10 de agosto de 2010

O PAPEL DAS EMPRESAS...

Amigos...

Temos visto algumas iniciativas empresariais quanto ao estímulo ao uso da bike. A Porto Seguro, seguradora, é uma destas empresas que patrocinam o uso da bike. Alguns diriam que tem um sentido puramente comercial. Patrocina uma melhor qualidade de vida para reduzir os pagamentos de seguros por morte, afinal, foco da atividade dela! Quanto mais qualidade de vida seus clientes tiverem, mais demoram a morrer, menos ela paga, mais ela lucra. Mesmo assim, ela podia colocar o dinheiro em outra ação como saúde ou educação.

No entanto, preferiu investir em bicicletários e no estímulo ao uso da bicicleta por todos, clientes ou não! E isto é o que as empresas antenadas devem sempre pensar: focar no bem coletivo que suas ações provocam e que por reflexo, beneficiem as suas atividades normais. Tem crescido o número de empresas que atuam assim.

Em breve, a bicicleta entrará também na pauta dos nossos políticos e demais empresários. É uma simples conclusão ao fato de que não existem soluções simples para o tráfego. Não podemos alargar as ruas, só podemos tirar os carros. E quando retirados das ruas - os métodos são vários, da extinção das vagas a cobrança de pedágio - levarão a imediata opção por ônibus, motos e bicicletas. Assim, mais e mais empresas serão cobradas para que participem do esforço comum, instalem bicicletários públicos e equipamentos para seus funcionários.

Alcançar o reconhecimento político e empresarial de que as bicicletas são veículos, altamente indicáveis para Recife por sua topografia e clima, e que tem o viés de atender a todas as camadas da sociedade, é o primeiro passo. Uma vez que nós mesmos que pedalamos, as reconheçamos assim, agiremos como multiplicadores e passaremos a inclui-la no dia a dia. E a nossa cobrança caso a caso em cada empresa fomentará a adoção de políticas de estímulo ao uso das bicicletas pelas empresas. Pedalar para o trabalho faz as pessoas descobrirem como é bom viver, ajuda a manter a saúde e o bom humor, aumentando em muito o nível de felicidade do ciclista. E qual empregador vai achar ruim um funcionário que não vive estressado, não dá despesas de saúde, vive alegre e tranquilo? Empregado feliz é empregado produtivo!

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DE OLHO NA BIKE



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Original ROGÉRIO LEITE @ 2010