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Amigos...
Discuti outro dia sobre o pedestre ter sempre razão ao atravessar a rua em locais fora da faixa, de se aventurar pelo meio do trânsito caótico. A maioria acredita que isso é errado, que não deve ser feito, que os pedestres não devem peitar o tráfego.
Costumo lembrar de como foi uma simples caminhada em Roma, na Itália, onde o pedestre tem sempre razão (ou teve, nem sei mais!). Andava com minha tia pela calçada mas quando ela precisava atravessar, nem para os lados olhava. Simplesmente ia e todos os carros paravam. Em Roma, podia ainda ter uma ou outra buzinada, por atravessar fora da faixa, mas só! Em Perúgia, onde ela morava, nem isso. Respeito total. Isso em 1992, mais ou menos. Hoje, mesmo lá, já se precisa olhar, mas eles continuam com prioridade. Questionei-a sobre isso, e ela me explicou que a regra era simples: as ruas foram feitas antes para as pessoas e só depois acrescentaram os carros. Eles é que devem respeito total ao pedestre.
Quem está dirigindo não sabe o que está se passando com o pedestre que precisa atravessar uma rua no meio do tráfego. A expectativa é que deve ser algo muito urgente para que a pessoa arrisque a vida assim. Imagine a situação de uma mãe que está de um lado da rua andando para casa, e recebe um telefonema urgente que o filho caiu e bateu a cabeça. Pergunta: ela vai se lembrar de algum carro enquanto corre atravessando a rua para socorrer o filho? Eu acredito que não. E são para essas situações emergenciais que a regra de respeito total ao pedestre existem.
Claro que vivemos numa sociedade GERSONIANA, onde o que vale é "levar vantagem em tudo, certo?", e a lei se omite diariamente, e por isso a grande maioria dos pedestres faz uso dessa emergência para seus próprios e desnecessários fins, assim como a maioria dos motoristas usa a "maldição do pisca-alerta" para dar uma "passadinha rápida, volto logo", ou aos ciclistas, que se acham no direito de andar na contramão. Regras existem e tolerância demais vira esse abuso, que a lei deveria controlar mas não o faz. Não o faz porque não supre as ruas de profissionais capazes de avaliar e corrigir esses desmandos, não usa das ferramentas do estado (multas, suspensões, etc) de forma equilibrada e correta, ou aceita "um por fora" para não usar. E quando o Estado some, sobra isso: RECIFE, TERRA DE NINGUÉM!
Então, se você puder, oriente, ajude, denuncie, seja você um agente da mudança. Para termos uma cidade melhor, vale o trabalho de todos.
COMENTEM!!!!
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