SUADOS NO CONFORTO OU SECOS NO INCÔMODO? O QUE VOCÊ PREFERE?
Amigos...
Milito em design desde 1994, em projetos gráficos em grande parte, mas também em produtos, particularmente vestuário e embalagens. Design tem um foco em atender ao cliente com o produto mais adequado a ele, sem deixar de considerar variáveis de mercado, de materiais e processos. O cliente muitas vezes compra o produto errado pelo hábito e isto é das coisas mais difíceis de mudar. Claro que produto errado na opinião do designer, que sabe que aquele produto tem apenas algumas das características necessárias ao desempenho de suas funções, mas não as que realmente deveriam ser consideradas para aquele uso.
Assim é com uma discussão que tenho observado desde que comecei a andar de bike: camisetas de poliéster ou algodão. Uma discussão sobre se o vestuário para pedalar deva ser de um ou outro material, suas características, suas peculiaridades. Muita gente defende ardorosamente o poliéster: 'ele respira', 'deixa sair o calor', 'eu fico sequinho' são frases recorrentes a quem usa estas camisas. Em parte, elas vendem também o modelo, as camisas fechadas até o pescoço com o ziper, as mangas compridas para proteção ao sol. Claro que existem verdades em tecidos técnicos de alta performance, com textura de poros especiais que jogam o vapor d'água do suor para fora, sem deixar entrar chuvas por exemplo. Mas a grande maioria das camisetas que as pessoas usam por aqui para pedalar nos grupos é simples jersey de malha de poliéster, comum, barato e rasteiro, e sem esta tecnologia toda.
As camisetas de algodão permitem a pele respirar, absorvendo o suor, sendo o tecido ideal para o clima quente e úmido do Brasil, em especial no Nordeste. Juro que tentei me acostumar ao poliéster comum em camisetas, mas não consigo suportar o efeito de ´plástico´ colado na pele, parecendo aquela idéia maluca de passar filme de PVC em torno da barriga para 'queima-la'! Em todas as ocasiões, sei que estou melhor vestido usando básicas de algodão, decoradas ou não.
A forma mais correta de pensar na hora de comprar uma camiseta é que cada um deva escolher o tecido que mais o agrade, sem se deixar levar pelos sonhos psicodélicos de estar virando um campeão do Tour de France ou do Giro d'Itália só porque está pondo uma malhinha colante, imitação barata de produtos que estes profissionais do pedal usam. A influência fica bem clara quando você observa que a mesma pessoa que pedala usando o poliéster, sai depois para qualquer lugar de malha de algodão? O poliéster só funciona pedalando? Se é assim tão bom, porque a grande maioria tem muito mais malhas de algodão no armário que as de poliéster? Afinal, o que você pensa quando veste uma malha de poliéster para pedalar? Até onde é idéia sua e onde é influência da mídia e da propaganda dos fabricantes, ou simplesmente, falta de opções?
COMENTEM!!!
Oi Rogério, o que vc diz é perfeitamente real, só faria uma ressalva! No meu caso (branquelo sensível à luz do sol) sempre tento utilizar materiais de maior proteção solar.Por exemplo, experimentei as camisetas da UV Line em poliamida (http://www.uvline.com.br/lojas.asp?loja=25&link=VerProduto&Produto=392)e têm sido satisfatórias para se proteger um pouco mais do sol, e ainda tem a vantagem de não ter aquelas propagandas que nem sabemos de onde vêm!Abç
ResponderExcluirDj... considerando que sou um falso-branquelo, não te posso orientar sobre isto. Se exposto ao sol, minha pele fotocromática de nascença escurece. Pedalei várias vezes em sol forte, fico queimado rápido mesmo com o protetor. Mas não fico vermelhão. Recente comprei uma camiseta de algodão de mangas compridas, básica mesmo, e apesar de não haver queimado nada nos braços, passei um calor brabo! Já conhecia as camisetas da UVLINE. Mesmo assim, aqui pedalamos mais pela noite, e ai a UVLINE não tem muito sentido.
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