A resistência da corrente é derivada do tipo de aço usado e do espaço livre entre os elos. Elas resistem bem a forças de tração, mas podem ser quebradas por torção dentro de um elo. Se duas alavancas puderem ser inseridas em um elo, a força para romper a solda por torção em direções opostas é bem menor que a força total para romper o a corrente por tração direta. Então prefira as correntes com elos mais justos, com menos espaço entre si e de aço endurecido, mais difícil de romper.

Correntes são mais seguras que cabos para períodos longos, mas são muito mais pesadas. Sugerida para amarrar sua bicicleta em casa ou na garagem, se exposta.

CABOS DE AÇO COM ARMADURA EXTERNA
São essencialmente cabos de aço cobertos com uma sequência de anéis de aço articulados. O cabo não é visível. Os anéis são independentes e se encaixam um no outro, girando se o corte for tentado. São mais seguros que os cabos, mas são muito mais pesados, menos flexíveis e mais curtos. Indicados para amarrar a sua bicicleta na sua casa ou garagem, se ela estiver exposta.
CHAVE OU COMBINAÇÃO
Nenhum das 3 formas acima é completa sem algum tipo de mecanismo de trava para fechar o laço do cabo, corrente ou cabo armado. Em geral, são presos fixamente em um dos lados e o outro é retido pelo mecanismo de trava. Correntes também podem ser fechadas com cadeados comuns. A trava pode ter chave normal, chave especial ou uma trava de segredo. Travas de melhor qualidade têm chaves especiais, de corpo redondo. Mas atenção deve ser dada que nem toda chave redonda é de boa qualidade e algumas podem ser facilmente rompidas. Chaves de segredo são mais fáceis de manter, não precisam tanto de lubrificação como as de chave normal, mas são menos seguras.

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Original de onde adaptei o conteúdo: Bicycle Locks - Lock it or lose it!

14 de agosto de 2009

PROCURA-SE...


Amigos...

Esta semana soubemos do assalto que levou a bicicleta Fuji de uma companheira ciclista. É uma das únicas 3 Fuji da cidade, e existe alguma esperança de que ela seja reconhecida rodando por aí e denunciada! Qualquer roubo mostra que o patrimônio nosso de cada dia está sempre ameaçado. São várias as histórias de assaltos e furtos de bicicletas, alimentado por uma completa falta de identificação precisa delas e por uma completa inércia de nossa polícia em recupera-las. Não existem soluções oficiais que garantam que a bicicleta que você está usando agora mesmo nas ruas seja sua mesmo. Um carro possui o DUT, uma 'garantia' que o Estado te confere de que você é mesmo o proprietário do seu carro, mas para bicicletas, esta garantia não existe.

Qualquer pessoa compra uma bicicleta usada sem nota e sem nem pensar que ela foi roubada. Mesmo comprando na loja e levando a nota fiscal para casa, você ainda não tem como INDIVIDUALIZAR a bicicleta para que ela seja facilmente identificada como sua. Uma pintura rápida pode facilmente disfarçar uma carissima bike dando a ela uma nova cara. Não existe uma forma simples de identifica-la de forma inalterável. O ladrão também pode simplesmente desmontá-la e vender as partes sem risco algum. Azares de um veículo tão elegantemente simples!

Muitos ciclistas hoje em Recife nem gostam de pedalar sozinhos por conta dos possíveis assaltos, preferindo deixar para pedalar apenas com os grupos. Outros, para não abrir mão do seu direito de ir e vir, refém dos bandidos, adotam todas as estratégias para "sumirem" na multidão de bicicletas baratas, porque a maioria dos assaltantes prefere as bicicletas mais sofisticadas, mais rentáveis para a revenda. Descaracterizar a bicicleta, evitar marcas e adesivos que indiquem a qualidade das peças e do quadro, remover qualquer sinal de "luxo", até mesmo "embarangar" a mesma com adesivos e acessórios não tão interessantes, é uma forma de mimetismo que reduz a atratividade da mesma para os assaltantes.

Resumindo, além de sorte para não se envolver em um assalto, precisamos combinar todos os recursos possíveis para que a bicicleta sua seja menos atrativa aos ladrões. E sempre pedir a Deus que nos proteja dos assaltantes, motoristas ruins e carroceiros pela contramão!

Quem porventura vir uma bicicleta como a que está acima rodando por ai e achar o usuário suspeito, favor denunciar a polícia.

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12 de agosto de 2009

SIM... SOMOS DIFERENTES!


Amigos...

Você está parado no sinal vermelho, dentro de seu carro, quando na transversal passa um ciclista pedalando tranquilamente. Você não mais o percebe além do estereótipo. Um ciclista. Mais um. Ele, o ciclista, está vestido como todo mundo, a bicicleta dele é uma das mais comuns do mercado, nada chama a atenção de quem o vê. Boné na cabeça, caixa de plástico no bagageiro, guarda-chuva amarrado no quadro, sandália havaiana no pé. Uma pessoa tão normal que não chama mais atenção. Um POPULAR, como diria L.F.Veríssimo. Anônimamente pedalando e passando, e você ali, parado e olhando!

O sinal abriu, mas o carro não anda quase nada. Passam outros 3 ciclistas, desta vez, bem diferentes. De roupas coloridas com capacetes, joelheiras e cotoveleiras, com "camelbaks" nas costas e passando rápido pelo canto da pista. Os carros, desviam deles como se tivessem uma doença contagiosa. O grupo chama a atenção. Pedestres os observam passando, quem sabe pensando em um dia comprar também uma bicicleta. O grupo vai pedalando e passando, e você continua ali, parado e olhando.

O tráfego não anda. Seu compromisso já era e você já está estressado. Olha para a frente, busca uma solução, só falta sair do carro para organizar o tráfego você mesmo. Nada. De repente, o pouco movimento para. Você se desespera, quando passa ao seu lado uma garota bonita, de shorts curtinhos, cabelos esvoaçando ao vento, óculos de sol, pedalando uma bicicleta rosa. Seu mundo de repente se torna mais colorido, mais alegre, mais suportável. O compromisso...que compromisso? A garota vai pedalando e passando, e você continua ali, parado e olhando.

E ai você lembra que nestes últimos quatro quilômetros engarrafados do tráfego de Recife, você viu alguém que está vivendo, pedalando e passando. Gente que não se incomoda com a buzina dos carros que brigam entre si pelo pouco espaço das ruas. Gente que se desloca sem problemas, desfrutando o dia de sol quente, tudo com um sorriso nos lábios, com uma tranquilidade enlouquedora. Eles vão pedalando e passando, e você junto com todos os demais motoristas, parados e olhando.

Sim...somos diferentes. Somos aqueles que já descobriram que a vida pode ser mais fácil quando quebramos as regras que nos foram impostas. Experimente. Aprenda a pedalar no trânsito. Comece a pedalar para todos os lugares. Logo você vai entender porque mais que um meio de transporte, usar a bicicleta nos faz muito diferentes. Nos faz HUMANOS de novo. Recupera nosso espaço e nosso tempo no mundo das máquinas, dos prazos desvairados, dos lucros crescentes obrigatórios.

Sim, Sim... somos diferentes!

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Inspiração: ANÚNCIOS DA ADIDAS, em fotos divulgadas no blog do RUIRUIM.

11 de agosto de 2009

DEPENDÊNCIAS MODERNAS


Amigos...

Somos todos viciados em "modernas drogas" legais! Somos viciados em energia elétrica, água encanada e automóveis. Escolhemos morar em apartamentos, em torres gigantescas, e nos tornamos viciados em elevadores. Optamos pelo conforto, abrindo mão do movimento, e depois nos tornamos escravos da cirurgia plástica, dietas e regimes para perder a barriga criada pela nossa imobilidade. Temos preguiça até de abrir um vidro de carro rodando a velha manivela, e compramos a "modernidade" do vidro elétrico. Somos todos viciados!

Andar, tornou-se uma "atividade física recomendada pelo médico". O que antes era um fato evolucionário, quando deixamos de andar sobre 4 patas e passamos a ter pés e mãos, andando eretos, "evoluiu" para o "homo sentadus", "homo televisivus" ou ainda, o "homo workalchoolicus", o que é viciado no trabalho. O trabalho antes era feito por prazer, hoje por necessidade. Muitos programam até começar a viver quando tiverem o bastante para se aposentar. Quando estiverem mais velhos, barrigudos, depressivos, totalmente dependentes de suas "drogas modernas" vão decidir participar de aventuras, viver intensamente a vida, conhecer gente do mundo todo. Pelo menos é no que acreditam!

Fazer atividades físicas é uma necessidade moderna. Antes, para fazer um simples café da manhã, o homem precisava levantar cedo, coletar os ovos no galinheiro, ordenhar a vaca para ter seu leite. A mulher acordava cedo, preparava o pão com a farinha, cozinhava bolos, moia e fazia o café. Tudo isto hoje nos parece coisa do passado, substituídos pelas "comodidades" modernas, tudo disponível em um supermercado, guardado em sua geladeira e armários. Pena que não conseguimos guardar nos armários também todos os movimentos do corpo que eram necessários para obtê-los. Ficamos mais indolentes, mais parados.

E aí, alguém lembrou que o coração existia, que ele precisava ser usado para não morrer. Surgiu a cultura da atividade física como mais um ítem do nosso dia a dia. Vc passa seu dia parado, sentado, atendendo seus trabalhos, e aí segue para a academia ou para a beira da praia e faz uma hora de movimentos. Pronto, estou malhado! Malhado na cabeça apenas.

Neste primeiro ano em que estou andando de bicicleta com os diversos grupos de ciclistas da cidade, a coisa que mais me chamou a atenção foram as barrigas de todos. Muitos pedalam todos os dias, muitos pedalam pesado, mas mesmo assim, a onipresente barriga está lá, até mesmo obscena, se considerarmos o grau de atividade aeróbica que representa pedalar rápido por 60-70km! Complete isto com a frase "COM MAIS DE 40 ANOS E SEM BARRIGA, O CARA É GAY!" e pronto. Assumimos que nos é impossível perder as gordurinhas extras, sem alterar nossas preferências sexuais, que convenhamos, nem pensar!

E infelizmente, tenho de concordar com eles. Não se pode passar 8 ou 9 horas sentado de segunda a sexta, e esperar que a pessoa não tenha uma bela barriga. Afinal ela está sendo bem cultivada, bem alimentada. Para que ela sumisse, primeiro teríamos de reorganizar nossa vida. Limitar em um tempo bem curto nossa estada sentados. Aumentar a quantidade de movimentos que nosso corpo precisa fazer todos os dias. Vivenciar este movimento a todo o momento. Mas isto, é impossível. Por isto, tudo que podemos fazer é procurar acrescentar movimento a vida.

Já a barriga, esta vai continuar nos seguindo, com todos os nossos vícios.

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10 de agosto de 2009

A MODA ANTECIPA TENDÊNCIAS...



Fotos extraídas dos sites descritos abaixo


Amigos...

Volta e meia me pego conversando sobre o que vem pela frente, o que esperar quando falamos sobre o uso das bicicletas no dia a dia. Muitos são céticos, não acreditam que o mundo já começou a virar para o outro lado, adotando a bicicleta como veículo, uma alternativa para quem deseja fugir dos engarrafamentos cada vez mais comuns. Sendo você sensível ou não aos problemas do aquecimento global, e de tudo que decorre do uso ostensivo de poluentes ambientais, pode achar que exagero, que estou sendo parcial por já ser usuário da bicicleta no dia a dia.

Bem, o mundo costuma mudar muito lentamente, as tendências surgem, algumas se firmam, algumas não. Mas quando começamos a ver muito sinais de que a sociedade está indo em uma direção, em qualquer país do mundo, existe a possibilidade de que no final, todos nós estejamos indo naquela direção. Foi assim com o celular. Um aparelho caro, que se tornou primeiro um objeto de desejo de alguns, passou a produto de consumo das classes mais abastadas e, hoje, até carroceiro catador de lixo reciclável tem um!

Recentemente, escrevi uma matéria sobre moda para ciclistas. Era mais uma curiosidade, uma comparação entre os nossos órgãos públicos e um da Inglaterra. Acontece que em um giro pelos meus sites de referência notei um súbito aumento de lojas e anúncios sobre MODA ESPECIAL PARA CICLISTAS. Vai muito além da camiseta, engloba calças especiais de boca mais estreita, blusões e camisas, bonés e toda a parafernália que podemos usar. Dúvidas? Visitem o site da DOYOUVELO? , RAPHA TEAM, SWRVE e OUTLIER, todas com coleções completas de moda especialmente desenhada para ciclistas em vários países da Europa.

Agora, partindo do pressuposto de que empresas não iriam gastar dinheiro à toa desenvolvendo produtos que não tivessem um público alvo numeroso e interessado, a mera existência destes negócios indica claramente o surgimento de uma classe de consumidores que, primeiro, tem recursos para adquirir produtos pensando apenas na bicicleta que vai usar, e depois, tem cultura para consumir este tipo de produtos. Tudo claramente indica que parte razoável da sociedade já mudou (ou COMUTOU, TROCOU, ETC) parte dos seus deslocamentos para a bicicleta. Moda costuma afetar o que se vê nas ruas e ser afetada também por ela. Seria este mais um sinal que a população de países menos afeitos ao uso da bicicleta no dia a dia, começaram a mudar rapidamente de posição?

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CORREDOR LESTE-OESTE... TERRA DE CABRA MACHO!


Amigos...

Tenho escutado várias pessoas de diversas categorias falando quão péssimo ficou a transformação da Av.Conde da Boa Vista em parte do CORREDOR LESTE-OESTE. Eu não concordo com a maioria das observações porque meu foco não é permitir o tráfego de carros. Muita gente começa a perceber que a quantidade de veículos que circula na cidade tem crescido assustadoramente e que a cidade não tem como oferecer mais espaço para que cada cidadão use seu carro particular.

Isto leva a uma conclusão imediata: uma hora, uma grande maioria da sociedade deverá ir ao Centro de ônibus. Ou de bicicleta, mas isto são outros quinhentos! O mundo inteiro reconhece a contribuição do sistema de transporte rápido por ônibus de Curitiba, onde canaletas e estações de alimentação fazem com que mais de 70% da população utilize o sistema com grande satisfação. Políticos de muitas cidades do mundo visitam Curitiba para conhecer o sistema e até os nossos pensam em fazer um igual por cima da Agamenon Magalhães, interligando a Zona Norte ao SEI - Sistema Estrutural Integrado!

Ai apareceu um CABRA MACHO, chamado João Paulo, prefeito da cidade e "peitou" o problema. Reformou a Avenida Conde da Boa Vista, incluiu parada elevadas para acesso aos ônibus, montou a idéia geral do corredor inclusive conjugado com a Av. Caxangá, onde já existiam canaletas desde os anos 80 (eu acho!)... Digo CABRA MACHO, porque não tem muita gente disposta a enfrentar os nossos "poderosos comodistas" que acham que o direito constitucional de ir e vir dele está acima dos outros, e que inclui o carro dele! Abrir mão do carro? NUNCA!...

Observe que eu não sou político. Eu apenas enxergo! Nem morava aqui quando João Paulo fez o que fez. Hoje vejo que ele chegou onde podia, pena que não foi tudo o que era necessário. O CORREDOR LESTE-OESTE está implantado pela metade. E eu listo aqui algumas deficiências dele:
  1. AINDA PERMITEM CARROS PARTICULARES NA CD.DA B.VISTA! Estes deviam ter sido completamente BANIDOS de trafegar por ela. Ali só ônibus, taxis e bicicletas. Carroças e carrinhos de entrega nem pensar!
  2. E COMO TEM LINHAS DE ÔNIBUS! Já era tempo de CORTAR as linhas todas e deixar apenas uma ou duas linhas servindo o corredor para o Centro e conectando com a região do Derby e Parque Amorim, para integração. Se menos linhas usassem o corredor, teríamos um controle mais fácil da linha, como se fosse um metrô de superfície. E não teríamos engarrafamento de ônibus no centro, teríamos menos problemas em atravessar a Conde da Boa Vista e teríamos menos poluição derivada dos ônibus.
  3. E A CARLOS DE LIMA CAVALCANTI FAZ PARTE DO CORREDOR? Acho que não. Porque nos horários de pico, esta rua que conecta a Conde da Boa Vista com o Derby e o resto do Corredor, engarrafa que é uma beleza! Impossível fazer o fluxo fluir sem alargar esta via ou pelo menos colocar faixas exclusivas nela também como foi feito com a Benfica! E sem carros no corredor, a via seria uma expressa de verdade!
  4. E COMO CRUZAMOS A AGAMENON? Sim, porque esta aí é um gargalo monstruoso. Por um túnel, vai ser difícil, ia viver alagado no inverno! O certo seria passar por um viaduto, sobre a Agamenon. Aliás, também o futuro Corredor Norte-Sul por cima da Agamenon também terá de ser elevado, tipo Minhocão, porque senão, que diacho de corredor será este cheio de sinais de tráfego.
  5. O DERBY ATÉ QUE FICOU BONZINHO! Mas isto ainda não é ÓTIMO. A via que liga o Derby com a Benfica ainda divide o espaço com automóveis. Esta via também devia ser exclusiva e sem carros ou taxis, fazer os ônibus rodarem ainda mais rápido.
Depois disto tudo é que vemos que um dia, um prefeito ainda mais CABRA MACHO que João Paulo vai ter de tomar uma duríssima decisão, que será um suícidio para ele, de fazer um complexo de viadutos no Derby, suspendendo os corredores e se brincar, com uma super-estação de integração bem em cima do atual cruzamento!

É isto, ou vamos a pé que vai ser mais rápido!

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50 CARROS = 1 ÔNIBUS


Amigos...

Uma empresa sueca encontrou uma forma muito interessante de divulgar o seu serviço de transporte por ônibus contra o uso de automóveis. Vejam o vídeo todo, mesmo que não entendam o inglês. Ele se auto-explica! hehehe..

Já tem algum tempo que, seguindo outros sites sobre transporte em grandes cidades, chamo a atenção para a necessidade de repensar o uso dos nossos carros. Sim, eu também uso um carro, cada vez menos e com menor dependência dele. Claro que num final de semana como este que passou, com tanta chuva, o uso de um carro traz conforto em um passeio, uma saída para o cinema ou a visita a um amigo. Mas nem sempre precisamos dele!

Recife é uma cidade abençoada com sol muitos e muitos dias por ano e sem tantas ladeiras. Seu sistema de transporte não é o melhor do mundo, mas é um bom sistema pelo menos para grande parte da cidade. Algumas linhas são absurdamente bem servidas, PE15-AFOGADOS, por exemplo! Outras nem tanto! Mas no compto geral, eu acho o sistema muito melhor do que o de Salvador, onde morei. Existe alguma integração, inclusive com o Metrô. O SEI - Sistema Estrutural Integrado não é perfeito, mas funciona bem.

Neste ano que voltei a morar aqui, andei por grande parte da cidade, de bicicleta e muito de ônibus. Tenho visto fragilidades como linhas que demoram muito, mas também linhas que superam alguns metrôs, como na referida PE15-AFOGADOS, onde já contei 10 ônibus em uma hora. Em outras linhas, você espera 30 a 40 minutos por um ônibus. Mas no geral, funciona!

E o mais importante é que todos percebamos que existe a possibilidade de não usar o carro. De nos deslocarmos para o trabalho, para o lazer, para as nossas necessidades, usando o transporte público, a bicicleta ou apenas os nossos pés! Aproveite!

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7 de agosto de 2009

MOTIVOS & IDÉIAS...

Amigos...

A cidade de San Sebastian, no País Basco, Espanha, inaugurou o mais longo TÚNEL PARA BICICLETAS do mundo, que tem cerca de 2 km de comprimento e liga dois bairros da periferia da cidade. A prefeitura de lá o realizou para estimular o uso da bicicleta pelos cidadãos e gastou para isto cerca de 3,7 MILHÕES DE DÓLARES (cerca de 7 milhões de reais!). Abaixo algumas fotos do mesmo. Observem que não é um "armengue". É um túnel moderno, bem sinalizado, bem iluminado e bem vigiado. E isto numa cidade com cerca de 108 mil habitantes. Foi lançada pelo prefeito de lá como sendo um "símbolo de progresso, sustentabilidade e saúde individual". E isto em um dos países que menos anda de bicicleta na Europa, apenas 27km em média (compare com os 954km rodados em média pelos dinamarqueses em 2006!).
Bike Tunel de San Sebastian
Fotos: Michelena, do Diario Vasco

Outras cidades do mundo investem em projetos similares de túneis, ciclovias, e faixas compartilhadas para favorecer o trânsito das bicicletas. São cidades do "primeiro mundo", que como alguns dos nossos políticos alardeiam, já pertencemos. Os políticos e cidadãos destas cidades já perceberam que existe um problema sem tamanho na cultura do automóvel como única forma de movimentar-se pelas cidades. É uma cultura nefasta dado ao consumo de derivados do petróleo, fortemente poluentes, geradores de gases do efeito estufa. Construir um carro também consome muitos recursos naturais, gera muitos rejeitos e só suja o nosso já sujissimo meio ambiente. Usá-lo, então, é péssimo. Usá-lo sózinho e sem um EXCELENTE MOTIVO, devia ser considerado CRIME!

Apesar do alarde dos nossos políticos, continuamos sendo um país de terceiro mundo, incapaz de tomar decisões corretas pensando em nosso povo, no seu futuro, na sua saúde, e no resto do mundo ao qual também pertencemos. Nossa cidade, muito maior que San Sebastian, com muito mais dinheiro para jogar fora (haja visto o atual escândalo do lixo cuja coleta ficará em 580 milhões de reais), recusa-se a manter os parcos, míseros, paupérrimos 25 km de ciclovias, ciclofaixas e ciclorotas, gastando provavelmente uma fração do que gastou San Sebastian em seu túnel. E isto numa cidade com quase 2 milhões de habitantes, muito mais bicicletas que carros e em que os maiores usuários são justamente os mais necessitados, os que mais precisam de uma política cicloviária decente.

Em muito, Recife e Pernambuco, com seus "políticos", está agindo como os políticos de São Paulo, que ultimamente têm feito vários projetos e obras beneficiando a "carrocracia", a ditadura do automóvel, apesar dos protestos sobre a destruição do pouco verde que aquela cidade tem para ampliar as marginais e facilitar o trânsito dos carros em ano eleitoral (porque logo depois, as novas vias vão ficar saturadas e os engarrafamentos voltarão!).

É uma pena. Vivemos seguindo os outros. Podíamos pelo menos aprender a seguir quem está fazendo direito!

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Fotos e notícia extraídos de Copenhagenize.com


5 de agosto de 2009

AJA COMO CICLISTA, MAS PENSE COMO MOTORISTA

Amigos...

A raça humana vive pela lei do mais forte, não se enganem! Por mais "civilização" que tenhamos, todo homem, no fundo, ainda está vivendo no tempo das cavernas. A força pode ser do dinheiro para aquele carrão, da pretensa habilidade na bicicleta, da ousadia no comportamento na frente dos desafios. Lá dentro de nós ainda temos o vírus do "levar vantagem em tudo, certo". Coitado do Gérson, que não merecia ter uma "lei" destas com seu nome! Injusto porque toda a raça humana padece disto. O que controla os efeitos deste "vírus" é a lei e a sua aplicação correta, rápida e "caceteira". Quanto mais eficiente e efetiva a lei, mais eficaz ela se mostra em coibir estes comportamentos. Quem se arriscaria em pedalar pela contramão se um guarda parasse você, apreendesse sua bicicleta e cobrasse metade do valor dela em uma multa por quebra da lei? É isto, e apenas isto o que nos distingue dos países civilizados. Quando a lei é forte, multa, prende e assinala pontos na carteira, todo mundo segue "pianinho". Vide o caso do cinto de segurança e das multas por ultrapassar o sinal vermelho. Quando ela cobra, tudo funciona!

Muitos de nós acham difícil pedalar nas ruas porque outros "colegas de pedal" costumam ignorar as diversas regras básicas da mobilidade nas vias públicas da cidade. Estas regras normalmente são ensinadas e cobradas de todos os MOTORISTAS de veículos particulares, ônibus e caminhões. Regras como não andar na contramão, não subir nas calçadas, não ultrapassar os sinais vermelhos, etc, que nos são impostas como norma de conduta durante o aprendizado para "tirar a carteira" de motorista! E que são cobradas a buzinadas enlouquecidas, multas e pontos na carteira, se desobedecidas por qualquer um "motorista" habilitado ou não!

Acontece que para pedalar ninguém precisa ser habilitado. Basta comprar uma bicicleta, aprender a pedalar e pronto, já pode entrar nas ruas. As bicicletas não têm placa de identificação. O ciclista pode até ser multado, mas a multa é irrisória, dá muito trabalho para a autoridade policial e tem pouco poder de persuasão. O ciclista também não precisa de "licença para pedalar", não passa por curso de formação obrigatória e não recebe pontos na carteira. Logo, em nosso estado de descaso com a autoridade desmoralizada de nossas polícias, um convite aberto ao caos ciclistico, a liberdade de fazer o que quer, sem respeito ao próximo.

Observo que muitos ciclistas, por também serem motoristas, seguem, respeitam e incentivam a observância das boas práticas da direção defensiva no trânsito quando pedalam, como também o devem fazer como motoristas. Mas tem alguns que se aproveitam da "liberdade" dada pela a falta de uma forma de identificação precisa, de multas adequadas, e de um custo para a irresponsabilidade, e aproveitam para pedalarem livres, inconsequentes, despreocupados, ignorando toda e qualquer regra do bom convívio. Precisamos ter em mente sempre que as regras de convívio dadas pela lei não foram feitas para cercear a liberdade de ninguém e que obedece-las não faz de você um otário. As leis existem para definir até onde vai o seu direito e onde começa o direito dos outros. Cria uma fronteira, tratando a todos de forma igual.

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OH, RAÇA... E PENSAR QUE SE DIZEM BRASILEIROS!

Amigos...

Nós que pedalamos pelas cidades do Brasil, por necessidade ou opção, somos precursores de um novo tempo para a mobilidade. Não pense que estar em cima de uma bicicleta movendo-se pela cidade para resolver os seus problemas, faz de você um cidadão de segunda categoria, pelo contrário. Somos exemplos. Dar o exemplo deveria ser uma prática comum do dia a dia para todos, incluindo nossos famosos e nossos políticos também, como fazem pelo mundo outras celebridades e outros políticos. Mas para isto, seria preciso que tanto um como outros usassem a bicicleta.

No caso dos políticos, ainda mais. Nossos políticos deveriam interagir mais conosco, seus cidadãos, experimentando sua vida, seus problemas, para serem capazes de pensar e agir buscando remediar os problemas a que todos estamos submetidos. Alguns até tentam trabalhar por nós, como a Deputada Solange Amaral do PFL/RJ, que em Brasília tenta alterar o CTB para esta lei adotar uma postura mais firme contra crimes de trânsito envolvendo pedestres e ciclistas. Mas ela pedala? Ela já pedalou em um "baita" trânsito com os motoristas de mau-humor, no calor do meio-dia, que torra o juízo de qualquer um? Como produzir um projeto para algo que não é vivenciado realmente por quem o escreve. Diriam que ela tem acessores, e que eles pedalam. Será? Pode ser. Mas será que todos os demais políticos que vão votar o projeto têm a consciência do que é pedalar em uma grande cidade do Brasil? Já experimentaram isto? Bom, pelo menos ela está tentando. O mesmo não se pode dizer de outros projetos.

Algum tempo atrás, o Presidente citou o programa BICICLETA PARA TODOS, que ele iria criar para fornecer bicicleta barata para quem quisesse, em kits enviados pelo correio. Foi outra mirabolância política, que até agora não decolou e mostrou sua verdadeira face, casuísta demais para se levar a sério, até porque que eu saiba, Lula nunca pedalou para o trabalho. Porque a indústria de automóveis pressiona, ameaça veladamente com demissões, é a crise, e eles RAPIDAMENTE baixam o IPI para carros. Mas não para bicicletas e suas peças. E porque não? Porque quem manda não pedala, dirige. Quem manda não sabe da vida daquele que mora no subúrbio, que passa necessidade até para gastar R$ 3,70 de transporte por dia de trabalho ou de busca de trabalho. Porque não sabe que este mesmo valor compra um pacote de leite e pão para os filhos todos os dias, e que ele mesmo pedala com fome, porque o parco salário não dá para comprar comida e pagar transporte ao mesmo tempo. São problemas vivenciados pelo trabalhador brasileiro hoje, quase 8 anos depois que outro "trabalhador" assumiu com a promessa de resolver a vida das pessoas mais simples com medidas sustentáveis. Mas que terminou, como todos, no assistencialismo barato e demagógico.

Mas ainda tenho esperanças, porque no que vem tem eleições e vivemos em um regime democrático onde AINDA escolhemos nossos representantes. É o ano em que podemos pedir - até exigir - que os políticos mostrem trabalho. Aliás, eles sempre se lembram de nós nestes anos, depois de esquecerem pelos outros 3 anos!... Portanto, vá no site da Câmara Federal, do Senado, da Assembléia, localize os emails de seus deputados e senadores, e "mande bala", mande emails cobrando. Cobre a aprovação do projeto de lei n 74/2007 com as mudanças do CTB. Cobre o programa BICICLETA PARA TODOS. Cobre a sua indignação porque não existe um programa sério de ciclovias, de bicicletários! A hora é agora! Ou você vai querer passar mais quatro anos esperando a próxima chance!?

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4 de agosto de 2009

PEDALAR AGORA É CHIC!

Amigos e... Amigas!

Este post é dedicado mais as meninas do Pedal que aos marmanjos. Tem algum tempo que sites como o COPENHAGEN CYCLE CHIC , o BIKE SNOB NEW YORK e o ESTONIAN CYCLE CHIC têm apresentado o ato de pedalar com mais sofisticação e glamour. Pedalar agora representa o cúmulo do "chic" em algumas grandes cidades do mundo. Não é para quem quer, mas para quem pode. É estar antenado com a situação do planeta, é poder usar seu tempo para curtir a vida, sem ter de ficar correndo de um lado para o outro de carro, estressado até a medula! Porque quem realmente tem poder e riqueza, tem tempo para estar bem com a vida o bastante para poder optar em ir pedalando ao local de trabalho ou em seus momentos de lazer. Lá fora, tudo isto já foi percebido pelo mercado, com empresas lançando moda para ciclistas e levando até fabricantes de carro a incluir a bicicleta em seus comerciais.

Pois bem, o site TREEHUGGER montou um slideshow com fotos de bicicletas criadas e assinadas por 8 estilistas ou casas de moda famosos, entre eles Chanel, Gucci, Hermès, etc. As bicicletas mereceram até desfile. Não que alguém pense em usar uma destas. Parecem mais objetos de decoração que bicicletas usáveis. Afinal para quem alguém precisa de uma bolsa FENDI de 975 dólares presa numa bicicleta, quando pode comprar uma pochete de 5 dólares ali no Camelódromo da Dantas Barreto :))) !

São mais curiosidades que mostram que o mundo começa a ver a bicicleta como grande necessidade na mobilidade da humanidade. Claro, que com sorte talvez tenhamos um BOOM da bike por aqui também, em breve, desde que copiamos quase tudo que vem de fora. Apesar de que nem sempre isto signifique que copiemos algo de útil, creio que pedalar também vai se tornar chic por aqui. E com isto, nossos políticos e dirigentes terão não mais apenas profissionais sem qualificação pedalando pela cidade para economizar uns trocados de passagem. Mas terão também médicos, advogados, engenheiros, e toda uma gama de profissionais e suas famílias pedalando, formando opinião e alterando a postura social quanto ao uso do carro, da bicicleta e do seu tempo. Quando o pedalar for chic aqui também, será o momento em que construir ciclovias, "bike lanes" e bicicletários vai se tornar "politicamente necessário" para que a sobrevivência daquele que precisa do seu voto para continuar ganhando o dele! Creio que ainda viveremos o bastante para olharmos quem usa o carro com pena.

Portanto: VIVA O GLAMOUR DO PEDAL!

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DE OLHO NA BIKE



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No aguarde!

Original ROGÉRIO LEITE @ 2010