Estátua de um ciclista dourado em Copenhagen.
Observem que lá embaixo tem uma grande avenida
para carros e outra para BIKES ao lado! É pouco?
Observem que lá embaixo tem uma grande avenida
para carros e outra para BIKES ao lado! É pouco?
Amigos...
Estava vendo um vídeo aqui, e fiquei pensando sobre o porque de algumas sociedades aceitarem, mais ou menos, a bicicleta como veículo. Afora os modelos econômicos a influenciar as decisões pessoais sobre investimentos (quando se considerava carro um investimento, no passado pré-Real), é a cultura prevalente na sociedade que faz a diferença.
O ponto focal é que a cultura do Dinamarquês não entende possuir um carro como meio de afirmação social. Dirigir é apenas usar um veículo para ir de A para B, e não para afirmar sua condição de macho, ou de pessoa de "sucesso". Dirigir é apenas o que é dirigir, sem significados sociais subliminares. E o pedalar é aceito como normal, como outra forma qualquer de se deslocar, sem gastos para o próprio bolso (primeiro plano!), nem para a sociedade (segundo plano, mesmo lá!). Com muito tempo, a sociedade brasileira poderá vir a desenvolver esta forma de pensar. E também com muito trabalho nosso e de todos os que desejam a bicicleta ocupando o seu lugar na mobilidade brasileira.
Um aspecto dos mais interessantes é que a famosa e degradante Lei de Gérson, tão amplamente perseguida por aqui, nem é considerada quanto ao uso da bicicleta, que traz muito mais vantagens ao usuário que o carro! Afinal, se é para levar vantagem em tudo, a bicicleta, limpa, saudável, suave, com custos zerados de combustível, impostos, estacionamentos, deveria ser aceita com muito mais facilidade!
Afinal, o que importa é que a cultura da Dinamarca valoriza aquilo que a sociedade brasileira, copiando o modelo americano, deixou de valorizar: O SER. Enquanto valorizarmos o TER como definição do indivíduo e da sociedade, deixando de lado a essência de cada pessoa, aquilo que ela faz de bom para si e para os outros, vamos estar longe de adotar a bicicleta como veículo. Só pensando em crescimento da cultura de cada indivíduo, e valorizando aquilo que ele é e suas contribuições, é que teremos um país melhor, uma sociedade mais humana, limpa, moderna e ciclável!
Vamos pensar em SER ao invés de TER, hoje?
COMENTEM!!!
A predominância da auto afirmação e a tendência não somente dos brasileiros e sim na maior parte da humanidade para o machismo, leva a praticas "culturais" pouco ecológicas. Quem sabe em um futuro a transcendência coletiva nos leve a práticas mas verdes e ao bem estar das pessoas.
ResponderExcluirFabrício Souza
fabriciosouza.com
Concordo Fabrício. Não é só a gente. Mas acho que a transcedência só vai rolar na cacetada! Ou se aparecer um Enrique Peñalosa por aqui. Este prefeito de Bogotá tem idéias incriveis para os políticos aproveitarem usando a bicicleta: pena que nossos políticos ainda são do tempo da DENTADURA E BOLSA FAMILIA em troca de votos! Vamos rezando, pedalando & olhando!
ResponderExcluir