22 de outubro de 2010

ROTATÓRIA DA MORTE

Amigos...

Alguns já sabem que estou correndo atrás de mais informações para compor um projeto de doutorado. Isto está cobrando o uso de um sistema que só está disponível nas bibliotecas das universidades, e por isto, lá fui eu de novo de volta a velha UFPE, minha escola de formação. A universidade cresceu, tem mais prédios, gente, e ... carros!  Já era famosa por só estudarem lá riquinhos que conseguiam pagar bons cursinhos e serem aprovados no seu vestibular muito concorrido. Hoje parece ter crescido o número de pessoas que usam o transporte público. Mas as bicicletas continuam esquecidas!

As paradas de ônibus aumentaram em número e localização. As paradas pululam em todo o campus, e várias linhas rodam por dentro facilitando o acesso dos estudantes e funcionários a forma mais racional e sustentável de transporte, depois da bicicleta. Se a Grande Recife se lembrasse de colocar sinalização sobre as linhas disponíveis em cada ponto e tentasse melhorar as rotas de algumas, seria ainda melhor.

A bicicleta, por sua vez, é apenas tolerada!  Muitos ciclistas de baixa renda frequentam o campus, anônimos prestadores de serviços, seguranças, correio interno, mas a infraestrutura disponível continua sendo toda voltada para os carros e ônibus.  Não existem ciclovias e os poucos paraciclos que existem estão em péssimo estado e não passam de um ferro onde amarrar a bike. Segurança? Não existe. Bicicletários cobertos? Nem em sonho!

Mas o pior problema de ir lá de bicicleta é a volta. A UFPE cercou o campus como medida de segurança e, para economizar, colocou catracas grandes em gaiolas onde só passa uma pessoa por vez. Sem portões ou passagens, carros, motos e bicicletas só podem sair pela rotatória da Reitoria, embaixo do viaduto da BR101: A ROTATÓRIA DA MORTE!  Tráfego vindo de várias direções, sem faixas de pedestres, ponto de alto risco para travessia de pedestres, ciclistas  e de qualquer outro veículo. Como separa a Reitoria do resto do Campus, obriga pedestres a atravessarem no risco ou a usarem um carro para ir na esquina.  Sair de bicicleta por ela é um momento de altíssimo risco. Mas infelizmente a UFPE não pensou nos "ciclo-esquecidos", geralmente pessoas de baixa renda que moram nas cercanias do Campus e que usam a bicicleta em seus deslocamentos, só deixando como alternativa pedalar pela contramão até o Hospital das Clínicas, trecho de altíssimo movimento.

Que papel feio para uma Universidade!

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DE OLHO NA BIKE



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No aguarde!

Original ROGÉRIO LEITE @ 2010