5 de novembro de 2009

PEDALISTA...NOSSO FUTURO?

Amigos...

Todos seremos pedalistas no futuro? O termo pedalista parece-me mais adequado que ciclista, biciclista ou pedaleiro. Ciclista parece sempre descrever o atleta, aquele que pedala por esporte ou pratica o esporte por motivos de saúde. Biciclista parece esquisito demais, e pedaleiro, não nos coloca em pé de igualdade com os outros "istas" do trânsito: motor-istas, motocicl-istas, etc. Portanto, doravante escreverei sobre todos os que pedalam, não apenas os ciclistas ou biciclistas, mas aqueles que fazem da bicicleta seu veículo. Somos adeptos do Pedalismo, somos todos pedalistas!

Bem, tergiversei! A questão continua: Seremos todos pedalistas no futuro? É uma questão complicada até porque precisaríamos entrar no universo da futurologia.

Vamos pensar um pouco. Que os carros atuais são poluidores e engolidores de recursos do planeta, isto é uma verdade. Que o aquecimento global parece estar mesmo acontecendo, como vemos todos os dias pelas mudanças climáticas que acontecem, também é uma verdade. Que em nossas cidades, onde residem cerca de 70% da população do país, estão tendo problemas de trânsito cada vez mais agudos, e precisando gastar muitos recursos com a desapropriação de espaços para a ampliação das ruas e avenidas, outra verdade. Tudo isto não nos conduz para um horizonte limpo e livre para o tráfego de automóveis. O mercado consumidor até já sinaliza isto com o aumento extravagante de motociclistas nas ruas.

Claro que a indústria automobilistica tem sido "sensível" a estes problemas, decorrentes de seus produtos. Acompanhando os sites do TUVIE e do TREEHUGGER, observo o crescimento do número de "veículos verdes", carros elétricos, motos e até bicicletas elétricas, além de inúmeras outras propostas vazias de carros ultrasofisticados (= grande design, motores potentes, altas velocidades) e algumas boas propostas cheias de boas intenções em sistemas de transporte coletivo ou individual integrado com bicicletas. Observo também que de uns tempos para cá, essa indústria têm dado ênfase em suas propagandas na redução do consumo, aumento da performance dos veículos com "grande" economia de combustível, apesar de ainda fazerem essas mesmas propagandas em ruas vazias, induzindo uma falsa sensação de liberdade que os carros urbanos raramente desfrutam nas nossas ruas apinhadas de outros tantos carros!

O governo tem feito o papel dele de proteger os trabalhadores do desemprego. Mas de uma forma meio esquisita, porque garante o emprego para produzir mais carros, não investe realmente em transporte público decente e barato, não investe em meios e métodos de deslocamento alternativos. A curto prazo, funciona, e o emprego fica garantido. Mas a que custo? Redução de arrecadação de impostos, redução de investimentos e custeio de atividades públicas, cortes de gastos em obras essenciais. É um barato que sai caro!

Resumindo esta difícil equação, a menos que descubramos uma forma dos carros voarem, os problemas só aumentarão. E como as pesquisas em anti-gravidade não estão indo para lugar nenhum, o mais provável vai ser que tudo piore MUITO antes de melhorar. E vai piorar tanto, mas tanto, que uma hora, a grita geral dos "engarrafados em popós de metal" vai forçar medidas como o revezamento (não funcionou em São Paulo!) ou a cobrança de pedágio para algumas áreas das cidades (já vão colocar o tal chip! Londres ai vamos nós!)! Quando não houver mais o que fazer, quem sabe apareça um político corajoso com força bastante para aguentar o tranco e implantar uma política de transportes públicos alternativos e integrados. Sei não!

Sim, seremos todos pedalistas no futuro! O pedalismo é a única saída: boa, barata, rápida, eficiente, econômica e saudável. Quem viver, verá!

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