Amigos...
Refletindo sobre as ações ciclísticas que realizamos semanalmente, me deparo com a interessante situação que temos em Recife. Acompanho blogs e sites de todo o país e observo que Recife tem uma quantidade grande de grupos com muitos participantes em passeios semanais. Nossos grupos têm com alguma frequência mais de 100 ciclistas, mas em algumas noites chegamos até a 300. São pessoas de todas as classes sociais, igualmente interessados em pedalar pela cidade, seja numa cargueira, na barraforte ou naquela com quadro de carbono hi-tech. Os grupos diferem por ter ou não apoio policial, por andarem mais rápido ou mais lentos, por darem total ou nenhum apoio. Mas todos são grupos abertos a quem quiser participar. Sem distinções de cor, credo, vontade, raça ou condição financeira. Se você consegue acompanhar, pode ir! Sei que outras cidades também têm grupos deste tipo, só não sei se são tantos, como a tabela RECIFE PEDALANDO (abaixo), ainda em construção, está me mostrando. Já são tantos que penso em transferir a tabela para uma página separada.
Voltando aos passeios, passou pela minha idéia que nós que pedalamos, a cada dia e hora, aqueles que saem de casa pedalando todos os dias porque precisam ou porque gostam, aqueles que sentem que Recife não aguenta mais a quantidade de carros nas ruas, que gostariam de ver reformas ocorrendo em toda a cidade, com ciclovias e ciclofaixas sendo implantadas, com bicicletários sendo construídos, todos nós, enfim, que lemos blogs como o meu, que participam da grande idéia que é usar a bicicleta, temos um trabalho de formiguinha que pode ser levado a cabo sem muito esforço. Educar o nosso colega de pedal.
É uma idéia simples, conversar sobre o assunto com nosso colega que pedala conosco em cada passeio. Não apenas falar de amenidades, mas questioná-lo sobre como usa a bike, se participa de outros passeios, se usa a bike no dia a dia. Comentar sobre como está difícil dirigir nas ruas, como está complicado e como é estressante enfrentar o tráfego todos os dias, são formas de abordagem que podem ser usadas sem que nós passemos por chatos. Conversando apenas. E lá pelo final, o óbvio comentário de que este stress não nos pertence mais: eu pedalo e não dirijo ou dirijo pouquissimo.
Claro que isto passa por uma convicção interior. Temos de refletir sobre como vemos o mundo, como vemos o ato de pedalar para o trabalho, lazer, para o dia a dia, no Recife. Mas isto, creio eu, fazemos todos os dias, quando "enlatados" no tráfego, vemos um outro colega de pedal passar ao largo, e sonhamos estar nós mesmos passando ao lado e trocando o calor, o barulho e o stress pela alegria de pedalar. Vamos pensar e educar mais, pedalando sempre.
COMENTEM!!!
Olá Rogério, fico bastante feliz ao ver relatos da grande recepção que tem o ciclismo no nosso nordeste brasileiro. E eu como grande admirador tenho como objetivo de, pelo menos uma vez, estar participando com vcs dessa grande massa ciclística aí em Recife! Gde abraço.
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