Amigos...
Entre limites extremos, no caminho do meio como definiu Buda, devemos viver a vida. Nem loucamente, sem limites, torrando tudo e todos, comendo, bebendo, fumando e tomando de tudo, sem pensar no amanhã. Nem tão mansamente que nem pegadas (filhos, produção, idéias, ações e realizações) deixe na terra durante sua passagem. Esta reflexão vem provocada pela morte de Amy Winehouse, que reputo ter uma voz realmente impressionante. Mas também pela observação de tantas vidas vazias, afeitas ao seguro total, a uma vida de segurança. Ou por outro lado, numa vida de experiências extremas, da adrenalina a mil, de liberdade total e irrestrita, sem objetivos definidos exceto a excitação além da medida. A vida nunca foi segura, nem mesmo para aqueles que muito tem, que tudo podem. Nem estes escapam de doenças mortais, drogas ilusórias, gente ruim. E a vida também não foi feita para ser desperdiçada em atos vazios. Entre limites extremos existe o caminho do meio, como definiu Buda.
Cabe a cada um definir e buscar seus objetivos, lembrar o que seu espírito veio fazer aqui, o que veio aprender, realizar, experimentar. E dentro destes objetivos, trilhar o caminho do guerreiro: não deixar de lutar, não deixar esmorecer, não fugir ao sacrifício necessário a realiza-los. Sinto a passagem de Amy como algo que estava anunciada já tem algum tempo, pela vida que ela levava. Mas sinto que ela não tenha percebido o dom com que ela nasceu, e o tenha disperdiçado de forma tão fulgaz.
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