Vamos ser práticos: quero ver um plano relativo a bicicleta que tenha saído do papel de forma eficiente aqui nas terras de Cabral! Sabe, fazer planos é uma coisa fácil, junta um criativo de preferência bem imaginativo, uns dois ou três bons ilustradores, um cabra para organizar a zona visual em algo que PAREÇA ser coerente, e aí, manda para as redes sociais e para os jornais. Estou de volta ao Recife desde 2008 e aqui em casa se assina o JC. E como tenho esse blog dedicado a mobilidade e ciclocultura, estou sempre ligado no que se publica na cidade, nos tais "planos" que a prefeitura NÃO faz, mas que diz que está pensando em talvez vir a fazer. E isso se arrumar dinheiro!
Algumas loucuras que já vi anunciados como solução para a mobilidade no Recife:
- Túnel na Agamenon ao lado do Derby, margeando o canal?!!
- Estação de integração no cruzamento da Agamenon com a Carlos de Lima Cavalcanti!?!?
- Viadutos ao longo do canal da Agamenon, para os ônibus tipo BRT, com estações elevadas?!
- Monotrilho em cima do canal da Agamenon?!!
- 600 km de ciclovias e ciclofaixas a fazer em 20 anos!!?!?!
O que precisamos não é mais planos. O que precisamos são ações coerentes. Precisamos de um governo que chegue lá na TV, na frente da câmera, com uma lente do tamanho do bonde enfiado nas fuças, e que diga: A PRIORIDADE É O TRANSPORTE PÚBLICO COLETIVO E A BICICLETA COMO TRANSPORTE PARTICULAR INDIVIDUAL.
E que essa afirmação, que contraria a grande maioria do "poder" da cidade, seja acompanhada de ações reais para melhorar o transporte público. Que as pessoas usem as bikes para ir de sua casa aos corredores, onde encontrarão bicicletários seguros e protegidos, onde deixarão suas bikes e integrarão com os ônibus SE QUISEREM, deixando seus carros de passeio apenas para isso mesmo: PASSEAR!
Enquanto não conseguirmos achar um governo assim, com coragem para peitar o problema real (O EXCESSO DE CARROS!), a mobilidade vai ficar apenas nos planos...imaginários!
COMENTEM!!!
Os gestores querem fazer obras, mesmo que inúteis ou inacabadas, para pegar o TOCO, a grana. O início da solução da mobilidade precisa apenas de tinta: pintar as faixas exclusivas de ônibus. Mas isso é barato, o TOCO é pequeno. Além de incomodar o povo mais burro das cidades: a classe MÉRDIA.
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