Fico sempre entusiasmado e animado quando vejo o sucesso de um empreendimento como o Vèlib, de Paris. O sistema de bicicletas públicas - Vélib, vai completar 2 anos, e tudo indica que é um grande sucesso. Olhando atentamente os números, pode-se diagnosticar algumas tendências. Ao todo, 53 MILHÕES de viagens, 69% com passes anuais, com aumento do uso integrado com ônibus e metrôs. Várias estações estão sendo aumentadas por conta da demanda crescente. Todo sistema passa por melhorias contínuas, incluindo mais manutenção e redistribuição da bicicletas durante a noite. As estações também já aceitam os principais cartões de crédito além de outras vantagens e facilidades. Várias comunas (municípios) em torno de Paris também passaram a contar com o serviço. Tudo isto mostra que é possível implantar uma "cidade ciclável" se houver interesse político. Mas o mais interessante foi a velocidade com que se deu tal transformação - 2 anos.
"Trânsito" em Copenhagen. Foto daqui"
Copenhagen, 40 ANOS ATRÁS, era uma cidade tão “carrófila” quanto qualquer outra no mundo. Levou um período muito maior para passar a ser outra cidade onde 55% da população escolhe usar a bicicleta, 37% na grande área metropolitana. Acredito que foi muito mais difícil do que o feito de Paris, era uma outra conjuntura mundial. Mas foi feito, e provavelmente "no peito e na raça" de políticos que se mostraram capazes de defender primeiro a sociedade, depois o dele, e contra tudo e todos. Quando será que o poder público vai acordar que ás vezes é preciso tomar algumas medidas “impopulares” para o bem comum à longo prazo.
Rua das Flores, Curitiba. Foto daqui!Jaime Lerner, quando prefeito de Curitiba, parece ter sido o último político com alguma capacidade de atuar assim pelo bem da cidade, independente da opinião DO MOMENTO, enxergando para onde a cidade deveria ir. Ao implantar as primeiras RUAS EXCLUSIVAS PARA PEDESTRES do Brasil, enfrentou forte oposição popular. Mas hoje, as ruas abrangem 15 quarteirões e são um sucesso copiado em todo o país. Os sistemas de canaletas exclusivas para ônibus foi criação dele, e hoje transportam 75% da populção da cidade (2,3 MILHÕES DE PASSAGEIROS POR DIA!!!) e é aplicado em várias cidades do mundo, citado como referência, e quem sabe, adotado até no Recife, na nova linha Norte-Sul, por cima do canal da Agamenon Magalhães. É esperar para ver!
Quem sabe os políticos e gestores atuais não se espelham no que ele fez lá e tentam reproduzir ações que nos levem a ter, ESPERO QUE EM MENOS DE 40 ANOS, uma Recife como Copenhagen ou Paris. É ficar de olho na hora de votar!
Veja mais:
- Em francês: Vèlib
- Em inglês: The making of Pedestrian Only-Street in Curitiba, Brazil
- Em inglês: Curitiba´s Bus Rapid Transit: 2.3 Million Passengers a Day
Aqui em Portugal temos uma cidade, Aveiro, que implementou o conceito de bicicletas gratuitas para as pessoas se deslocarem, que segundo tenho ouvido e lido tem sido um sucesso. Veja:
ResponderExcluirhttp://www.regiaocentro.net/lugares/aveiro/buga.html
Os veleiros de Salvador, tradicionais, devem ter derivado dos de Aveiro. Não sabia que Portugal produzia sal a partir do mar. Muito bonita sua região, Filipe! Muitas igrejas no Nordeste parecem cópias fiéis da Igreja das Carmelitas (lembro de pelo menos 3 similares em Salvador e uma em Recife!). Região que acaba de entrar na minha lista de lugares a conhecer! Que bom saber que não precisarei levar a bike quando lá for!
ResponderExcluirCaro Rogério,
ResponderExcluirNem tudo são flores no que diz respeito ao sistema implantado em Paris. Quase que a totalidade das bicicletas disponibilizadas no sistema foram repostas por vandalismo... Muitas eram locadas e simplesmente atiradas no rio Sena ou para serem destruídas por pura diversão em filmes postos no youtube.
Veja mais aqui: http://www.bbc.co.uk/portuguese/multimedia/2009/03/090302_bibicletasparis.shtml
Lamentável, mas se essa é a realidade do "berço da civilização"... Que dirá por terras tupiniquins?
Abração,
Caio
Verdade Caio. Mas o que é o centro da coisa é que aconteceram 53 milhoes de viagens em menos de 2 anos. E que isto mostra a mudança de cultura, do carro para a bike. Amsterdan e Copenhagen são campeãs em furtos de bike (alguém pensava que era Recife?). Copenhagen está implantando chips nas bikes para poder rastrea-las. A raça é toda igual, só muda de endereço. Vândalos gostam de novidade. Daqui a algum tempo, bicicletas serão iguais a postes de rua. Então vandalizar vai ser tão banal que não vai ser interessante para eles... e a cultura crescendo e crescendo... vamos pedalando!
ResponderExcluirRogério, em Portugal temos diversos locais onde se extrai o sal da água salgada, que me ocorra de momento: A sul Castro Marim no Algarve, no estuário do Tejo junto a Lisboa Alcochete, no centro Figueira da Foz, para além de Aveiro que fica um pouco a norte da figueira da foz. Havia noutros locais mas estão desactivadas. Veja os links abaixo
ResponderExcluirhttp://www.cm-castromarim.pt/site/index.php?module=ContentExpress&func=display&ceid=13
http://www.cm-alcochete.pt/pt/conteudos/areas+interesse/patrimonio+natural/salinas/
http://www.metacafe.com/watch/1504034/pr6_ff_rota_das_salinas_figueira_da_foz/
E em Rio Maior centro de Portugal temos uma mina de sal-gema, veja os links
http://www.cm-riomaior.pt/riomaior/Concelho/LocaisInteresse/Salinas.htm
http://www.regiaoderiomaior.pt/marinhas.htm
http://www.youtube.com/watch?v=xpCw8auUDeE
Em aditamento ainda registo a mina de sal em Loulé no Algarve que fica a 230m de profundidade.
ResponderExcluirhttp://www.observatoriodoalgarve.com/cna/noticias_ver.asp?noticia=17596
Bom Filipe... eu sabia das minas de sal-gema. Já das salinas para mim foi novidade. Quem sabe na próxima viagem não aproveito e conheço mais o seu país...tenho uma prima morando em Lisboa agora... poderá ser um bom ponto de apoio... veremos!
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