Fotos: a maioria, Rogério Leite. Nas que eu apareço (com camisa amarela da BICICLETADA RECIFE),
fotos do Eurico França do Corujaqueira e Roberta Tavares do APS)!
Amigos...
Ontem saí com o APS para um passeio interessante. Um dos bons motivos pelos quais passeios do grupo são legais são os locais que conhecemos. Quem pedala sempre à noite ou quem pedala muito só, como eu, fica relativamente limitado nos roteiros que faz pela cidade. Limitados pela segurança patrimonial e pelo trânsito. O APS supre esta deficiência, volta e meia, com roteiros muito inovadores. E isto é um adicional para a "porta de entrada" ao ciclismo e pedalismo urbano, uma verdadeira escola de ciclistas. Muitos reclamam da velocidade mais baixa deles, mas o APS tem essencialmente um cunho cultural, não é um espaço de formação esportiva, nem mesmo de condicionamento físico. É um espaço de lazer com a bicicleta, de descoberta do prazer de pedalar pela cidade, de ver o que ela tem escondido. E como tem coisa escondida por aqui!
Ontem fomos a um destes locais, um pequeno sítio de 13 hectares em Guabiraba, Zona Norte do Recife, depois da BR101, onde existe uma comunidade voltada para a educação ambiental. E como tal, vivem de forma ambientalmente sustentável, não poluindo e preservando os recursos naturais da região, colocada bem em cima do maior aquífero da região metropolitana do Recife. Preservar a mata do local é uma necessidade para manter o fornecimento de água para a cidade.
A comunidade BICHO DO MATO foi uma descoberta agradável. Só de pensar se eu mesmo conseguiria viver em condições tão simples ou se criaria minha filhota ali, já valeu o passeio. Não nos damos conta de como nos tornamos dependentes da tecnologia e dos confortos da vida moderna até ver que é possível. Já havia percebido que precisamos realmente de muito pouco para viver quando peregrinei a Santiago de Compostela. Mas 10 anos já passaram e, naturamente, conforto é sedutor demais. A gente termina voltando para ele se não houver uma constante lembrança de como é possível viver com menos, de forma mais integrada à natureza.
E foi a bicicleta quem me proporcionou este momento de percepção e que me ajuda a manter esta lembrança. Ela também uma forma mais simples de mobilidade, sem poluição ou outras formas de consumo de recursos do meio ambiente. Ela nos coloca sempre em contato com o mundo real, não nos isola, nos lembra que o planeta é único, que tem gente demais (e carros, nem se fala!) e que estamos "comendo" tudo que podemos, tal qual formigas. A diferença é que as formigas podem mudar o formigueiro de lugar. E nós, podemos mudar de planeta?
COMENTEM!!!
ROGÉRIO
ResponderExcluirSua análise sobre os passeios do APS está excelente. Você captou direitinho. Mencionei isso no blog APS, na seção NOTAS. Obrigada. Roberta
Não há de quê. Talvez de alguma forma parecida, isto precise ser colocado no site, como um preparatório dos que consultem o site para se decidirem a ir. Pouparia alguns que não estão bem sintonizados com o grupo. Mas tb não é tão importante, quem não está pode vir a ficar... deixa assim!
ResponderExcluir