Amigos...
Um post do MENOS UM CARRO, blog português que acompanho, chamou a atenção para algo que vemos todos os dias e nem notamos. A grande maioria de vcs que me lêem, anda de carro. Alguns devem fazer como eu, só andam de carro quando é realmente preciso, e preferem andar a pé, de ônibus e de bike. Mas toda a cidade é organizada para o fluxo dos carros. Sinais de pedestres com tempos reduzidos para travessia, avenidas superlargas, passagens de pedestres separadas por 2 ou 3 quarteirões, tudo é feito em prol do fluxo de carros.
Uma das mais brutais formas de perversão do nosso tráfego são os sinais de pedestres de Recife. Uma cidade plana, com uma enorme população que anda a pé, de ônibus ou de bike, mas que não dá nenhuma real atenção a esta grande parte menos favorecida da sociedade. Estimar que em 8 segundos uma pessoa adulta possa atravessar o sinal de pedestres, como no cruzamento da Benfica com a Estrada dos Remédios na Madalena, é uma coisa. Esperar que uma pessoa de idade, uma criança ou um deficiente motor, consiga fazê-lo é de uma crueldade sem par. Quantas e quantas vezes não vi carros tendo de esperar que uma pessoa assim conclua sua travessia?
Nossos gestores não estão atentos ou nem pensam em sinais de pedestres como sendo uma necessidade da sociedade. Para eles, estes sinais, assim como os usuários de bikes em geral, representam aborrecimentos, entraves no fluxo suave e continuo que deve ser representativo de uma grande metrópole que eles imaginam ser o Recife. Nossos gestores de tráfego administram a cidade para os 400.000 carros existentes, contra mais de 2 milhões de pessoas que não o utilizam, com uma mentalidade do começo do século XX. Acordem!
O cidadão comum que se f..., esta, com perdão da palavra, é a situação real do Recife.
Aqui se vc não é motorista, se não está em uma moto, você não existe. Ou pior, existe apenas para encher o saco deles. Por eles, vcs seriam fulminados ao se aproximarem de um sinal de tráfego. Um dia a sociedade vai ter de dar um basta nestes desmandos de nossos gestores. Um dia precisaremos de um tráfego democrático, que respeite o que dita nossa CONSTITUIÇÃO FEDERAL, oferecendo um tratamento que trate os iguais entre si da mesma forma, e diferente os que estão em diferentes situações. Pedestres e ciclistas não são iguais a carros e motos. Somos diferentes, mas também somos cidadãos deste país, temos o direito de sermos respeitados e tratados dentro dos nossos limites. Também merecemos ser considerados por quem gerencia o tráfego na cidade.
Ou então eu vou comprar uma jamanta de 18 rodas, e sair passando em cima de tudo quanto é carro que ficar na minha frente. Vai ser a lei do mais forte, mais pesado, mais possante! Se é para se portar no tráfego como se fosse um brucutu, então vamos partir logo para a ignorância!
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27 de março de 2010
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DE OLHO NA BIKE
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