Se HAMLET (aqui interpretado pelo ator inglês Kenneth Branagh) trabalhasse na CTTU, estaria hoje em seu Grande DIA! Até que a Pompéia parece com ele...hummmm |
Amigos...
Dilema antigo, mas Shakespeare é sempre atual. Está sempre conectado aos dramas humanos, que mudam de época e circunstâncias, mas continuam iguaizinhos lá no miolo.
Hoje a CTTU vive um dilema desse tipo. Cuidar da mobilidade de todas as pessoas ou só de quem usa os carros, eis a questão. De um lado, ciclistas, pedestres, passageiros de ônibus e respectivas empresas e funcionários. Do outro, motoristas de carros. No meio, o binário ARRAIAL-ENCANAMENTO, com sua ciclofaixa. A solução implantada 30 dias atrás provocou muita polêmica, que parece até de encomenda, mas deixa essas implicações para outro momento.
O bafafá provocado pelos motoristas, agora privados de uma das faixas de tráfego, foi para cima de quem não é culpada: a ciclofaixa. Sim, mesmo reduzindo em 1/3 a largura do espaço disponível para os carros e ônibus, ela não é culpada. E não é porque quem compra um carro não compra a via PÚBLICA. O espaço deve contemplar todos os modais de transporte, e não o faz. Ao invés de fazer SÓ a ciclofaixa, ela deveria ter feito também um canal exclusivo de ônibus nas vias. Afinal são eles que transportam o grosso da populaçã. Isso mostraria que a CTTU está ligada em quem transporta mais e quem precisa mais. O carro é bom porque o transporte público é péssimo, mas é ruim porque usa uns 10 m2 da via, para transportar apenas 1,2 pessoas/unidade. As vias deviam ser ocupadas essencialmente por ônibus, bons, confortáveis e pontuais, e por bicicletas para os pequenos trechos. Se vc realmente precisar do carro, para transportar uma pessoa de idade, ou filhos pequenos na escola, enfim, se você for encher o carro com pessoas e cargas e leva-las para vários lugares da cidade, então você vai dispor de uma faixa para você fazer isso. E SÓ! E não me diga que todo mundo tem uma mãe idosa para levar no médico TODOS OS DIAS.
O problema é mesmo de egoísmo. Algo de luta de classes isso também, porque são sempre os ricos favorecidos (que usa o carro, sempre) e os pobres prejudicados (quem SEMPRE usa a bike, porque o ônibus é caro demais).
Por isso, existe a lei, para DECIDIR e pensar pelo poder público. Gestor não pensa, não devia, mas tenta! Gestor deve cumprir a lei.
Então deixa a ciclofaixa, faz uma faixa exclusiva para os ônibus, e diz com todas as letras, com todas as palavras ainda não ditas, com toda a força do poder público responsável por GERIR O PATRIMÔNIO PÚBLICO, da RÉ PÚBLICA, que o espaço público é de todos, e quem tem carro e insiste em usá-lo, tem de se acomodar a falta de espaço para todos os carros ao mesmo tempo, e preferir o ônibus ou a bicicleta.
Enquanto o poder público ficar dando uma de HAMLET, o Recife vai continuar parado!
COMENTEM!!!
Rogério você sabe que sou plenamente favorável ao uso real da bicicleta e não só como laser;sou a favor de ciclovias que cortem toda a cidade e interligada plenamente, não essas ciclovias ou ciclofaixas que vão pra lugar nenhum e mesmo assim só trechinhos...também sou contra os ônibus como transporte de masas aqui no centro, sou sim a favor de mêtros modernos e que cortem os bairros como por exemplo da UR& na Varzea até o centro do Recife é um trecho reto praticamente sem curvas(alta velocidade), outro da Macaxeira via Av Norte até o centro;outro que pegasse de Abreu e Lima até o centro do Recife e por ai vai os ônibus com ar condicionado e limitados a pessoas sentadas fariam o outro papel interligação aonde não desse para implantar os mêtros;infelizmente as empresas de ônibus financiam as campanhas políticas ...e os carros deviam serem proibidos de irem ao centro e ainda ter rodízio, com isso as pessaoas se uniriam e ao invés de morando no mesmo lugar e trabalhando no mesmo trabalho irem sistema de lotação com isso diminuiria os carros, mas o transporte de massa como é hoje me desculpe mais só pra quem não tem carro ou perna e coragem pra ir de bicicleta
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